quarta-feira, 15 de maio de 2013

“O excesso de tudo é um defeito.”


É impressionante como o Jornal O GLOBO pretende comandar o espetáculo da vida jurídica, política e social do país distribuindo “saias justas” a torto e a direito, como se a verdade lhe pertencesse por direito de herança. Quando um leitor desatento se depara com uma opinião como a sublinhada, tende a aceitá-la como única verdade. Ora, isto é descarada pressão que o jornal tenta impor ao Supremo Tribunal Federal (STF), dando mostras maniqueístas do seu interesse em anular a livre vontade dos demais Ministros daquela Alta Corte. Porque, a sair contrariada a tese do jornal, que se afina com a do Procurador Geral e a do Presidente do STF, os demais julgadores serão crucificados pelo que o jornal antecipa: mera opinião como se fosse “opinião pública”. Impressionante, sim, como o jornal O GLOBO joga a favor dessas duas personalidades de alto talante, já insinuando que os demais Ministros do STF serão expostos como vilões se se manifestarem diferente delas.

Deixando claro que, enquanto cidadão, aplaudo a condenação dos mensaleiros até o presente momento, lembro, porém, que falta ainda o trânsito em julgado. E por isso indago: “Será este o papel da imprensa numa democracia?” Cabe-lhe prejulgar os réus em demérito da Alta Corte? Não seria de bom alvitre o jornal aguardar e respeitar a futura decisão dos Ministros do STF, que deve ser livre de pressões, de modo que se traduza como a mais pura e cristalina Justiça? Estará certo o jornal ao enfileirar no paredão, literalmente, os demais julgadores, antes mesmo de eles se manifestarem segundo seus valores intelectuais e morais? Não sugere a opinião do jornal uma espécie de conchavo com a prática do linchamento? Ah, isto é realmente impressionante! Pois confirma que por trás desta falsa democracia brasileira impera a ditadura da “comadre-mídia” e do seu “compadre-MP”, ambos certos de que possuem uma claque de inocentes úteis a lhes aplaudir na rede virtual e nas rodas dos que podem pagar R$ 2,50 pelo exemplar de um jornal cuja tiragem em relação ao povo brasileiro é gota d’água. Mas é dessa gota d’água que emergirá a torrente arrasadora da reputação dos ilustres membros da Alta Corte pátria, ora ameaçados sem pejo por este editorial unívoco.

Um comentário:

Paulo Xavier disse...

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta, formará um público tão vil como ela mesma".
Quem disse isso foi o laureado jornalista estadunidense Joseph Pulitzer (1847-1911). Podemos concordar com ele ou não; basta usarmos a inteligência que Deus nos deu e assim avaliarmos o que é verdade e o que estão tentando nos empurrar de goela abaixo.
Temos mil razões para duvidarmos daquilo que lemos e ouvimos por aí todos os dias.
É como diz o velho ditado: "Estou cansado de ser enganado"