O presidente da República é uma pessoa. Ele é o Chefe do Poder Executivo. Já este, como entidade física, é um polissistema social complexo, formado por incontáveis polissistemas, sistemas e subsistemas, que demandarão pessoas para produzir interações permanentes e dinâmicas visado a objetivos globais, intermediários e específicos.
No Brasil, trata-se de engrenagem monumental, desdobrada num vasto território, o que implica inelutável descentralização. Daí crescer em importância a escolha das pessoas no ápice do polissistema, pois serão as que desdobrarão convites a outras pessoas dos andares de baixo, até se formar o círculo virtuoso que se pretende criar e manter no Brasil.
Tudo isso deve ocorrer num processo dinâmico, em que o todo seja sempre maior que a soma das partes. Não será fácil. traduzindo em linguagem prática, é como passar um esfregão num piso imensurável, tão imensurável, que, ao se chegar ao fim, o início já não estará como antes, o que implica repassar o esfregão, e assim sucessivamente, até que um dia, talvez, o piso fique totalmente limpo. Ou nunca fique limpo, mas se mantenha em eterna limpeza.
Eis a tarefa de um presidente da República, este que, com sabedoria, já declarou que fortalecerá a Federação por meio da descentralização do poder e dos meios. Ou seja, em vez de segurar um esfregão apenas para limpar todo o piso, fomentará os Municípios lhes dando, a cada um, seu próprio esfregão. O mesmo o fará em relação aos Estado Federados, hoje mais sujos que pau de galinheiro, muitos dos quais literalmente falidos.
Claro que o presidente não dará esses esfregões sem um bom MANUAL DE USO em vista de resultados transparentes e permanentemente mensuráveis, tudo como um simples processo sistêmico, resumido à ENTRADA (insumos), ao PROCESSAMENTO e à SAÍDA (resultados), esta que retornará à ENTRADA, em feedback, tornando-se novos insumos.
Por exemplo: a transposição do rio São francisco é um projeto nacional. Mas nada impede que seja gerido pelos municípios por onde a obra passa, desde que instrumentalizados pela União, sempre com o seu "manual de uso" e fiscalização constante.
Deste modo, a União garante a execução da obra e sua fiscalização de baixo para cima. E que todo o resto do Brasil seja assim: com um Estado Federal menor e fiscalizador, e com os Estados Federados e os Municípios como "tocadores de obras". Tudo com o seu respectivo MANUAL DE USO. Daí a importância do primeiro escalão ocupado por pessoas competentes, apolíticas, e voltadas apenas para o alcance do ótimo em tudo que fizer ou for restaurar.
Voltando à escolha das pessoas e associando-as à Teoria de Sistemas, podemos ainda pensar na TECNOLOGIA como fator de aceleração de todo o processo sistêmico. Daí é que, quanto mais apurada a TECNOLOGIA, mas rapidamente os objetivos serão alcançados. Para tanto, porém, é necessário que exista uma cultura que alcance a base da pirâmide social e o seu topo. Por isso é vital que as pessoas, de cima para baixo e de baixo para cima, sejam competentes naquilo que farão, o que não é caso de políticos, sendo rara a coincidência de um político ser especialista no que faz. Até pode ser, mas não é a regra, é exceção.
Tudo isto sempre lembrando a máxima de Henry Ford, precursor da produção seriada em massa de automotivos: "O QUE DEVE SER FEITO, DEVE SER BEM FEITO".
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