“O
mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas
por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert
Einstein)
“Do G1 Rio
19/03/2015 07h26 - Atualizado em 19/03/2015 08h54
Áreas de UPPs do Rio terão cores para definir grau
de risco
Governo do Estado anunciou
mudanças em regiões com unidades.
Policiais serão treinados por agentes do Batalhão de Operações Especiais.
Uma nova regulamentação do governo promete consolidar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio. O objetivo é impedir que o projeto seja interrompido com a troca de governos, como mostrou o Bom Dia Rio.
De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, bandeiras de cores diferentes serão instaladas para definir o grau de risco de cada região. As bandeiras verde serão instaladas nas comunidades já pacificadas, bandeiras amarelas serão colocadas nas comunidades em processo de pacificação, e as vermelhas devem ser colocadas nas comunidades onde os policias militares ainda encontram algum tipo de resistência.
Esses locais vão ganhar uma atenção especial. Os
policiais das UPPs vão passar por um treinamento do Batalhão de Operações
Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque vai continuar fazendo operações focadas
na apreensão de armas, drogas e na prisão de traficantes. Segundo o governo do
estado, as comunidades que vão ganhar a bandeira vermelha nesse primeiro
momento são: Complexo do Alemão, Rocinha, Cidade de Deus, Camarista Méier e São
João.
Porta de vidro da UPP da Cidade de Deus foi quebrada durante ataque
(Foto: Mariucha Machado / G1)
A PM diz que essa medida consolida o processo de
pacificação e impede que processo seja interrompido quando acontecer a troca de
governo. Nesse decreto onde o governo do estado estabelece essas medidas, ele
também promete mais estrutura para as Unidades de Polícia Pacificadora e diz
que cada UPP deve ter a partir de agora, no mínimo, 100 policiais militares.”
MEU COMENTÁRIO
Boas idéias! Traduzem o que eu já comentei aqui sobre a diversidade dos
ambientes onde estão instaladas as UPPs. Identificá-las da forma proposta confirma que já houve um novo disgnóstico ambiental. Pois a diferenciação dos territórios serve para alertar os próprios PMs quanto ao grau de risco nos locais onde
atuam, demais de advertir moradores e visitantes (turistas empolgados e
desinformados). É mais ou menos como faz o Corpo de Bombeiros com as praias, onde há anos funcionam as bandeirolas em alerta aos banhistas.
Outra medida relevante é o treinamento constante dos PMs pelo BOPE, presumo que não para torná-los mais ofensivos, mas principalmente para lhes ensinar ações
defensivas simples, porém de grande valor na preservação da vida humana. Porque
hoje o que se vê em imagens televisivas é a aberrante diferença de postura
operacional entre o PM do BOPE e o PM da tropa, este, cuja conduta não se faz
tão rígida, sugerindo que talvez ele não se preocupe em se
abrigar nos deslocamentos que faz em favelas, abrindo o corpo ao tiro inimigo. Ora,
isto é desnecessária demonstração de valentia que costuma terminar mal!... Já o
PM do BOPE, além de evoluir no terreno como mandam as boas técnicas de combate,
não se desgruda de sua formação em relação aos demais integrantes de suas
guarnições.
Enfim, duas medidas de alcance psicológico e material que em muito
ajudarão na otimização da conduta de combate do PM lotado em UPP. É certo que
tais medidas, acrescidas de outra, importantíssima, e vinculada à melhor seletividade
do uso da força pelo aumento do efetivo das atuais UPPs, devem produzir bons
frutos, e o principal deles é o da diminuição dos ferimentos e mortes de PMs em
ações nas favelas dotadas desta forma de policiamento com o escopo final da
pacificação. E também, como natural consequência, positiva, menos balas
perdidas e morte de inocentes, situação que tem levado muitos PMs ao infortúnio
do cárcere e da exclusão disciplinar.
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