sexta-feira, 20 de maio de 2016

RIO EM GUERRA – O RETORNO AO ARCO E FLECHA


 “O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)



O novo PM


A nova sociedade

Quando se fala em criminalidade no atual RJ, depois de tantas fantasias que só serviram para matar e ferir PMs como jamais se viu, a realidade parece que ainda é pouca para resgatar o sentido único da segurança pública como somatório harmonioso das seguranças individual e comunitária; ou seja, como nos ensina o eminente Administrativista Diogo de Figueiredo Moreira Neto, uma ordem pública, “objeto da segurança pública”,  como “situação de paz e harmonia na convivência social, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade”, indicando ainda ele que a ‘Ética” engloba "as Leis, a Moral e os Costumes”.

Mas, quais seriam "a Moral e os Costumes” nesta equação? Seriam aquela "moral" e aqueles "costumes" com os quais a atual “cultura” se identifica. Seriam antivalores morais e costumeiros tais como um “artista” enfiar o dedo no fiofó do outro enquanto circulam em posição de macacos? Seriam as marchas da maconha e das demais minorias afrontando os costumes e a moral? Não seriam esses movimentos impertinentes uma anticultura?

Sim, quais seriam a moral e os costumes de que fala o Administrativista? Que seria hoje um “ato obsceno” característico do "ultraje público ao pudor"? É justo que o discernimento sobre o ato obsceno se restrinja à opinião do Ministério Público, correndo a polícia o risco de entendê-lo como havido e depois responder por abuso de autoridade? A professora que cagou e mijou (desculpem-me o chulo!) no retrato de um deputado não deveria ser presa no momento da consumação do seu ato obsceno?... Ora!

Há um problema grave na sociedade de hoje. Ela abriu mão do exercício direto de sua autoridade moral e pôs na Lei e no Estado a tutela de todo o seu comportamento individual, e liberou para o comportamento coletivo aberrações que ao fim e ao cabo afrontam os valores morais que sustentam a individualidade e os laços familiares. Porque hoje o Estado permissivo nos obriga a assistir à inversão de valores entre professores e alunos, sob o pretexto de que tudo que fazem é “Democrático”, esquecendo-se o Estado de agir quando se avilta o “Direito”.

Pior que o “Direito”, mesmo mínimo, depende hoje do acionamento de juízes e promotores, ficando o cidadão impedido de enquadrar os próprios filhos nos paradigmas da Ética, pelo menos quanto aos valores morais e aos costumes que a deveriam informar. Nem falo de polícia ou de outros sistemas de controle social estatal. Falo de família, de escolas, de valores básicos. Falo da projeção imperfeita dos costumes, - que por via duma cultura deformada que se amplia na grande mídia, - põe num segundo plano a verdadeira e saudável cultura.

Num ambiente social assim, - deformado nos seus costumes, abalroado nos seus valores, indiferente aos brutais assassinatos perpetrados por menores de idade que sabem o que fazem, que têm direito ao voto, mas são impunes até quando matam, - num ambiente social assim a polícia pouco pode fazer para impor, pelo menos minimamente, as leis vigentes, mesmo que fracas, como é caso do ultraje público ao pudor, cuja pena chega a ser ridícula. Sim, num ambiente social assim, tão anarquizado por ideologias avessas à ordem pública, torna-se difícil à segurança pública, como sujeito da ação, acionar os verbos coibir, atalhar, processar e prender os que não respeitam absolutamente nada, nem as Leis, nem a Moral nem os Costumes.


Voltemos, pois, aos tempos do arco e da flecha. Aliás, parece ser a atual vontade do Estado e de sua deformada Sociedade: desarmar a polícia a este ponto, enquanto os bandidos esnobam seus fuzis contrabandeados em festas faveladas de Funk, onde crianças rebolam seminuas, para deleite de uma sociedade tão “informal” que começa a achar tudo isto normal...

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