A criação de uma secretaria de ordem pública na capital do RJ servirá para muita gente entender (finalmente!) que ordem pública não se reduz à falsa idéia de atalhar desordens somente com ação policial. Ordem pública é bem mais, e isto é vero na doutrina pátria e alienígena. A ordem pública, na verdade, abraça incontáveis eventos não-policiais e doutrinariamente se resume a uma situação de paz e harmonia na convivência coletiva – um sistema ideal de bem-estar social. Esta situação idealizada pode estar prejudicada pela simples escuridão de uma rua a propiciar vantagem ao delinqüente, gerando intranqüilidade nos cidadãos antes mesmo de acontecer algum delito. Trata-se, pois, de problema de desordem pública muitas vezes sanável com iluminação pública e instalação de câmeras pan-ópticas em locais estratégicos. Sim, um logradouro iluminado e monitorado por câmeras naturalmente transfere a intranqüilidade do cidadão para o delinqüente, este que se aproveita do anonimato para praticar delitos. Mas sendo ele sabedor de que poderá ser apanhado antes, durante ou após o crime, sua vontade arrefecerá.
Há, porém, marginais que não se incomodam com luzes e câmeras; nem se intimidam diante de armas. Muitos deles até fazem questão de se apresentar de cara limpa à luz e à câmera para angariar prestígio no submundo do crime, em especial no das facções criminosas que deles exigem audácia em qualquer situação. Deste modo, alguns marginais da lei perpetrarão o ato criminoso sem preocupação com punição imediata ou posterior. Mas, com certeza, muitos deles resultarão vencidos: ignorarão a desvantagem da perda do anonimato e serão presos ou mortos pela polícia por conta desse radicalismo quase fundamentalista que caracteriza as facções criminosas. Concomitantemente, porém, cabe ao prefeito eliminar da vida dos cariocas as emboscadas pan-ópticas geradoras de receitas à custa da distração do motorista, um incômodo a ser tratado de modo menos agressivo às suas algibeiras já atordoadas pela enxurrada de tributos.
Há, porém, marginais que não se incomodam com luzes e câmeras; nem se intimidam diante de armas. Muitos deles até fazem questão de se apresentar de cara limpa à luz e à câmera para angariar prestígio no submundo do crime, em especial no das facções criminosas que deles exigem audácia em qualquer situação. Deste modo, alguns marginais da lei perpetrarão o ato criminoso sem preocupação com punição imediata ou posterior. Mas, com certeza, muitos deles resultarão vencidos: ignorarão a desvantagem da perda do anonimato e serão presos ou mortos pela polícia por conta desse radicalismo quase fundamentalista que caracteriza as facções criminosas. Concomitantemente, porém, cabe ao prefeito eliminar da vida dos cariocas as emboscadas pan-ópticas geradoras de receitas à custa da distração do motorista, um incômodo a ser tratado de modo menos agressivo às suas algibeiras já atordoadas pela enxurrada de tributos.
É de bom alvitre esclarecer que a secretaria de ordem pública destinada a funcionar na capital com direito a “disque-ordem” (o ideal seria “disque-desordem”) é novidade apenas na denominação, pois há muitas secretarias de segurança pública funcionando em diversos municípios. Ocorre que estas, ao serem assim designadas, acabam se confundindo com a congênere estadual, e os munícipes ficam a esperar que esses organismos atuem restritamente como organismos policiais, enquanto há um vasto campo de atuação na ordem pública envolvendo riscos vários à salubridade, à estética etc., tudo a demandar obras físicas preventivas. Enfim, a desordem urbana poderá ser ou não de natureza policial. Portanto, a cada dia de atuação da secretaria de ordem pública novas desordens serão detectadas e solucionadas de mil e uma maneiras, eliminando-se a necessidade de ação policial posterior.
Creio ser importante que os integrantes dessa nova secretaria municipal recebam orientações doutrinárias (basta convidar nossos eméritos doutrinadores pátrios) em conferências, seminários e outros meios de transmissão de conhecimentos teóricos sobre a ordem pública. Assim aprenderão que a própria epidemia de dengue é problema de ordem pública, ou a sujeira das ruas a entupir galerias de águas pluviais, ou os menores abandonados, ou os moradores de rua, ou a prostituição descarada e indecente a desmerecer a histórica profissão de meretriz, que há de ser discreta e não atentar contra o direito de terceiros ao pudor público, ou as filas de desesperados em hospitais públicos, ou os alienados mentais, ou o excesso de publicidade em cartazes enfeando a cidade...
