“O
mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas
por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert
Einstein)
9 nov
2015 – Extra - Rafael Soares rafael.soares@extra.inf.br
Oficial PM vai atirar em
pneu e fere bancário
E olha que o major Ludwig é subcomandante do 9º BPM
(Rocha Miranda). Vítima passa bem.
Um
bancário foi atingido por um tiro de pistola nas costas após o carro em que
estava furar uma blitz na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, na noite de sábado. O
disparo foi dado pelo major Carlos Ludwig, subcomandante do 9º BPM (Rocha
Miranda), que estava à frente da operação. O oficial, que vai responder por
lesão corporal culposa — sem intenção —, afirmou em entrevista exclusiva ao
EXTRA que não se arrepende de ter feito o disparo. Segundo Ludwig, ele tentou
atirar na roda do veículo, um Fiat Palio, que iria atropelar um policial. Marco
Antônio Pereira, de 51 anos, que estava no banco do carona, está em estado
estável no hospital Norte D’Or, em Cascadura.
CLÉBER JÚNIOR Disparo atingiu a traseira do Fiat Palio e o
carona. Segundo o PM, carro ia atropelar policial
— Não me
arrependendo de ter feito o disparo. O tiro teve caráter de proteção a um
agente público. O motorista usou o carro como arma e tentei pará-lo, com um
disparo no pneu. Por infelicidade, o disparo acabou atingindo o carona —
afirmou Ludwig, que foi ouvido na 29ª DP (Madureira) e liberado em seguida. O
oficial, que teve a arma apreendida, foi afastado de suas funções pela PM.
O
motorista do veículo, Rafael de Freitas dos Santos, afirmou, em depoimento, que
trafegava pela Rua Cândido Benício no sentido Madureira e entrou na contramão
na Rua Barão porque “o trânsito estava parado”. Ele alega que “não avistou
nenhuma blitz da PM” e afirma que “acelerou pois ficou com medo de ser
assaltado” após ouvir ordens de parar, “pois na Rua Barão o que mais tem é assalto
e roubo”. O carro que Rafael estava dirigindo era de Marco Antônio e estava com
o licenciamento vencido desde 2009. Ao todo, dez PMs em três viaturas
participavam da blitz, na altura da estação Praça Seca do BRT.
O
delegado Julio Cesar Pyhrro abriu inquérito para investigar o caso. Já prestou
depoimento, além do major e do motorista, um soldado que participava da blitz e
disse que teve que se jogar no chão para não ser atropelado.
MEU COMENTÁRIO
Qual será a verdadeira
intenção da frase jornalística? Que mistério ela encerra?... Devemos
considerá-la elogio ou baita preconceito contra o 9º BPM?... De minha parte,
não me resta dúvida de que a insinuação é preconceituosa. Mais que isto, é
raivosa, coisa típica de pobres de espírito que existem no meio jornalístico
como espécie de inquisidores sensacionalistas; sim, cobras veneníferas, que,
porém, ganham exatamente para estabelecer contrapontos que demonstrem desprezo
pelas leis e pelos que as representam no calor dos perigosos acontecimentos que
se situam nas ruas e não nas refrigeradas redações de jornais que atuam na
tessitura social ao modo “Cidadão Kane”.
Bom que o Major Ludwig
reage à altura de suas responsabilidades e não nega o fato, sendo certo que o
incidente não teria acontecido se o major, na condição de subcomandante do
batalhão, preferisse permanecer no seu gabinete de trabalho em vez de assumir
com a tropa sua responsabilidade de líder que se arrisca ao perigo junto dela.
Poderia também ordenar que não houvesse a blitz e o fato nem teria ocorrido.
Mas não. Ele foi à luta junto com a tropa e atirou como reação a uma iminente
agressão endereçada não a si, mas a um de seus comandados.
Mas a imprensa marrom
não poderia deixar de alfinetar com a frase sublinhando o 9º BPM como “animal
raro”. Será que reclama de o major ter errado o tiro no pneu quando lhe seria
obrigação acertar por ser ele integrante do nono batalhão? Teria sido um gesto
de boa vontade por entender que o batalhão se situa numa das regiões mais
perigosas do Grande Rio, mesmo depois de ter sua área fatiada com outra unidade
operacional? Bem, tudo isto é mistério, o jornal não explica seu desnecessário
sarcasmo. Sim apenas isto: sarcasmo!...
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