“O mundo
está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por
causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
Jornal
EXTRA
3/03/15 14:23 Atualizado em13/03/15 19:50
Acusado de envolvimento na morte do pedreiro Amarildo morre em hospital
da PM
Foto do Jornal EXTRA
“O
soldado Victor Vinícius Pereira da Silva, 33 anos, morreu, na madrugada desta
sexta-feira, no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio. Victor estava
preso, desde outubro de 2013, no Batalhão Prisional da corporação, em Benfica.
Ele teria sofrido um infarte. De acordo com a assessoria da PM, o soldado
passou mal e foi socorrido na unidade, mas não resistiu. Ainda segundo a
assessoria, um oficial está prestando auxilio à família de Victor.” (Jornal
EXTRA ONLINE de 13/03/2015)
“Quis
custodiet ipsos custodes?”
“É uma frase em latim do poeta romano Juvenal,
traduzida de várias formas como "Quem vigia os vigilantes?",
"Quem vigia os vigias?", "Quem guardará os guardiões?",
"Quem irá vigiar os próprios vigilantes?", "Quem fiscaliza os
fiscalizadores?" ou similares.” (Paulo Fontes – Ten-Cel PM RR)
Capturei este fragmento de reflexão do colega
Paulo Fontes na minha caixa de e-mail. Serve para indagar, do mesmo modo que a
mídia vem indagando em impressionante pressão: “Onde está Amarildo?”, aludindo
ao suposto pedreiro que supostamente teria sido sequestrado e morto por
policiais, fato ainda em apuração pela justiça em vista de investigações
inconclusas e denúncia ministerial deflagrada, como sempre, sem provas
suficientes e sem preocupação com a verdade, mas sim com o “efeito mídia” a seu
favor e contra a todo o resto, inclusive deixando nos ombros do juiz o problema
gerado nas entranhas e não na mente geradora da racionalidade. Mas a indagação
agora é inversa e não menos perversa: “Quem matou Victor?”
Porque não cabe a redução do problema ao “acaso do destino” a eliminar
um jovem PM de 33 anos, e que decerto imaginava para si outro destino. Mas o
azar e o sistema irracional o matou, levou-o ao infarto não por acaso, mas por
circunstâncias tantas a ignorarem o que o filósofo Auguste Comte proclamava,
porém mais das vezes ignorado pelo mundo dos hipócritas: o “sentimento” e o “bom
senso”. E agora o laudo dirá que o infarto decorreu de “causas naturais”. E deste
modo simplório o coração do PM terá trancada as suas portas pelo sistema e o assunto será
esquecido pela mídia, esta que continuará cobrando “onde está o Amarildo” sem
mais se interessar em saber “quem matou Victor” ou “o que matou Victor”. Em
minha opinião, tudo ficará resumido à frase de Juvenal, resgatada pelo companheiro Paulo Fontes, a propósito de um juiz assumidamente desidioso:
“Quis custodiet
ipsos custodes?”
2 comentários:
Coronel boa noite!! Por favor, com a experiência do Sr, faça uma análise acerca das manifestações pacíficas desse 15MAR....
Emir disse
Escrevi um artigo atendendo ao seu pedido.
Abraços
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