“O mundo está
perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa
dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
Roubo de rua cresceu 44%
nos dias da Olimpíada - Aumento significativo de policiamento não inibiu a ação de ladrões na
cidade.
O
patrulhamento das Forças Armadas, da Força Nacional e o aumento no número de
PMs nas ruas não foram suficientes para conter a explosão de roubos no Rio
durante os Jogos. Ao todo, ocorreram 1.856 roubos a pedestres na capital no
período entre as cerimônias de abertura e encerramento, de 5 a 21 de agosto —
uma média de quatro por hora. A quantidade de casos é 44% maior do que a
registrada no Rio no mesmo período do ano passado, quando foram feitos 1.287
registros.
O número
de assaltos durante os Jogos também foi maior do que no período de 17 dias
imediatamente anterior, 19 de julho a 4 de agosto, quando as forças de
segurança enviadas pelo governo federal já haviam chegado na cidade. Nesse
intervalo, 1.812 casos foram registrados —2% a menos do que durante a
Olimpíada.
O número
de vítimas dos assaltos também foi contabilizado pelo EXTRA: foram 2.140
durante a Olimpíada. Cada registro de ocorrência pode envolver mais de uma
vítima. No mesmo período de 2015, 1.466 pessoas foram a delegacias para
registrar assaltos.
Para os
Jogos, 24 mil homens das Forças Armadas reforçaram o policiamento da cidade na
orla e em vias expressas. A Força Nacional foi responsável pelas instalações
olímpicas. Já a PM aumentou, graças a suspensão de férias dos agentes, o
efetivo na cidade em 3 mil homens por dia
MEU COMENTÁRIO
A notícia veiculada
pelo Jornal EXTRA, talvez por ter tido acesso aos dados oficiais somente após o
término das Olimpíadas, na verdade confirma a obviedade com que diversos
coronéis da PMERJ, em Carta Aberta ignorada pela Grande Mídia, denunciaram que
assim seria a realidade, apesar do reforço de policiamento. Prova também o
poder que a Grande Mídia tem de conduzir a sociedade para uma falsa sensação de
segurança, mesmo afetada por diversos fatos criminosos, não apenas os
difundidos, que por si são alarmantes, mas principalmente em virtude dos mais
graves que não foram divulgados: da abertura das Olimpíadas até o seu final, 25
(vinte e cinco) policiais foram baleados; destes, 20 (vinte) eram PMs, 03
(três) eram policiais civis, 01 (um) era policial rodoviário federal, e 01 (um)
era da Força Nacional de Segurança Pública. Dos 25 (vinte e cinco) baleados, 06
(seis) morreram. Desses 25 (vinte e cinco) fatos criminosos extremos, 08 (oito)
aconteceram em favelas com UPPs, ou seja, ditas “pacificadas”. Acrescente-se a
tudo isto a morte de alguns civis que se perderam na enxurrada de fatos
criminosos omitidos pela Grande Mídia.
Destaca-se
dos fatos historiados, banais de tão repetitivos, a capacidade da Grande Mídia em
manipular a massa, de modo que seus interesses comerciais não sejam afetados, e
não apenas no momento olímpico, mas durante todo o tempo em que exerce sua
influência sobre a opinião pública. Melhor dizer “opinião publicada”, pois vale
o que está sob seus holofotes, tão imediatistas quanto afastados de sua função
social de informar a realidade e não cuidar de ficções ou de omissões
prejudiciais à segurança pública. Fica aqui o comentário para que cada um
raciocine sobre este complexo tema que é a segurança pública como realidade a
ser enfrentada, sem a obscuridade das soluções mágicas que têm no lucro seu
principal valor. Porque enquanto as instituições de segurança pública se curvam
à Grande Mídia, em vez de influenciarem diretamente o ambiente como contraponto
competitivo às falsas opiniões jornalísticas, haverá o predomínio do
preconceito contra as instituições policiais, haverá a apatia moral e a inércia
intelectual, e, por fim, a unidade de dogmas prevalecerá sobre uma humanidade
comum a ser posta como interesse real duma sociedade que não pode prescindir de
sua polícia, não como organismo repressor, mas como serviço indispensável à boa
ordem que deve imperar na convivência social.
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