quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pesquisa de opinião


Que cena vocês preferem?...


1) A do enraivecido soldado verde-oliva quase apontando o fuzil ao peito valente do sargento PMBA deputado estadual?














2) A do emocionado General de Divisão abraçando o soldado da PMBA?







6 comentários:

Paulo Xavier disse...

Com certeza as fotos do General se emocionando com a homenagem que lhe foi feita pelo PMBA paramentado de presidiário, como disse o Cel Monerat, indicam que é possível o diálogo, afinal somos todos brasileiros e a causa é justa. Quanto aos militares do EB apontando o fuzil para o outro PMBA nos faz lembrar outra coisa.

Luiz Monnerat disse...

Já havia me manifestado a respeito da figura do General, que agora sei chamar-se Gonçalves Alves. Hoje não acreditei quando ouvi notícia que o mesmo havia sido afastado do comando da tropa, justamente pelo abraço que recebeu e deu no manifestante. Segundo a notícia, o Planalto não teria gostado. Putz! Não acredito. Vamos conferir mais à frente. De qualquer forma prefiro eu a imagem do General, pois acho que ela transmite a inconsistência política dos tempos que estamos vivendo agora e a pedreira que é ser um General em meio a esse caos instalado.

Emir Larangeira disse...

O General se chama Gonçalves Dias. Tem o nome do poeta. O que me espanta é o patrulhamento midiático a tentar "queimar o filme" do General associando o gesto dele a uma tal "promiscuidade", quando, ao que tudo indica, a ida dele à linha de frente (algo incomum), pode ter evitado uma tragédia incontornável. Pois, se o alterado soldado verde-oliva atira no deputado PM, teríamos assistido, talvez, a um confronto sem precedentes entre o EB e os PMs. Fico imaginando a frustração dos que torceram para o soldado VO apertar aquele gatilho. O gesto do General, para mim, foi mais para dar um recado à tropa dele que não poderia tratar os PMs como "inimigos". O argumento dele (ele disse a todos que não gostaria de um confronto daqueles, entre irmãos, no dia aniversário dele. E recebeu de volta o reconhecimento sob a forma mais baiana de ser (emoção à flor da pele, que tanta arte dá aos brasileiros de todas as gerações). Ora bolas! Essa campanha que a mídia faz contra o General é superficial e doentia. Não houvesse o episódio do sargento deputado abrindo o peito ao tiro nervoso do soldado já com sinais de desequilíbrio, o General não tomaria a decisão acertada que tomou para aliviar a tensão. Cá entre nós, ele buscou o caminho da paz e o fez muito bem, demonstrando o valor de um grande chefe militar. Com esse General Gonçalves Dias, e mesmo caindo aos pedaços, eu enfrentaria uma guerra! Não contra irmãos, mas contra inimigos de fato, que até podem ser maus brasileiros que detestam a democracia. Há muitos por aí, bem posicionados, que almejam o quanto pior melhor...

Emir Larangeira disse...

Correção:
O argumento dele (ele disse a todos que não gostaria de um confronto daqueles, entre irmãos, no dia aniversário dele).

Paulo Fontes disse...

Caro amigo Laranjeira,
Depois das prisões ilegais dos nossos companheiros e a violência de levá-los para Bangu 1, só me resta evocar esses poemas que falam sobre a omissão nossa de cada dia


MAIAKOVSKI

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.


BERTOLD BRETCH

"Primeiro eles vieram e levaram os comunistas,
Como eu não era comunista não me importei;
Depois eles levaram os padres,
Mas eu também não era padre
E tampouco me importei...;
Quando finalmente eles vieram me buscar
Já não havia mais ninguém sequer
Para que eu pudesse PEDIR SOCORRO!

Bertold Brecht

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.





Martin Niemöller, (1892-1984)

Um dia vieram e levaram o meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram o meu vizinho social-democrata.
Como não sou social-democrata não me incomodei.
Quando vieram buscar os sindicalistas não disse nada
não sou sindicalista
Quando vieram e me levaram
já não havia ninguém para se ouvir...

Wanderby disse...

Emocionante