“Antigo edifício-sede da PGE
A sede da Procuradoria esteve, durante mais de três décadas, situada na Rua Dom Manuel, nº 25, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. O edifício foi construído no ano de 1887 em terreno cedido pelo Imperador D. Pedro II ao Barão Nogueira da Gama e tornou-se a matriz da Caixa Econômica Federal. Devido ao progresso obtido pela instituição financeira, o velho casarão deixou de ser a sua sede em 1940 e passou a ser utilizado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara, para Varas de Acidentes de Trabalho, Cartório de Registro Civil e Casamentos (Pretórios). Em 1979, o prédio passou a ser ocupado pela Procuradoria, que o manteve como sua sede até fevereiro de 2011.” (Fonte: site da PGE)
“Novo edifício-sede da PGE
A atual sede da Procuradoria se situa na Rua do Carmo, nº 27, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro. O edifício, adquirido em 2008, foi inteiramente reformado para oferecer aos Procuradores, servidores e estagiários adequadas condições de trabalho.” (Fonte: site da PGE/RJ)
Não sei julgar se os valores materiais estão compatíveis com o mercado imobiliário. Quanto aos valores imateriais que caracterizam os tombamentos históricos, bem menos sei. Mas imagino quanto vale uma pirâmide egípcia... Materialmente falando, para mim não passa de um monte de pedras superpostas à custa de muitos suores e mortes de povos escravizados pelos faraós. Quanto à intenção de quem a concebeu, não sei se foi a de ultrapassar os tempos e chegar aos dias de hoje. Esse dado é imaterial, mas provavelmente à pirâmide não deu valor quem foi obrigado a sangrar para ela existir como fonte de poder. Houvesse descendentes dessas gentes escravizadas, eles decerto gostariam de destruir a obra como vingança. Ou não, pois há também o oposto a considerar: preservar a obra como prova da opressão remota. Enfim, a pirâmide é de valor imaterial incalculável, porque ela ainda hoje aguça a ciência com seus mistérios. Mas se fosse destruída por causas naturais ou artificiais, depois de um tempo ninguém mais se lembraria dela. Por conseguinte, enquanto a pirâmide existir aos olhos do mundo ela contará a sua história, eis talvez o fundamento da preservação de muitas edificações que atravessaram os séculos e chegaram aos nossos dias.
O Quartel-General da PMERJ ainda existe por força dos fundamentos imateriais. A edificação, depois de quase dois séculos de existência, também guarda em suas paredes muitas histórias, e não se reporta somente a um segmento social. Claro que sua forma arquitetural talvez não atenda às funções atuais da corporação, mas solucionar o impasse demolindo o prédio e vendendo o terreno parece-me absurdo. Fosse a edificação destinada a outro fim, e assim preservada, vá! Não se trata de defesa da posse do prédio, que é estadual antes de pertencer à PMERJ, esta que o utiliza com ressalva de inadequação da estrutura aos seus fins institucionais; pela mesma razão, não me parece ser o prédio da Central do Brasil adequado aos fins da segurança pública; mas nem por isso ele será demolido e alienado o terreno.
Sim, duvido que alguma autoridade pública federal surja com a má ideia de demolir a Central do Brasil ou outro imóvel antigo pertencente à União, a não ser por questão de segurança e diante da impossibilidade de ser ele restaurado. Portanto, é estranho que autoridades estaduais venham a público anunciar a venda de suas edificações antigas fundando a decisão em argumentos frágeis, como faz o senhor Régis Fichtner. E aqui cabe indagar se ele defenderia com igual ênfase a demolição do antigo edifício-sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE), já que ele, por conta do altíssimo prestígio, instalou-a em majestoso edifício devidamente reformado.
Ora, por que o superpoderoso secretário estadual não faz o mesmo com a PMERJ, ou seja, prepara um prédio como o da PGE/RJ para acolher as estruturas militares estaduais hoje instaladas no antigo quartel dos Barbonos? Por que não o reforma sem descaracterizá-lo? Por que intenta ele desinstalar a PMERJ sem lhe ofertar tratamento idêntico ao de sua querida PGE? Pensa ele que os militares estaduais não sabem que a PGE recebe tratamento personalizado?... Ora, ora, o ilustre secretário até agora não fez mais que se alimentar e alimentar seus pares segundo a lógica resumida no aforismo acima!...
4 comentários:
Tenho imensa curiosidade em saber qual seria a reação do glorioso Exército Brasileiro, caso o Sr. Desgovernador S. Cabral resolvesse demolir algum Batalhão situado na Vila Militar, mesmo que esta construção fosse sub utilizada e onerasse o Erário. O problema da PMERJ é a passividade dos comandantes, que preferem assistir de camarote a destruição de vários Batalhões, alguns que são Patrimônio Histórico, tais como o QG e o Batalhão de Choque, a lutar pelas melhorias dos mesmos, em prol da especulação imobiliária. Vejo tristemente que é o início do fim da nossa briosa PMERJ.
Muito bom, muito bom não Misoca, excelente.Pô, voce está me surpreendendo, dá-lhe garoto!!!
Belzeba
Obs. "Ao aparecer o redondo, quando se abaixa mais do que o necessário, todo mundo imediatamente quer botar um pouquinho". È o que está acontecendo com a Briosa...
Não fica nem um pouco difícil entender-se o empenho desse "esperto" na venda do QG e de outros quartéis da PMERJ. Difícil, impossível mesmo, para quem tenha um mínimo de informação sobre o papel constitucional das Polícias Militares, tanto na Segurança Pública, como na Segurança Interna, aqui como Força Auxiliar do Exército, foi ouvir as sandices que esse despreparado para a função pública que ocupa vomitou quando ouvido, dois dias atrás, na CBN, sobre a venda do QG da PM. Esse ignorante das coisas da Segurança disse, com toda clareza, que "estamos mudando a concepção da Polícia Militar. A PM não é Força Armada, não precisa m anter tropa aquartelada; lugar de PM é nas rua, não precisa de quartel! No lugar desses quartéis, construiremos escritórios modernos, funcionais, como os de uma empresa atual, muito mais práticos e baratos..."e outras besteiras do gênero. É assim, certamente, que esse luminar pretende acomodar a tropa nas ocasiões especiais de Prontidão , Sobreaviso e Ordem de Marcha; assegurar a instrução e o treinamento específicos, garantir a segurança do armamento, dos equipamentos e da munição distribuídos aos homens de serviço, especialmente dos equipamentos especiais e da munição química destinado ao Controle de Distúrbios na preservação da Ordem Pública. Assim, também, de forma tão singela e prática, assegurar o funcionamento das Comunicações na distribuição e no desdobramento da tropa no terreno, do despacho das viaturas para atendimento às solicitações do público e no controle da movimentação do efetivo empregado num dad o momento.
Deve imaginar, esse inepto, que policiar um estado, uma cidade, uma localidade qualquer, é tão fácil quanto fazer farra em Paris, com guardanapos amarrados na cabeça, carnavalesca e ridiculamente! Não é de estranhar-se que o Estado vá tão mal, quando reune no topo do Governo “estadistas” desse naipe!
José Carlos.
Esse sérgio não passa de um grande vagabundo !
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