segunda-feira, 5 de novembro de 2018

VIDA NORMAL?


“Onde quer que Deus erga uma casa de oração / O Diabo sempre constrói uma capela ao lado; / E, depois de examinadas as coisas, ver-se-á / Que a congregação deste último é maior.” (Defoe)

As eleições findaram como violenta colisão de trens superlotados. Os estragos estão em todos os cantos, as novas inimizades surgiram ente amigos e parentes, e não há uma tendência de paz futura porque a grande mídia, que arrasta a pequena como sanguessuga menor, não se conforma com o que está por vir. A elas, decerto, faltará dinheiro público, que até então enchia as suas burras. Crendo na continuidade desse círculo vicioso, essa imprensa unívoca e trapaceira perdeu as eleições em muitos lugares, mas, especialmente, no Brasil como um todo. Vão pagar o preço do seu maniqueísmo e da sua indiferença à verdade dos fatos. Vão ter de se submeter a uma nova ordem, onde só os isentos praticantes da investigação jornalística vencerão, e sem verbas públicas a lhes sustentarem.

Aos estragos impostos à sociedade como um todo, - por conta da corrupção de boa parte dela, que vem há décadas se locupletando do erário público, - esses estragos acentuaram-se especialmente no tocante ao crime, este, que permeia a tessitura social como um câncer em violenta metástase, tendo o tráfico de drogas e de armas como o motor que move todo o resto: os crimes conexos de sangue e de fraude.

É bom que se marque a linha do tempo, porque a turma da esquerda e seus “direitos dos manos” responde por essa grave perturbação da ordem pública nacional, promovida principalmente por facções criminosas que surgiram a partir da criação do Comando Vermelho, no Presídio da Ilha Grande, ocasião em que os presos políticos ensinaram aos bandidos e se organizar nos moldes do pessoal da luta armada que infestava o país em meados da década de 60, na década de 70 e seguintes, época em que o poder político desestabilizou o labor policial e fez florescer o crime organizado que hoje conhecemos e morremos nas mãos deles.

Acontece que a realidade não retrocederá. Se não houver uma reação à altura do grave problema, se a grande mídia continuar a fomentar as mesmas teses em favor da criminalidade, desviando o assunto para problemas sociais igualmente graves por conta da mesma turma da esquerda, que, ocupando o poder, jorrou dinheiro público nas algibeiras dessa mídia, além de aparelhá-la ideologicamente, o que também ocorreu nas Escolas do Ensino Médio e nas Universidade, com alunos hoje mais “ativistas” do que estudantes, fazendo com que a qualidade do ensino no país só se observe nas instituições particulares, para sorte nossa, porque, se não, a juventude brasileira estaria toda mugindo teses gramscistas e danificando a moral da família com encenações nojentas em tudo que é lugar público, incluindo Universidades Federais e Estaduais.

O cenário não é nada agradável, e o monopólio da comunicação social no Brasil, - com a potente Infoglobo e suas afiliadas em todos os Estados-membros e em muitas cidades grandes, - esse monopólio e a impregnação ideológica que sua programação promove, destruíram a base familiar e a coletividade, alcançando esse mal pelo menos a metade dos adultos e jovens que formam o que denominamos “sociedade brasileira”.

Neste ponto, lembro o jurista espanhol, juiz criminal aposentado e professor, Manuel López-Rey, para trazer à lide sua invencível tese, fruto de pesquisa no mundo, retratada num clássico denominado “O CRIME”, disponível em português no Google. Sintetizando, depois de muito estudar o assunto, o mestre em epígrafe concluiu que o crime é um “fenômeno sociopolítico”, ou seja, cabe à sociedade, por meio de seus representantes políticos, rotular cada crime e suas respectivas penalizações, de modo que o sistema de justiça criminal possua ferramentas capazes de atalhar preventiva e repressivamente todos eles, levando às barras dos tribunais os criminosos. Enfim, é claro que cabe à sociedade endurecer ou enfraquecer o sistema de segurança pública ou de justiça criminal. Na primeira hipótese, que é urgente no Brasil, é possível conceber um cenário melhor no futuro. Na segunda hipótese, que é o modelo aclamado pelas esquerdas brasileiras no poder faz mais de vinte anos, o país só aprofundará o caos, a calamidade social do banditismo urbano e rural.

A vantagem do modelo proposto por López-Rey é que ele, visto como um sistema, pode funcionar no sentido positivo por meio de inovações e reestruturações de subsistemas de controle da criminalidade, num exercício de gestão que, como ideal, deveria ser globalizado, mas, em não havendo recursos, algumas partes podem ser aprimoradas para gerar resultados imediatos, como, em especial, o endurecimento de leis específicas e sua aplicação imediata e efetiva, acabando-se com a morosidade dos sistemas judiciais de punição e de cumprimento da pena. É o que parece que ocorrerá, não sem reação das esquerdas, que, se levadas ao pé da letra em vista do certame eleitoral, seriam 45 milhões de brasileiros. Mas é possível que muitos aplaudam as novas medidas policiais e judiciais, todas referendadas pelo Congresso Nacional e sancionadas pelo Poder Executivo, de tal modo que não haja “entendimentos supremos” puxando a corda para a turma da esquerda, em vez de se postarem em neutralidade e respeito aos dois supracitados Poderes da República: Executivo e Legislativo.

A dura realidade é a de que o presidente eleito não lidará com facilidades políticas e jurídicas para mudar as regras, endurecendo-as. Para vencer as dificuldades que virão ele só contará com o povo que o elegeu indo fortemente para as ruas, a ponto de inibir os orquestrados movimentos sociais das esquerdas, até então sustentados com o tributo do cidadão brasileiro de bem. O Brasil há de ser tomado pelas cores verde, amarela, azul e branca quando o outro lado fizer pressão avermelhada, e decerto o fará. Mas como os brasileiros que amam a Bandeira Nacional mostraram disposição nas ruas e nas urnas, o que farão é reagir contra as mobilizações das esquerdas, sempre sabendo que ainda há muito dinheiro roubado do povo e ocultado em países comunistas e socialistas para retorno ao Brasil e aos extremistas de esquerda. Sim, o aparelhamento é internacional, e a prisão do vice-presidente da Guiné Equatorial, durante as eleições, - apinhado de joias raras e dinheiro vivo avaliados em U$ 16,5 milhões, - comprova que a luta não será fácil e a vida dos brasileiros, talvez por um longo tempo, não será nada normal, ou seja, estará distante do que o saudoso Administrativista Diogo de Figueiredo Moreira Neto conceituou num contexto de estudo da Ordem Pública, objeto da Segurança Pública:

“Ordem Pública, objeto da segurança pública, é uma situação de paz e harmonia na Convivência Social, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade.”

E mais esclarece, na sequência do seu conceito, não sem antes admitir que se trata de situação “movediça”, que os “princípios éticos” englobam, como subsistemas de um só sistema, “as leis, a moral e os costumes”.

Como se vê, a normalidade da vida nacional depende de cada um de nós que escolheu o presidente Jair Bolsonaro como último tiro a ser dado na baderna extremista de esquerda que assola como praga o país. Ocorre que, se cada um de nós, brasileiros verde-amarelo-azul-e-branco, nos tornarmos munição, o presidente Jair Bolsonaro terá muitos anos pela frente sem lhe faltar cartuchos para combater os muitos males que eles irresponsavelmente nos legaram.



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