segunda-feira, 9 de novembro de 2015

RIO EM GUERRA – E OLHA QUE O MAJOR LUDWIG É DO 9º BPM




“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)

9 nov 2015 – Extra - Rafael Soares rafael.soares@extra.inf.br

Oficial PM vai atirar em pneu e fere bancário
E olha que o major Ludwig é subcomandante do 9º BPM (Rocha Miranda). Vítima passa bem.

Um bancário foi atingido por um tiro de pistola nas costas após o carro em que estava furar uma blitz na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, na noite de sábado. O disparo foi dado pelo major Carlos Ludwig, subcomandante do 9º BPM (Rocha Miranda), que estava à frente da operação. O oficial, que vai responder por lesão corporal culposa — sem intenção —, afirmou em entrevista exclusiva ao EXTRA que não se arrepende de ter feito o disparo. Segundo Ludwig, ele tentou atirar na roda do veículo, um Fiat Palio, que iria atropelar um policial. Marco Antônio Pereira, de 51 anos, que estava no banco do carona, está em estado estável no hospital Norte D’Or, em Cascadura. 



CLÉBER JÚNIOR Disparo atingiu a traseira do Fiat Palio e o carona. Segundo o PM, carro ia atropelar policial 

— Não me arrependendo de ter feito o disparo. O tiro teve caráter de proteção a um agente público. O motorista usou o carro como arma e tentei pará-lo, com um disparo no pneu. Por infelicidade, o disparo acabou atingindo o carona — afirmou Ludwig, que foi ouvido na 29ª DP (Madureira) e liberado em seguida. O oficial, que teve a arma apreendida, foi afastado de suas funções pela PM.
O motorista do veículo, Rafael de Freitas dos Santos, afirmou, em depoimento, que trafegava pela Rua Cândido Benício no sentido Madureira e entrou na contramão na Rua Barão porque “o trânsito estava parado”. Ele alega que “não avistou nenhuma blitz da PM” e afirma que “acelerou pois ficou com medo de ser assaltado” após ouvir ordens de parar, “pois na Rua Barão o que mais tem é assalto e roubo”. O carro que Rafael estava dirigindo era de Marco Antônio e estava com o licenciamento vencido desde 2009. Ao todo, dez PMs em três viaturas participavam da blitz, na altura da estação Praça Seca do BRT. 

O delegado Julio Cesar Pyhrro abriu inquérito para investigar o caso. Já prestou depoimento, além do major e do motorista, um soldado que participava da blitz e disse que teve que se jogar no chão para não ser atropelado.

MEU COMENTÁRIO


Qual será a verdadeira intenção da frase jornalística? Que mistério ela encerra?... Devemos considerá-la elogio ou baita preconceito contra o 9º BPM?... De minha parte, não me resta dúvida de que a insinuação é preconceituosa. Mais que isto, é raivosa, coisa típica de pobres de espírito que existem no meio jornalístico como espécie de inquisidores sensacionalistas; sim, cobras veneníferas, que, porém, ganham exatamente para estabelecer contrapontos que demonstrem desprezo pelas leis e pelos que as representam no calor dos perigosos acontecimentos que se situam nas ruas e não nas refrigeradas redações de jornais que atuam na tessitura social ao modo “Cidadão Kane”.


Bom que o Major Ludwig reage à altura de suas responsabilidades e não nega o fato, sendo certo que o incidente não teria acontecido se o major, na condição de subcomandante do batalhão, preferisse permanecer no seu gabinete de trabalho em vez de assumir com a tropa sua responsabilidade de líder que se arrisca ao perigo junto dela. Poderia também ordenar que não houvesse a blitz e o fato nem teria ocorrido. Mas não. Ele foi à luta junto com a tropa e atirou como reação a uma iminente agressão endereçada não a si, mas a um de seus comandados.


Mas a imprensa marrom não poderia deixar de alfinetar com a frase sublinhando o 9º BPM como “animal raro”. Será que reclama de o major ter errado o tiro no pneu quando lhe seria obrigação acertar por ser ele integrante do nono batalhão? Teria sido um gesto de boa vontade por entender que o batalhão se situa numa das regiões mais perigosas do Grande Rio, mesmo depois de ter sua área fatiada com outra unidade operacional? Bem, tudo isto é mistério, o jornal não explica seu desnecessário sarcasmo. Sim apenas isto: sarcasmo!...

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