“O mundo está perigoso para se
viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e
fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
A operação Lava a Jato, que está levando a classe
política pátria ao pânico, tem servido para a mídia idiotizar a população
brasileira, que hoje é medida a partir de afirmações de poucas pessoas em
programas de grande audiência ou de até uma só pessoa nos meios de comunicação
de massa, deixando no ar uma falsa impressão de grandeza distante da realidade.
Sou telespectador assíduo do programa Globo News, que
serve bem ao propósito desta reflexão. Geralmente estão na telinha quatro
expoentes do Sistema Globo de Jornalismo, todos escolados em qualquer assunto,
em especial em política. Mas, apesar disso, dá para perceber que a liberdade de
expressão deles se dá nos limites da pauta. De tal modo que um deles deve antes
citar o nome dos demais enquanto fala, o que torna artificial a interlocução,
além de desnecessária, pois cada telespectador está cansado de saber quem são
os quatro ali presentes (geralmente é este o número) e fica parecendo que
conversam entre eles ignorando o lado de fora da telinha.
Além da inelutável pauta (camisa-de-força) a que se
submetem, e dos discursos atacando o alvo escolhido para poupar os que lhes
interessam ou interessa ao sistema que os comanda proteger, decerto supondo que
todos os espectadores são idiotas, eles falam em “opinião da sociedade” ou “opinião
pública” como se soubessem o que pensa a tal “sociedade” ou a “opinião pública”,
já que não se referem a nenhuma pesquisa de opinião, reduzindo-se as
importantes falas às opiniões deles, se é que realmente são opiniões deles e se
não houvesse outras vertentes a considerar. Enfim, direcionam em demasia o tema
para alvos predeterminados, evitando danificar, principalmente, o PT ou as
esquerdas em geral. Por sinal, quando reproduzem um testemunho lá do Congresso
Nacional o escolhido é sempre das esquerdas, com raríssimas exceções.
Isto se encaixa numa espécie de regra geral em outros
âmbitos de decisão que parecem proteger a turma do PT e de outros partidos da
esquerda, ajustando-se tudo ao modismo esquerdopata que predomina na mídia,
modismo que só se afeta quando o povo sai às ruas de verde e amarelo. Sai
espontaneamente e abafa as mobilizações barulhentas e regadas a pão com mortadela,
ficando todo o resto não-vermelho como espécie de doença a ser difundida por
não haver jeito.
Daí é que a mídia exalta abaixo-assinados de dois milhões
como se esse número representasse a “vontade nacional”, engodo que consegue
atemorizar os políticos sem-vergonha (maioria absoluta) que não mereciam
representar povo algum, porque, via de regra, querem ficar bem na fita.
Trocando em miúdos, tudo uma vergonha, uma situação manipulada por gatos
pingados, porém dando a impressão de que resumem o pensamento de 200 milhões de
brasileiros. O nome disso na Guerra Psicológica de propaganda e
contrapropaganda é “generalização brilhante”, do tipo Joseph Goebells: "Uma mentira repetida mil vezes vira verdade."
Pior é que funciona, e o imenso e populoso Brasil
acaba se apequenando até ser representado pelos tais “dois milhões de assinaturas”
formando uma montanha na telinha até se tornar a maior das cordilheiras da
enganação. Bem é assim, com esta cautela, que ouço essa turma empurrar goela
abaixo a tal “opinião pública” ou a tal “opinião da sociedade” cuja quantidade não
ultrapassa a quantidade restrita de pessoas que sintonizam o principal veículo de
comunicação do país, a instituição mais anfibológica que conheço. Todos sabem qual é esta instituição de comunicação de massa, presumo aqui ainda em dúvida...
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