quarta-feira, 2 de novembro de 2016

VIOLÊNCIA URBANA NO RJ – “ROUBOS CRESCEM 44,1% E HOMICÍDIOS DOLOSOS, 17,6%, NO RIO, DIZ ISP”

“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)


Do G1 Rio

01/11/2016 16h07 - Atualizado em 01/11/2016 20h15

 

 

Roubos crescem 44,1% e homicídios dolosos, 17,6%, no Rio, diz ISP

 

Crimes de letalidade violenta cresceram 19,7%.

 

 

Taxa compara acumulado do ano ao mesmo período de 2015.


O Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro informou nesta terça-feira (1°) que o estado registrou 17,6% homicídios a mais entre janeiro e setembro de 2016 em comparação com o mesmo período do ano passado. Outros crimes também cresceram como os demais delitos de letalidade violenta, que subiram 19,7% e roubos de rua, que aumentaram 44,1%.

A cidade também teve cinco policiais a mais mortos em serviço e mais homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial (anteriormente conhecidos como autos de resistência), que subiram 22,8%.

Veja os principais pontos destacados pelo ISP:

• Homicídio Doloso – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 17,8% (3.098 em 2015 – 3.649 em 2016).

• Letalidade Violenta (Homicídio Doloso, Latrocínio, Lesão Corporal Seguida de Morte, Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial) - No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 19,7% (3.744 em 2015 – 4.482 em 2016).

• Policiais Civis e Militares Mortos em Serviço – Aumento de cinco vítimas no acumulado de janeiro a setembro de 2016 (21 em 2015 – 26 em 2016).

• Homicídio Decorrente de Oposição à Intervenção Policial – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 22,8% (517 em 2015 – 635 em 2016).

• Roubo de Rua (Roubo a Transeunte + Roubo de Aparelho Celular + Roubo em Coletivo) - No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 44,1% (63.714 em 2015 – 91.826 em 2016).

Indicadores de produtividade policial (janeiro a setembro de 2016):

• Armas Apreendidas – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 3,1% (6.942 em 2015 – 6.729 em 2016), sendo 234 fuzis.

• Prisões (Guia de Recolhimento de Preso) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 4,3% (31.724 em 2015 – 30.354 em 2016).

• Prisões (Auto de Prisão em Flagrante e Cumprimento de Mandado) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 5,9% (42.712 em 2015 – 40.172 em 2016).

• Apreensões de Adolescentes (Guia de Apreensão de Adolescente Infrator) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve redução de 9,0% (7.894 em 2015 – 7.181 em 2016).

• Apreensões de Adolescentes (Apreensão de Adolescente por Prática de Ato Infracional e Cumprimento de Busca) – No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 2,7% (8.625 em 2015 – 8.862 em 2016).

• Recuperação de Veículo - No acumulado de janeiro a setembro de 2016 houve aumento de 16,8% (17.967 em 2015 – 20.993 em 2016).

MEU COMENTÁRIO

As informações apresentadas pelo ISP, de tão fragmentadas são inúteis, servindo apenas ao objetivo de agradar à mídia, porém mantendo-a desinformada sobre a essência dos dados para fins de planejamento, se é que fazem isto. De qualquer modo, espremendo daqui e dali, conclui-se que os crimes de sangue aumentaram, sublinhando a maior letalidade de policiais se comparada ao período anterior. Mas nada disso é novidade, a insegurança aumenta dia a dia, os crimes bárbaros e banais estão no extremo, vítimas indefesas são a mais e mais atingidas por facínoras sanguinolentos, e o sistema estatal e societário segue contaminado por ideologias socialistas e não demonstra nenhuma indignação, apenas anota o fato para comparações estatísticas futuras, enquanto se vê no noticiário a informação fria, sem emoção, em especial quando se trata de vítima civil atingida por bandidos. Se fosse atingida por PM, aí sim, a mídia descarregaria a sua ira sem dó nem piedade.

Tais informações estatísticas, no meu modo de ver, ou deveriam ser abrangentes e detalhadas ou não deveriam ser divulgadas. Pois nada acrescenta além de aumentar o pânico da população. Porque, na verdade, não permite avaliações além do que insinua a velha charge do homem em pé dentro de uma fogueira, com uma pedra de gelo na cabeça, a afirmar que “na média está tudo bem”. Sim, trata-se de informação inútil, eis que desprovida de densidade que permita aos leitores um mínimo de reflexão sobre as circunstâncias de tempo, modo, espaço e pessoas. Enfim, deveria ser uma informação que possibilitasse algum desdobramento reflexivo no sentido de conter esta onda de crimes violentos que cresce dia a dia.

Ora, para que serve a informação veiculada? Querem saber?... Para nada, além do que faço aqui, ou para levar ao grande público o temor ante o fracasso demonstrado pelos percentuais soltos como bolas de gás ao vento, e que adiante não mais existirão, serão fragmentos mortos, sepultados e esquecidos. Tal situação me faz lembrar o eminente físico Lee Smolin no seu livro Três Caminhos Para a Gravidade Quântica:

“Existem objetos como as rochas e os abridores de latas, que simplesmente existem e podem ser completamente explicados por uma lista de suas propriedades. E existem coisas que somente podem ser explicadas contando uma história. Para as coisas do segundo tipo, uma simples descrição nunca é suficiente. Uma história é a única descrição adequada para elas, porque entidades como as pessoas e as culturas não são de fato coisas, mas sim processos que se desenvolvem no tempo.”

É o que basta!



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