segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Por meus erros e tropeços gramaticais, peço mil desculpas!




Geralmente escrevo meus artigos comentando notícias diárias, o que me obriga a ler e escrever na velocidade do raio. Nessas circunstâncias, não posso evitar o pecado da incorreção ou da incoerência, que são capitais, eu sei disso. Anima-me, porém, saber que o mestre Machado de Assis também errava e pedia desculpas ao leitor por seus deslizes. Também me conforta o fato de saber que a mídia impressa possui excelentes revisores, e que a mídia rápida, como a do G1 do Sistema GLOBO, tem mais preocupação com a velocidade da notícia a ser difundida do que com pequenos erros de grafia ou de incoerência. Importa mais o assunto na sua essência que comunicá-lo ao público por último nesta competição quase insana. Sigo então o meu caminho com este espírito competitivo.

Sigo o meu caminho também em voo solo. Não conto com ninguém para alguma revisão imediata. Na verdade, muitas vezes eu revejo meus textos e os modifico para melhor, vantagem de controlar meu próprio blog, o que não consigo fazer com o site, que se torna estático por minha falta de conhecimento desta ferramenta virtual. Já o blog me permite ir e voltar à vontade, contando ainda com meus fiéis escudeiros, os leitores, que me avisam sobre alguns deslizes ortográficos.

Venho hoje pedir mil desculpas aos leitores, não somente por meus escorregões gramaticais, mas por insistir no tema segurança pública enfrentando os mais variados petardos nacionais e alienígenas que intentam, sempre e sempre, desmerecer a minha briosa ou alguma coirmã PM. Como não tenho rabo preso e não me incomodo com opiniões contrárias, mesmo de me venham até a ofender, sigo o meu rumo conforme me vem ao atino ou ao desatino. Uma vez PM, sempre PM!...

Não faz muito tempo, fui sistematicamente ofendido por leitores de um blog de jornalista do Sistema GLOBO. Mesmo anonimamente, entendi que certas pessoas fãs do jornalista cometiam crime contra a minha honra com palavrórios que não interessam aqui. Como o blog é moderado pelo jornalista, processei-o cheio de entusiasmada indignação. E me veio uma sentença judicial contrária, lapidar, é verdade, com uma digna juíza alegando não ter eu o direito de me sentir ofendido porque sou assumido polêmico. E se eu era polêmico por minha vontade, não poderia jamais me sentir ofendido. Confesso que achei graça, pois polêmica não guarda qualquer relação com ofensa, é só consultar os vocábulos em qualquer dicionário da língua pátria. Por outro lado, não posso negar que a sentença da juíza me veio ao espírito como bela peça literária: elegante e corretíssima, esbanjando beleza. Tanto que me convenceu a não mais chiar, eu talvez devesse ser mais flexível, tal como ela me sugeriu.


Sem mais condições de chiar, paguei o preço da derrota e busquei aceitar a decisão judicial como homenagem à liberdade de expressão, embora não consiga entender para que serve o dispositivo constitucional que defende a honra e a imagem dos cidadãos brasileiros. E também não sei aqui se o “que” por mim sublinhado levaria acento circunflexo ou não. Escolhi sem o acento no sentido de pronome interrogativo (“que coisa; que espécie de”), mesmo sentindo vontade de enfiar nele um belo chapéu: “quê”. Bem, não o fiz, vamos deixar pra lá a dúvida, posta aqui apenas para demonstrar que escrever corretamente não é tarefa simples. Portanto, espero contar com a paciência do leitor quando ele esbarrar em alguma escrita imprópria ao uso. Não é proposital, tento sempre fazer o melhor, mas não posso abrir mão da velocidade, pois o leitor é sempre mais rápido que eu. Vai ao mundo a esfarrapada desculpa, então, com um versinho de provocação no seu início, tudo sem qualquer revisão...

4 comentários:

Caldeira disse...

"Não tenho rabo preso com nada"! Essa frase e sua tradução em liberdade de ação (que o Sr possui) basta prá tomar porrada de todos os lados!!! E sempre foi assim!!!! E pelo jeito assim sempre será, pois guardadas as proporcões isso ocorre tb em outros Estados da federação no tocante aos PMs....Por vezes tb me sinto "vitimado" pelas porradas, por vezes nem sabendo de onde vêm!...Legal entrar no Blog do Sr pois o que o Sr passou e passa nos traz um sentimento de apoio, de resignação...e não nos sentimos tão sozinhos na empreitada de sermos (Oficiais) PMs de rua atrapalhando as estruturas mafiosas.....Aproveito para solicitar, quando o Sr puder, para que sejam traçadas algumas linhas sobre "liderança militar policial". Hoje há necessidade de se buscar motivação da tropa e as experiências positivas (9º BPM sob Comando do Sr) devem ser partilhadas com os mais novos!!! Fica a dica, com todo o respeito...

Anônimo disse...

Emir disse:

Prezado companheiro Caldeira

Escrevi um livro sobre o meu período de comando à frente do nono batalhão. Está no meu site o texto completo, podendo ser lido na tela ou impresso para leitura mais calma. Edição esgotada rapidamente. Creio que nele há a resposta aos seus anseios. Neste livro eu conto cada passo do meu comando que de um ano se tornou eterno. Até hoje eu me reúno com a "Velha Guarda do Nono". Muitos companheiros daquela época já morreram, outros estão ainda vivos, embora alquebrados. São na maioria velhos sargentos, subtenentes, tenentes e capitães do QOA,já avôs de novos PMs que participam das reuniões. É muito legal reunir com os comandados como irmãos de fato. Afinal, o significado de comandar e "mandar com". Basta crer nisso que o resto funciona muito bem. Mas para "mandar com" é preciso coragem e também fazer ver à tropa que esta decisão deve ser apreciada e abraçada pelos subordinados. Isto não quebra a hierarquia. Pelo contrário, fortalece a disciplina consciente. O livro é "Cavalos Corredores - A verdadeira história". Veja no site (www.emirlarangeira.com.br)
Forte abraço!

Caldeira disse...

Muito obrigado pelo retorno!! Vou acessar o livro!! Já vi no youtube um fragmento da reunião...bacana pela união existente!!! Excelente final de semana ao Sr.

Anônimo disse...

Emir disse: eu é quem agradece por suas intervenções que muito me animam. Ainda sobre a liderança, creio que você concluirá pela leitura do livro que o grande segredo é amar a tropa e ter a certeza de que ela, no seu conjunto, é sábia. Confie nela e você verá que a liderança passa por este detalhe. É mais ou menos como nos ensina Caravantes e Paulo Roberto Mota no seu Planejamento Organizacional (deve estar disponível no Google este livro): o administrador deve ter em mente que o ser humano é basicamente bom e pode ser incentivado a melhorar sempre. Não deve jamais ser visto como fundamentalmente mau. Abs.