Bela festa!
O dia 14 de abril de 2009 foi emocionante para os integrantes da antiga PMRJ; sim, para nós, treme-terras. A extinta corporação comemorou com honras especiais os 174 anos, renascendo em alegria após a morte decretada pela abrupta fusão do Estado do Rio de Janeiro com o Estado da Guanabara. A solenidade aconteceu no pátio do antigo quartel-general da PMRJ, atualmente sede do 4º Comando de Policiamento de Área (4º CPA). Mas, se antes era apenas uma desanimada rotina, esta se nos apresentou pujante e maravilhosa.
A presença maciça da oficialidade pós-fusão a assistir as homenagens aos “vigilantes obreiros” colocados em destaque (Oficiais e Praças) emprestou ao evento o respeito que faltava à corporação treme-terra. A participação do Comandante-Geral e do Chefe do Estado-Maior, respectivamente Coronel PM Gilson Pitta Lopes e Coronel PM Antônio Carlos Suarez David, elevou sobremodo a autoestima dos treme-terras que se fizeram presentes.
Foi, com efeito, surpreendentemente agradável a festa promovida pela cúpula da corporação, demonstrando lhaneza no trato de seus companheiros vencidos pelo tempo. Se a corporação encerra no seu vocábulo um “corpo”, um “coração” e uma “oração”, a “ação” dos companheiros da ativa serviu para acordar a alma dos valorosos policiais militares nascidos do útero da amada PMRJ.
Com certeza, o modo como desta vez a PMRJ foi tratada pela nova oficialidade, cujo início de carreira é posterior a 15 de março de 1975, permite supor que a história da PMERJ plantou seu primeiro alicerce. O próximo a ser plantado será em 13 de maio, data que merece igual ênfase e comemoração.
Em assim sendo, a base de uma nova história da PMERJ a ser construída poderá marcar os 200 anos da antiga PMEG como o segundo passo de uma corporação que precisa vivenciar o presente pelo somatório das duas vertentes históricas e pela união de policiais militares de todas as origens e tempos. Afinal, a tropa de hoje jamais existiria se não fosse a de ontem a existir e a sucumbir, porém se renovando até alcançar o presente.
Eis o atavismo corporativo sadio e rejuvenescedor! Eis a homeostase a vencer a entropia! Eis o caminho da harmonia e da paz! Eis o futuro!
Para isto servem as boas festas: celebrar a união. Sejamos, pois, unidos! Ainda ontem eu me desanimara ante uma incompreensível desunião que se arrasta penosamente intramuros, pondo a perder muitas iniciativas extramuros; mas depois da emoção sentida, confesso que inesperada, vejo o mundo corporativo com outros olhos e de alma lavada.
Valeu, jovens companheiros! Valeu a homenagem! Os treme-terras agradecem! Que venham então os 200 anos da coirmã! Lá estaremos, nós, “vigilantes obreiros”, a lhanamente retribuir a bela homenagem cantando a Canção do Policial Militar. E sonharemos com o tempo futuro em que uma só data marcará a verdadeira história da PMERJ da qual somos partes e cuja soma será maior que a soma dessas partes.
Com certeza, o modo como desta vez a PMRJ foi tratada pela nova oficialidade, cujo início de carreira é posterior a 15 de março de 1975, permite supor que a história da PMERJ plantou seu primeiro alicerce. O próximo a ser plantado será em 13 de maio, data que merece igual ênfase e comemoração.
Em assim sendo, a base de uma nova história da PMERJ a ser construída poderá marcar os 200 anos da antiga PMEG como o segundo passo de uma corporação que precisa vivenciar o presente pelo somatório das duas vertentes históricas e pela união de policiais militares de todas as origens e tempos. Afinal, a tropa de hoje jamais existiria se não fosse a de ontem a existir e a sucumbir, porém se renovando até alcançar o presente.
Eis o atavismo corporativo sadio e rejuvenescedor! Eis a homeostase a vencer a entropia! Eis o caminho da harmonia e da paz! Eis o futuro!
Para isto servem as boas festas: celebrar a união. Sejamos, pois, unidos! Ainda ontem eu me desanimara ante uma incompreensível desunião que se arrasta penosamente intramuros, pondo a perder muitas iniciativas extramuros; mas depois da emoção sentida, confesso que inesperada, vejo o mundo corporativo com outros olhos e de alma lavada.
Valeu, jovens companheiros! Valeu a homenagem! Os treme-terras agradecem! Que venham então os 200 anos da coirmã! Lá estaremos, nós, “vigilantes obreiros”, a lhanamente retribuir a bela homenagem cantando a Canção do Policial Militar. E sonharemos com o tempo futuro em que uma só data marcará a verdadeira história da PMERJ da qual somos partes e cuja soma será maior que a soma dessas partes.
4 comentários:
O Treme-terra era o 12° Batalhão de infan taria de Rio Grande que atuou na Guerra do Paraguay, na Revolução Federalista de 1893 e na Guerra de Canudos. Não sei de onde tiraram a conclusão que ele originou a policia militar do Rj, o que me parece um equivoco.
Carlos Jobim - historiador
Interessante e inusitada a intervenção, mas a antiga PMRJ tem sua história gravada na Guerra do Paraguai como o 12º de Voluntários da Pátria e a alcunha "treme-terra" vem desde a Guerra. Talvez seja uma coincidência a questão do "12º" porque "voluntários" eram designações referentes às Forças Públicas das Províncias que participaram da Guerra. Equem sabe se a designação "treme-terra" não seja decorrente de subordinação do 12º Voluntários da Pátria ao 12º de Infantaria de Rio Grande? Afinal, as tropas de Voluntários da Pátria eram incorporadas e comandadas pela infantaria do Exército. De qualquer modo, fica gravado o comentário com o agradecimento. farei a divulgação entre os companheiros, que, como eu, aprenderam assim a história, que ainda perdura com Bandeira Centenária (trazida da guerra e guardada no Museu da atual PMERJ) e a história de heroísmo dos voluntários que pertenceram à antiga PMRJ, anterior à Fusão. Se o amigo tiver um e-mail, gostaria de aprofundar o tema até esclarecer, sendo certo que não sou historiador, mas apenas PM e escritor que aprendeu a história da antiga PMRJ como está gravada nos anais da corporação. Obrigado pela participação. Abs
Complementando, o 12º de Voluntários da Pátria não originaram a antga PMRJ. Ela foi criada em 14 de abril de 1835, ou seja, muito antes da Guerra do Paraguai.
Caro Senhor Emir Laranjeira, fico muito feliz pelas informações que me ofertou. Não sei realmente o que dizer, mas talvez sua hipotese esteja correta. Dado o distanciamento temporal, fica dificil afirmar alguma coisa, sem correr o risco de errar. O que posso afirmar é o seguinte... o 12 BI de Rio Grande foi chamado de Treme-terra quando lutou na Guerra do Paraguay, de acordo com o tenente Henrique Duque Estrada de Macedo Soares. Euclides da Cunha também chamou o 12° de Treme-terra, mas talvez tenha se baseado da informação dada pelo próprio tenente Duque Estrada. Existe um livro bastante conhecido de Oleone Fontes que trata da biografia do Coronel Moreira Cesar, chamado equivocadamente pelo autor de Treme-terra no próprio título do livro(pois eu vi apenas uma única menção jornalistica que chamava o coronel pela mesma alcunha ... ). Meu mail é cjobim@hotmail.com. Caso tenha mais alguma informação, agradeço desde já. Cordialmente. Carlos Jobim
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