“O mundo está perigoso para se viver! Não por
causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta
de que não viram.” (Albert Einstein)
G1 Rio
03/05/2015 10h05 -
Atualizado em 03/05/2015 10h06
PM
baleado com colete no Alemão, Rio, segue internado em estado grave
Policial foi operado no sábado (2) e continua na UTI.
Ele foi atingido no tórax quando patrulhava uma rua no Morro do Alemão.
O policial militar Marcelo Soares Silva do Reino, da UPP do Alemão, seguia
internado em estado grave na UTI do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no
Subúrbio do Rio, na manhã deste domingo (3). Segundo informações da Secretaria
Estadual de Saúde, o policial foi operado no sábado (2), mas seu quadro clínico
ainda inspira cuidados.
Marcelo Reino foi atingido no tórax, mesmo usando um colete à prova de
balas, quando fazia um patrulhamento na Rua Joaquim de Queiróz, no conjunto de
favelas do Alemão, no Subúrbio.
Imagens enviadas por telespectadores para o número de Whatsapp e Viber
do RJTV mostram como ficou o colete que era usado pelo PM. Em uma delas, é
possível ver um furo no equipamento. A polícia está à procura dos suspeitos que
atiraram. Na internet, uma pessoa publicou uma mensagem comemorando o ataque ao
PM.
A PM afirmou que todos os coletes usados pelos policiais da UPP do
Alemão estão em condições de uso, mas disse que vai aguardar um laudo da
Polícia Civil para ter mais informações sobre o que ocorreu com o equipamento
usado pelo policial baleado no sábado.
MEU COMENTÁRIO
Nem vou
adentrar o assunto dos aprestos utilizados pela tropa da PMERJ. Prendo-me à triste
realidade de que as sucessivas perdas de vida no Complexo do Alemão demonstram
o fracasso de tudo que foi feito pela corporação naquela localidade considerada
o núcleo central (sede) do Comando Vermelho.
Os
antecedentes históricos daquele complexo favelado inclui o assassinado do
jornalista Tim Lopes com incrível requinte de crueldade. De tal modo que
tocaiar PMs para matá-los à distância torna-se meio banal de eliminação não somente de PMs, mas de
qualquer pessoa que se apresente como obstáculo aos interesses criminosos da
sigla.
Mas
estamos tratando do assassinato sistemático de agentes públicos, de representantes
do Estado-membro, este, por meio da PMERJ, que ali comparece e permanece para cumprir a missão de prevenção
e repressão ao crime. Mas seus agentes morrem abatidos a tiros sem tempo de
reagir em igualdade de condições.
Falamos de
inferioridade do uso da força a produzir efeitos nefastos, sem que ninguém do
nível estratégico assuma para si a responsabilidade. É como se tombassem soldados
de chumbo das brincadeiras infantis, embora sejam de carne e osso, e alma, e
possuam famílias cuja sina é a de prantearem seus jovens mortos.
Será que
ninguém tem culpa por isso?... Será que o papel do PM na atual conjuntura política
é o de vilão a ser descartado disciplinarmente, ou condenado judicialmente, ou
morto?... Será que todos os azares da sociedade lhes pertencem?...
Bem, é o
que me parece, pois servir na PMERJ tornou-se fado adverso, para gáudio de
todos os acadêmicos e midiáticos que pregam o socialismo e insistem na destruição
em massa de quem supostamente representa o antigo braço da ditadura.
Mas a
verdade é a de que a imobilidade social neste país de gestores corruptos faz
aumentar a mais e mais a fila dos desesperados em busca de qualquer trabalho
honesto. E a PMERJ tem boca larga de entrada e de saída, só que a velocidade do
vai-volta a sepultar PMs mortos por facínoras já ultrapassou todos os limites
aceitáveis.
Que fim
terá tudo isto?...
Um comentário:
Pelas fotos mostradas nas diversas reportagens, pergunto à que bala esses coletes são resistentes...será à prova de bala juquinha?!
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