“O
mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas
por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert
Einstein)
Do G1 Rio
15/05/2015 13h00 - Atualizado em 15/05/2015 16h44
Pezão
afirma que ônibus queimados no Rio foram reação do tráfico
Governador afirmou ainda que operações policiais estão sendo feitas.
Ataque a ônibus teria acontecido após morte de dois mototaxistas.
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse nesta sexta-feira (15) que os ônibus queimados na Zona Norte da
cidade foram ações comandadas pelo tráfico de drogas. O pronunciamento foi
feito durante um evento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Incêndio interditou a Avenida Salvador
de Sá nos dois sentidos (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Ao ser questionado sobre as
ações criminosas no Centro do Rio e o incêndio de ônibus, Pezão disse que
operações policiais estavam sendo feitas.
“É uma reação do tráfico. Nós
acompanhamos Japeri e Queimados, nós ocupamos e estamos com operação em toda
aquela região do Chapadão e vamos continuar a combater a criminalidade. Os
bandidos já se deslocaram e alguns já foram pegos”, afirmou.
Ele afirmou ainda que apesar
dos episódios, o governo do Rio continua investindo na segurança pública.
“Nós não deixamos de
contratar policiais, nós não deixamos de pagar premiação dos batalhões e
delegacias que atingiram suas metas. Foram R$ 60 milhões distribuídos para
todas os policiais civis e militares. Não vai faltar dinheiro para segurança
pública e para nenhuma política pública”, afirmou.
Protesto
teria começado após mortes
Um dos veículos foi incendiado na Rua Estácio de Sá, perto de um dos acessos ao Morro São Carlos, no Largo do Estácio. O segundo ônibus sofreu o atentado na Rua Campos da Paz, altura do número 52, no Rio Comprido.
Moradores da região afirmam
que o protesto começou depois que dois mototaxistas da comunidade foram
encontrados mortos. Ainda de acordo com moradores, as vítimas são Rodrigo
Marques Lourenço, de 29 anos, e Ramom de Moura Oliveira, 22.
Até as 9h30 não havia
informações sobre feridos durante o protesto. Testemunhas relataram que
policiais arremessaram bombas de efeito moral contra os manifestantes, que
estavam armados com pedaços de paus e pedras. Agentes da Divisão de Homicídios
chegaram por volta das 10h30 para periciar o local onde os jovens foram
achados. Segundo moradores, eles foram mortos a facadas.
Na região próxima ao
protesto, houve um confronto entre policiais do Bope e criminosos nesta
quinta-feira (14). À noite, o número de vítimas no local havia subido para 10, com a morte
de um adolescente de 15 anos e de Ysmailon da Luz Alves Santos, de 21 anos. Com
a morte dos dois mototaxistas, o número de vítimas passa agora para 12.
Moradora do São Carlos mostra suposto local onde
corpo foi encontrado (Foto: Reprodução/TV Globo)
Titular da Divisão de
Homicídios, Rivaldo Barbosa, confirmou em entrevista à Globonews que investiga
as circunstâncias nas quais os dois corpos foram encontrados no Morro do São
Carlos nesta manhã. Ainda não se sabe quem matou os mototaxistas.
"Independentemente se [os autores] foram policiais militares ou [fruto de]
uma guerra de traficantes, vamos dar uma resposta", afirmou.
Rivaldo também fez um apelo
para que moradores evitem vandalismo em protestos, por causa dos transtornos
que eles causam à região, como queima de cabos na rede elétrica. "A gente
pede que eles usem essa revolta para nos dar informações", acrescentou.
Ônibus é incendiado no Rio Comprido
(Foto: Janaína Carvalho/G1)
Trânsito
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, por volta das 9h40 a via estava interditada nos dois sentidos e os motoristas enfrentavam retenções na região.
Os motoristas que estavam na
Rua Haddock Lobo e seguiam em direção ao Estácio/ Centro tinham como opção
seguir pela Avenida Paulo de Frontin. Quem estava no Catumbi e seguia em
direção ao Estácio/Centro tinha como opção seguir pelo Viaduto 31 de Março e
pela Avenida Presidente Vargas. Às 10h15 a via foi totalmente liberada.
De acordo com o Metrô
Rio, o protesto foi monitorado e
não afetou a circulação dos trens. Às 9h40 não havia ameaça de invasão na
estação Estácio. Entretanto, 863 alunos ficaram sem aulas em escolas no
Catumbi, Estácio, São Carlos e Santa Teresa.
Ônibus foram queimados após protesto
por morte de pelo menos um morador, segundo a PM (Foto: Janaina Carvalho/G1
Rio)
Bombeiros do quartel Central
foram acionados. Por volta das 10h20 o fogo foi controlado. De acordo com a
corporação, ninguém ficou ferido. As chamas não atingiram a fiação da rede elétrica
da região. Entretanto, a Light enviou uma equipe ao local para solucionar
possíveis emergências.
De acordo com a PM, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São Carlos e de outras UPPs, com o apoio do Batalhão de Choque (BPCHoque), reforçaram o policiamento no entorno da comunidade.
De acordo com a PM, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São Carlos e de outras UPPs, com o apoio do Batalhão de Choque (BPCHoque), reforçaram o policiamento no entorno da comunidade.