Enfim, é preciso saber bastante e executar o certo, para depois fazer a população saber que ordem pública não se reduz a nenhuma visão policialesca de “combate ao crime”. Como nos alertou o psicólogo alemão Kurt Lewin (1890-1947): “Nada é mais prático do que uma boa teoria.” Assim o destacou o mestre Idalberto Chiavenato em sua magistral obra “Introdução à Teoria Geral da Administração – TGA” (Campus – 2004), depois de ele próprio gravar no seu prefácio que “a TGA é incrivelmente instrumental”. Conhecer a doutrina da ordem pública no seu todo é, portanto, “incrivelmente instrumental”. Significa atuar com a firmeza de quem sabe o que está fazendo e qual o fim globalístico a alcançar na ambiência social (o todo maior que a soma das partes, por mais insignificantes em suas aparências).
Kurt LewinCreio ser importante que os integrantes dessa nova secretaria municipal recebam orientações doutrinárias (basta convidar nossos eméritos doutrinadores pátrios) em conferências, seminários e outros meios de transmissão de conhecimentos teóricos sobre a ordem pública. Assim aprenderão que a própria epidemia de dengue é problema de ordem pública, ou a sujeira das ruas a entupir galerias de águas pluviais, ou os menores abandonados, ou os moradores de rua, ou a prostituição descarada e indecente a desmerecer a histórica profissão de meretriz, que há de ser discreta e não atentar contra o direito de terceiros ao pudor público, ou as filas de desesperados em hospitais públicos, ou os alienados mentais, ou o excesso de publicidade em cartazes enfeando a cidade...
Enfim, é preciso saber bastante e executar o certo, para depois fazer a população saber que ordem pública não se reduz a nenhuma visão policialesca de “combate ao crime”. Como nos alertou o psicólogo alemão Kurt Lewin (1890-1947): “Nada é mais prático do que uma boa teoria.” Assim o destacou o mestre Idalberto Chiavenato em sua magistral obra “Introdução à Teoria Geral da Administração – TGA” (Campus – 2004), depois de ele próprio gravar no seu prefácio que “a TGA é incrivelmente instrumental”. Conhecer a doutrina da ordem pública no seu todo é, portanto, “incrivelmente instrumental”. Significa atuar com a firmeza de quem sabe o que está fazendo e qual o fim globalístico a alcançar na ambiência social (o todo maior que a soma das partes, por mais insignificantes em suas aparências).
2 comentários:
Fico muito feliz em ter certeza do que é ORDEM PÚBLICA, SUAS EXPLICAÇÕES FORAM DE GRANDE VALOR .
espero que tenha um ótimo e brilhante mandato nessa luta diária para o bem e ORDEM de nossos povo do estado do Rio de Janeiro sr almir Larangeira. Um abraço e que DEUS te abençõe grandemente. Elthon Charles
O Jardim do Meier esta abandonado.Os bueiros estão quebrados ou sem tampas, um perigo .
Arvores sem podas caindo de podres,um perigo.
Brinquedos danificados precisando de manutençao.
Sujeira de cachorro e gatos onde nossas crianças brincam no parquinho ,um perigo.
Cachorros sem cóleira ficam soltos com seus respectivos donos no parque, um derespeito.
Mesas para nossos jogo de cartas e damas precisando de melhorias .um perigo.
O Coreto que e Patrimônio Histórico ,serve de deposito para comida de gatos roupas de pessoas a toa e casa de gatos.
Mendigos a solta se banham no lago,em volta assaltos de menores a nossos velinhos.
Teatro de bonecos quebrado com os cacos de vidro a monstra.Um perigo.
Iluminaçao deficiente.Triste.
Estamos pedindo ajuda pois já não sabemos a quem mais recorrer.
Amigos do Méier,
Carlos moraes
Arthur Alexandre
Unidos do Cabral
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