sábado, 14 de março de 2015

RIO EM GUERRA XXVI

“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)


Jornal EXTRA

3/03/15 14:23 Atualizado em13/03/15 19:50 


Acusado de envolvimento na morte do pedreiro Amarildo morre em hospital da PM


Foto do Jornal EXTRA



“O soldado Victor Vinícius Pereira da Silva, 33 anos, morreu, na madrugada desta sexta-feira, no Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio. Victor estava preso, desde outubro de 2013, no Batalhão Prisional da corporação, em Benfica. Ele teria sofrido um infarte. De acordo com a assessoria da PM, o soldado passou mal e foi socorrido na unidade, mas não resistiu. Ainda segundo a assessoria, um oficial está prestando auxilio à família de Victor.” (Jornal EXTRA ONLINE de 13/03/2015)

Quis custodiet ipsos custodes?

“É  uma frase em latim do poeta romano Juvenal, traduzida de várias formas como "Quem vigia os vigilantes?", "Quem vigia os vigias?", "Quem guardará os guardiões?", "Quem irá vigiar os próprios vigilantes?", "Quem fiscaliza os fiscalizadores?" ou similares.” (Paulo Fontes – Ten-Cel PM RR)

Capturei este fragmento de reflexão do colega Paulo Fontes na minha caixa de e-mail. Serve para indagar, do mesmo modo que a mídia vem indagando em impressionante pressão: “Onde está Amarildo?”, aludindo ao suposto pedreiro que supostamente teria sido sequestrado e morto por policiais, fato ainda em apuração pela justiça em vista de investigações inconclusas e denúncia ministerial deflagrada, como sempre, sem provas suficientes e sem preocupação com a verdade, mas sim com o “efeito mídia” a seu favor e contra a todo o resto, inclusive deixando nos ombros do juiz o problema gerado nas entranhas e não na mente geradora da racionalidade. Mas a indagação agora é inversa e não menos perversa: “Quem matou Victor?”

Porque não cabe a redução do problema ao “acaso do destino” a eliminar um jovem PM de 33 anos, e que decerto imaginava para si outro destino. Mas o azar e o sistema irracional o matou, levou-o ao infarto não por acaso, mas por circunstâncias tantas a ignorarem o que o filósofo Auguste Comte proclamava, porém mais das vezes ignorado pelo mundo dos hipócritas: o “sentimento” e o “bom senso”. E agora o laudo dirá que o infarto decorreu de “causas naturais”. E deste modo simplório o coração do PM terá trancada as suas portas pelo sistema e o assunto será esquecido pela mídia, esta que continuará cobrando “onde está o Amarildo” sem mais se interessar em saber “quem matou Victor” ou “o que matou Victor”. Em minha opinião, tudo ficará resumido à frase de Juvenal, resgatada pelo companheiro Paulo Fontes, a propósito de um juiz assumidamente desidioso: 

Quis custodiet ipsos custodes?





2 comentários:

Caldeira disse...

Coronel boa noite!! Por favor, com a experiência do Sr, faça uma análise acerca das manifestações pacíficas desse 15MAR....

Anônimo disse...

Emir disse

Escrevi um artigo atendendo ao seu pedido.

Abraços