Dois baleados na quinta (14)
No início da noite da quinta, policiais do Bope entraram em confronto com marginais no Conjunto de Favelas do São Carlos. De acordo com a corporação, um homem foi baleado na Comunidade da Mineira e socorrido para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.
Com o ferido, foi aprendido
um fuzil Bushmaster, 1,3 mil sacolés de pó branco, 1,5 tablete de maconha, um
carregador de fuzil e um rádio transmissor. A ocorrência foi registrada na
17ªDP (São Cristóvão). Na parte da tarde, um homem também foi baleado e, com
ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm.
A polícia informou que, à
noite, havia subido para 10 o número de mortos na guerra entre as quadrilhas que atuam nas
comunidades da região central do Rio — Fallet, Coroa e São Carlos. Como mostrou
o Bom Dia Rio nesta sexta-feira (15), a segurança continuava reforçada nos
acessos das comunidades. Pelo menos uma das novas vítimas foi baleada durante
operação policial.
Manifestantes
atearam fogo em um ônibus no Estácio (Foto: Reprodução/ TV Globo)
Segundo testemunhas, grupo estava com pedaços de
paus e pedras (Foto: Reprodução/ TV Globo)
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MEU COMENTÁRIO
1) A ARROGÂNCIA DE FERNANDINHO BEIRA-MAR.
1) A ARROGÂNCIA DE FERNANDINHO BEIRA-MAR.
Chega a ser hilariante um bandido receber pena de
quase meio século. É como matar um defunto, coisas do Brasil, com um detalhe: o
crime que o condenou aconteceu dentro de um presídio considerado de “segurança
máxima”.
Essa cascata de Bangu I vinha funcionando fazia anos,
até que caiu por terra, desmoralizada, a partir do massacre dos meliantes
dissidentes do CV, segundo a justiça, tudo por ordem de Fernandinho Beira-Mar.
Mas durante o julgamento ele negou o fato, jogou beijinhos para a platéia e
permaneceu sorridente na maior parte do tempo. Parece que sabia o que aconteceria em sua
homenagem nas ruas do RJ...
Nem quando foi lida a sentença condenatória ele perdeu
o bom humor, claro que mangando da ilusão, ele não viverá tanto tempo. Quanto a
já estar preso em acúmulo de penas, isto não parece suficiente para abalar a
alegria do bandido, talvez por saber que está vivo e seguro às custas do Estado,
e com certeza comandando um baita esquema de tráfico do lado de fora, pois ele
permanece com seu prestígio inabalado na fonte geradora da droga. Sem o aval
dele, a droga não vem. Daí é que os traficantes do CV o reverenciarão sempre e
sempre, até que a morte os separe...
É assim que funciona o crime organizado do tráfico,
embora esta organização, segundo o próprio traficante declara, mentindo, claro,
não possua um líder, como no passado era reconhecido o narcotraficante
internacional Pablo Escobar. Por outro lado, ele tem razão, pois, pelo menos em
minha opinião, entendo o narcotráfico como máquina capitalista que funciona simultaneamente,
sem liderança, em muitos países produtores e consumidores. O que existem, sim,
são estruturas empresariais de grande porte num contexto mais particular. E o
traficante Fernandinho Beira-Mar é um desses grandes empresários do tráfico mesmo
em cana.
2)
ÔNIBUS INCENDIADOS EM ESTRANHA SEQUÊNCIA
Mera coincidência?... Não creio. A baderna do
tráfico pode ter sido desencadeada, sim, na semana da visita de Beira-Mar e em
sua homenagem, para o CV reafirmar que está “tudo dominado”.
Tem razão, portanto, o governante ao afirmar o
óbvio: “Foram ações comandadas pelo tráfico de drogas”.
Sim, foram, sim, e sempre são e o serão! Grande
novidade! Também não é novidade a afirmação de que a PM realiza operações
policiais o tempo todo. Tudo isto é óbvio.
A questão se prende, então, à triste constatação de
que os fatos criminosos se repetem ininterruptamente, enquanto a mídia exalta a
queda de alguns índices de criminalidade, em especial os índices de homicídio,
sempre destacados como se fosse por aí a solução de uma macrocriminalidade que
se situa mui além, sendo certo que somente esta semana que se finda, em três
favelas (Fallet, Coroa e São Carlos), já se contabilizou dez mortes, além de mais dois mototaxistas que engrossaram a lista em outras localidades.
Se nada disso bastasse, muitas escolas ficaram
fechadas, muitos ônibus foram incendiados, dentre muitos outros incidentes
assustadores que não podem ser empurrados para baixo de nenhum tapete.
Eis, em síntese, o porquê da alegria do
narcotraficante Fernandinho Beira-Mar diante da Justiça e do povo. Afinal, se o
tráfico mantém “tudo dominado”, a estrela midiática é seu máximo representante
no Brasil, né?...
2 comentários:
Não existem dúvidas de que isso é reação de traficantes né. Eles estão revoltados que estão ficando sem lugar para se esconder. Pessoas trabalhadoras não fariam isso.
Emir disse:
Não há dúvida de que eles comandam esse tétrico espetáculo urbano que lembra as barbáries dos tempos remotos.
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