“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
Do G1 Rio
01/11/2016 16h07 - Atualizado em 01/11/2016 20h15
Roubos crescem 44,1% e homicídios dolosos, 17,6%,
no Rio, diz ISP
Crimes
de letalidade violenta cresceram 19,7%.
Taxa
compara acumulado do ano ao mesmo período de 2015.
O Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro informou nesta
terça-feira (1°) que o estado registrou 17,6% homicídios a mais entre janeiro e
setembro de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado. Outros
crimes também cresceram como os demais delitos de letalidade violenta, que subiram
19,7% e roubos de rua, que aumentaram 44,1%.
A cidade também teve cinco policiais a mais mortos em serviço e mais
homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial (anteriormente
conhecidos como autos de resistência), que subiram 22,8%.
Veja os principais pontos destacados pelo ISP:
• Homicídio Doloso – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve
aumento de 17,8% (3.098 em 2015 – 3.649 em 2016).
• Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Lesão Corporal Seguida de Morte, Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial) - No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 19,7% (3.744 em 2015 – 4.482 em 2016).
• Policiais Civis e Militares Mortos em Serviço – Aumento de cinco vítimas no acumulado de janeiro a setembro de 2016 (21 em 2015 – 26 em 2016).
• Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 22,8% (517 em 2015 – 635 em 2016).
• Roubo de Rua (Roubo a Transeunte + Roubo de Aparelho Celular + Roubo em Coletivo) - No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 44,1% (63.714 em 2015 – 91.826 em 2016).
Indicadores de produtividade
policial (janeiro a setembro de 2016):
• Armas Apreendidas – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 3,1% (6.942 em 2015 – 6.729 em 2016), sendo 234 fuzis.
• Prisões (Guia de Recolhimento de Preso) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 4,3% (31.724 em 2015 – 30.354 em 2016).
• Prisões (Auto de Prisão em Flagrante e Cumprimento de Mandado) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 5,9% (42.712 em 2015 – 40.172 em 2016).
• Apreensões de Adolescentes (Guia de Apreensão de Adolescente Infrator) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 9,0% (7.894 em 2015 – 7.181 em 2016).
• Apreensões de Adolescentes (Apreensão de Adolescente por Prática de Ato Infracional e Cumprimento de Busca) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 2,7% (8.625 em 2015 – 8.862 em 2016).
• Recuperação de Veículo - No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 16,8% (17.967 em 2015 – 20.993 em 2016).
MEU COMENTÁRIO
As informações apresentadas
pelo ISP, de tão fragmentadas são inúteis, servindo apenas ao objetivo de
agradar à mídia, porém mantendo-a desinformada sobre a essência dos dados para
fins de planejamento, se é que fazem isto. De qualquer modo, espremendo daqui e
dali, conclui-se que os crimes de sangue aumentaram, sublinhando a maior
letalidade de policiais se comparada ao período anterior. Mas nada disso é
novidade, a insegurança aumenta dia a dia, os crimes bárbaros e banais estão no
extremo, vítimas indefesas são a mais e mais atingidas por facínoras
sanguinolentos, e o sistema estatal e societário segue contaminado por
ideologias socialistas e não demonstra nenhuma indignação, apenas anota o fato
para comparações estatísticas futuras, enquanto se vê no noticiário a
informação fria, sem emoção, em especial quando se trata de vítima civil
atingida por bandidos. Se fosse atingida por PM, aí sim, a mídia descarregaria
a sua ira sem dó nem piedade.
Tais informações
estatísticas, no meu modo de ver, ou deveriam ser abrangentes e detalhadas ou
não deveriam ser divulgadas. Pois nada acrescenta além de aumentar o pânico da
população. Porque, na verdade, não permite avaliações além do que insinua a
velha charge do homem em pé dentro de uma fogueira, com uma pedra de gelo na
cabeça, a afirmar que “na média está tudo bem”. Sim, trata-se de informação
inútil, eis que desprovida de densidade que permita aos leitores um mínimo de
reflexão sobre as circunstâncias de tempo, modo, espaço e pessoas. Enfim, deveria
ser uma informação que possibilitasse algum desdobramento reflexivo no sentido
de conter esta onda de crimes violentos que cresce dia a dia.
Ora, para que serve a
informação veiculada? Querem saber?... Para nada, além do que faço aqui, ou
para levar ao grande público o temor ante o fracasso demonstrado pelos
percentuais soltos como bolas de gás ao vento, e que adiante não mais
existirão, serão fragmentos mortos, sepultados e esquecidos. Tal situação me
faz lembrar o eminente físico Lee Smolin no seu livro Três Caminhos Para a Gravidade Quântica:
“Existem objetos como as
rochas e os abridores de latas, que simplesmente existem e podem ser
completamente explicados por uma lista de suas propriedades. E existem coisas
que somente podem ser explicadas contando uma história. Para as coisas do
segundo tipo, uma simples descrição nunca é suficiente. Uma história é a única
descrição adequada para elas, porque entidades como as pessoas e as culturas
não são de fato coisas, mas sim processos que se desenvolvem no tempo.”
É o que basta!
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