segunda-feira, 31 de março de 2014

Nada melhor neste dia que repisar o tema 31 de março...



 de 1964, data que as esquerdas tentam demonizar e contam com forte apoio de parte da mídia bem mais interessada em dinheiro e poder que em democracia...

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BLOG DO REINALDO AZEVEDO
31/03/2014
Às  16:10
As coisas são simples, embora muito complicadas. Como não fiquei tocando flauta para general — nem tinha grandeza para isso, né? Para executar esse tipo de instrumento, era preciso ter importância, e eu não tinha (nem tenho) nenhuma —, não preciso agora exercitar o discurso da hipocrisia. Ao contrário: já contei aqui e repito. Antes de completar 16 anos, em 1977, durante o que se chamava então “primeiro colegial”, experimentei a truculência do regime. Depois vieram outros embates e coisa e tal. Não tenho mea-culpa a fazer sobre absolutamente nada — incluindo o período em que achava que Trotsky havia descoberto a pedra filosofal.
Assim, a cretinada que anda por aí — que coisa engraçada! — a me colocar como beneficiário do golpe, dizer o quê, além da recomendação permanente? Que estudem! Que se livrem das trevas da ignorância! Quando ser contra o regime militar rendia dissabores, eu era contra, e muitos que hoje são “contra” experimentavam suas delícias. Em 2014, eu continuo contra, mas não me alinho com oportunistas que pretendem contar a história que não existiu (e já vou falar sobre Dilma Rousseff). Fanfarrões que se lambuzaram no regime agora maldizem o tempo em que se refestelaram no banquete da indignidade.
Outros tantos, que ficaram criando metáforas, tropos e fantasias para o generalato, agora posam de velhinhos libertários e críticos do regime: têm medo de cachorro vivo e chutam o cachorro morto com aquela coragem que só os covardes sabem exibir.
Pra cima de mim? Não vem que não tem!
Não toquei instrumento de sopro pra general. Então não peço desculpas! Quando já tinha idade para que as minhas ideias parassem sobre as próprias pernas, descobri que eu gostava mesmo era de democracia, não como um valor instrumental um meio, mas como coisa em si e um fim.
E sempre de graça! Por gosto mesmo!
Por Reinaldo Azevedo

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