terça-feira, 28 de agosto de 2012

DIREITO DE RESPOSTA II

Para Adriana Cruz e seu parceiro Valmir Brum (um exercício de retórica anotado em marrom por motivos óbvios):

Extraído do meu livro CAVALOS CORREDORES – A VERDADEIRA HISTÓRIA (www.emirlarangeira.com.br)


DEDICATÓRIA ESPECIAL



“Recorrer a um tribunal para obter justiça é como ir a um fotógrafo para extrair um dente.” (pitigrilli)


Está no fim porque é frontispício de outra narrativa a ser lançada num futuro próximo. É certo, todavia, que alguns lerão esta dedicatória sentindo um gosto de fel em suas bocas, enquanto que outros sentirão o agradável sabor do mel, pois perceberão que a homenagem que lhes pertence por direito de boas ações encontra-se gravada lá no início. Mas aos titulares das más ações ofereço somente esta mensagem, e ponho-a aqui certo de que nem mesmo folhearam este livro e muito menos folhearão o próximo. Ótimo! Que o fechem e se mandem ao inferno!...
Refiro-me aos vis e abjetos que simbolizei no prólogo, – e identifiquei no texto, – e que estão por aí a gauderiar alimentando-se de seus próprios dejetos ou da dejeção alheia. Na verdade, alguns deles nem sei quem são, porém lhes sinto o mau cheiro quando passam. E você?... Sabe quem são eles?... Não?... Eis uma pista: fingem-se aglypha, mas são vipera aspis; e quando decidem prejudicar alguém se transformam em estridentes procnias nudicol
lis a anunciarem seus danos à honra e à imagem das pessoas. Sim, têm o poder da transmutação, são venenosos e altamente perigosos. Portanto, que fique aqui o alerta: cuidado com eles!...
Esses poucos, sem feitos nem feitio, nada têm para mostrar, vivem a voluptuosidade do nada. Estão, porém, em toda parte, ora císticos, ora arrogantes, sempre sugando o poder de terceiros, assim como fazem os vampiros com o sangue alheio. Sim, são ingloriosos em seus misteres, não são como as folhas, flores e frutos das árvores frondosas que lhes dão vida. São espinhos tóxicos que ferem a pele. Parasitam em árvores alheias até matá-las, não sem antes se acomodarem em outras. São supervacâneos, são uns merdas!... Guardam em seus espíritos somente malefícios; de suas bocas expelem o que lhes apodrece nas entranhas; vivem afundados em suas mentes sórdidas, que fedem, fedem muito, muito mesmo!...
E agora?... Já sabe quem são eles?... Ainda não?... Olhe então à sua volta, veja-os você mesmo, desde que não seja um deles!... Tem algum perto de você? Afaste-o menos tarde! Não lho dê seu oxigênio nem seu sangue!... Quem sabe, morre?...
Sim, são eles, que fingirão não ler esta dedicatória, mas logo correrão a devorá-la sentados no mesmo vaso sanitário já atulhado de seus dejetos. E a lerão avidamente. Lendo-a, porém, sentirão um travo em suas línguas enquanto expelem o que lhes deveria estar nos intestinos, mas que acumulam nos cérebros. E darão a descarga. Pena que não foram juntos, merda abaixo, na pressão da água limpa. Sim, sim, mil vezes sim, são dejetos, nem mesmo estrume, este que renova a terra e faz renascer as flores!... De mim tentaram fazer estrume. Jogaram contra mim seus corpos e mentes endemoninhadas. Tornaram-se escravos do Demo e me vieram infernar, mas não o conseguiram, tenho uma obstinação inspirada em Santo Antão. Portanto, mesmo se o conseguissem eu estaria a dar vida ao lírio e a perfumar o ar, enquanto que eles, e elas, e os colunas-do-meio (não devo discriminar ninguém) estão condenados a boiar em águas fétidas pelo resto de suas existências poluindo o mundo! E depois de mortos queimarão no inferno como prepostos do Satanás, pois em vida foram disfarçados ou assumidos asseclas de bandidos, comensais daquele “bolo” feito em cocaína e maconha que um dia eu conscientemente chutei e chutarei sempre, seja com a caneta, seja com a escopeta...

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