“Onde quer que Deus erga uma casa de
oração / O Diabo sempre constrói uma capela ao lado; / E, depois de examinadas
as coisas, ver-se-á / Que a congregação deste último é maior.” (Defoe)
As eleições findaram como violenta
colisão de trens superlotados. Os estragos estão em todos os cantos, as novas
inimizades surgiram ente amigos e parentes, e não há uma tendência de paz
futura porque a grande mídia, que arrasta a pequena como sanguessuga menor, não
se conforma com o que está por vir. A elas, decerto, faltará dinheiro público,
que até então enchia as suas burras. Crendo na continuidade desse círculo
vicioso, essa imprensa unívoca e trapaceira perdeu as eleições em muitos
lugares, mas, especialmente, no Brasil como um todo. Vão pagar o preço do seu
maniqueísmo e da sua indiferença à verdade dos fatos. Vão ter de se submeter a
uma nova ordem, onde só os isentos praticantes da investigação jornalística
vencerão, e sem verbas públicas a lhes sustentarem.
Aos estragos impostos à sociedade como
um todo, - por conta da corrupção de boa parte dela, que vem há décadas se
locupletando do erário público, - esses estragos acentuaram-se especialmente no
tocante ao crime, este, que permeia a tessitura social como um câncer em
violenta metástase, tendo o tráfico de drogas e de armas como o motor que move
todo o resto: os crimes conexos de sangue e de fraude.
É bom que se marque a linha do tempo,
porque a turma da esquerda e seus “direitos dos manos” responde por essa grave
perturbação da ordem pública nacional, promovida principalmente por facções
criminosas que surgiram a partir da criação do Comando Vermelho, no Presídio da
Ilha Grande, ocasião em que os presos políticos ensinaram aos bandidos e se
organizar nos moldes do pessoal da luta armada que infestava o país em meados
da década de 60, na década de 70 e seguintes, época em que o poder político
desestabilizou o labor policial e fez florescer o crime organizado que hoje
conhecemos e morremos nas mãos deles.
Acontece que a realidade não
retrocederá. Se não houver uma reação à altura do grave problema, se a grande
mídia continuar a fomentar as mesmas teses em favor da criminalidade, desviando
o assunto para problemas sociais igualmente graves por conta da mesma turma da
esquerda, que, ocupando o poder, jorrou dinheiro público nas algibeiras dessa
mídia, além de aparelhá-la ideologicamente, o que também ocorreu nas Escolas do
Ensino Médio e nas Universidade, com alunos hoje mais “ativistas” do que
estudantes, fazendo com que a qualidade do ensino no país só se observe nas
instituições particulares, para sorte nossa, porque, se não, a juventude
brasileira estaria toda mugindo teses gramscistas e danificando a moral da família
com encenações nojentas em tudo que é lugar público, incluindo Universidades
Federais e Estaduais.
O cenário não é nada agradável, e o
monopólio da comunicação social no Brasil, - com a potente Infoglobo e suas
afiliadas em todos os Estados-membros e em muitas cidades grandes, - esse monopólio
e a impregnação ideológica que sua programação promove, destruíram a base
familiar e a coletividade, alcançando esse mal pelo menos a metade dos adultos
e jovens que formam o que denominamos “sociedade brasileira”.
Neste ponto, lembro o jurista espanhol, juiz
criminal aposentado e professor, Manuel López-Rey, para trazer à lide sua
invencível tese, fruto de pesquisa no mundo, retratada num clássico denominado “O
CRIME”, disponível em português no Google. Sintetizando, depois de muito
estudar o assunto, o mestre em epígrafe concluiu que o crime é um “fenômeno
sociopolítico”, ou seja, cabe à sociedade, por meio de seus representantes
políticos, rotular cada crime e suas respectivas penalizações, de modo que o
sistema de justiça criminal possua ferramentas capazes de atalhar preventiva e
repressivamente todos eles, levando às barras dos tribunais os criminosos.
Enfim, é claro que cabe à sociedade endurecer ou enfraquecer o sistema de
segurança pública ou de justiça criminal. Na primeira hipótese, que é urgente
no Brasil, é possível conceber um cenário melhor no futuro. Na segunda hipótese,
que é o modelo aclamado pelas esquerdas brasileiras no poder faz mais de vinte
anos, o país só aprofundará o caos, a calamidade social do banditismo urbano e
rural.
A vantagem do modelo proposto por López-Rey
é que ele, visto como um sistema, pode funcionar no sentido positivo por meio
de inovações e reestruturações de subsistemas de controle da criminalidade, num
exercício de gestão que, como ideal, deveria ser globalizado, mas, em não
havendo recursos, algumas partes podem ser aprimoradas para gerar resultados
imediatos, como, em especial, o endurecimento de leis específicas e sua
aplicação imediata e efetiva, acabando-se com a morosidade dos sistemas
judiciais de punição e de cumprimento da pena. É o que parece que ocorrerá, não
sem reação das esquerdas, que, se levadas ao pé da letra em vista do certame
eleitoral, seriam 45 milhões de brasileiros. Mas é possível que muitos aplaudam
as novas medidas policiais e judiciais, todas referendadas pelo Congresso
Nacional e sancionadas pelo Poder Executivo, de tal modo que não haja “entendimentos
supremos” puxando a corda para a turma da esquerda, em vez de se postarem em
neutralidade e respeito aos dois supracitados Poderes da República: Executivo e
Legislativo.
A dura realidade é a de que o presidente
eleito não lidará com facilidades políticas e jurídicas para mudar as regras,
endurecendo-as. Para vencer as dificuldades que virão ele só contará com o povo
que o elegeu indo fortemente para as ruas, a ponto de inibir os orquestrados
movimentos sociais das esquerdas, até então sustentados com o tributo do
cidadão brasileiro de bem. O Brasil há de ser tomado pelas cores verde, amarela,
azul e branca quando o outro lado fizer pressão avermelhada, e decerto o fará.
Mas como os brasileiros que amam a Bandeira Nacional mostraram disposição nas
ruas e nas urnas, o que farão é reagir contra as mobilizações das esquerdas,
sempre sabendo que ainda há muito dinheiro roubado do povo e ocultado em países
comunistas e socialistas para retorno ao Brasil e aos extremistas de esquerda.
Sim, o aparelhamento é internacional, e a prisão do vice-presidente da Guiné
Equatorial, durante as eleições, - apinhado de joias raras e dinheiro vivo avaliados
em U$ 16,5 milhões, - comprova que a luta não será fácil e a vida dos
brasileiros, talvez por um longo tempo, não será nada normal, ou seja, estará
distante do que o saudoso Administrativista Diogo de Figueiredo Moreira Neto
conceituou num contexto de estudo da Ordem Pública, objeto da Segurança
Pública:
“Ordem Pública, objeto da segurança pública,
é uma situação de paz e harmonia na Convivência Social, fundada nos princípios
éticos vigentes na sociedade.”
E mais esclarece, na sequência do seu
conceito, não sem antes admitir que se trata de situação “movediça”, que os “princípios
éticos” englobam, como subsistemas de um só sistema, “as leis, a moral e os costumes”.
Como se vê, a normalidade da vida
nacional depende de cada um de nós que escolheu o presidente Jair Bolsonaro
como último tiro a ser dado na baderna extremista de esquerda que assola como
praga o país. Ocorre que, se cada um de nós, brasileiros verde-amarelo-azul-e-branco,
nos tornarmos munição, o presidente Jair Bolsonaro terá muitos anos pela frente
sem lhe faltar cartuchos para combater os muitos males que eles irresponsavelmente
nos legaram.
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