Grupos de Onze: o braço armado de
Brizola
Por: Mariza Tavares
Edição de arte: Fernanda Osternack
Por: Mariza Tavares
Edição de arte: Fernanda Osternack
"Este
é o documento a que me referi. O Exército não sabe que este dossiê ainda
existe, porque foi dada uma ordem para que fosse destruído." Este era o
texto do curto bilhete que acompanhava o pacote que recebi pelo correio,
enviado por uma ouvinte fiel da CBN. Dentro, um calhamaço de 64 páginas já
amareladas, no qual chamava atenção o carimbo no alto, em letras garrafais:
SECRETO. A ditadura militar brasileira incinerou regularmente documentos
sigilosos. Este dossiê estava em poder de um militar que preferiu desobedecer à
ordem e decidiu guardar os papéis em casa.
Datado de
30 de setembro de 1964 e assinado pelo general-de-brigada Itiberê Gouvêa do Amaral,
o documento ostenta a classificação A-1, que até hoje é utilizada pela área
militar e que significa que é de total confiança. A classificação varia de A a
F para a confiabilidade da fonte; e de 1 a 6 para a confiabilidade do conteúdo.
No tom
formal e meticuloso típico dos relatórios dos serviços de inteligência, o texto
de abertura, a circular de número 79-E2/64, anunciava que havia sido
identificada a criação de diversas células dos chamados "Grupo de onze
companheiros" no interior do Paraná e de Santa Catarina.
Os
militares já haviam deposto o presidente João Goulart e tomado o poder naquele
ano; e a circular festejava a ação ao afirmar, categoricamente, que, "com
o advento da revolução de 31 de março, foi cortado o processo ainda na fase
inicial". No entanto, o documento assinalava: "Há indícios de que, no
futuro, possa ser novamente equacionada a reestruturação dos grupos."
Leonel Brizola já se encontrava no exílio no Uruguai desde maio daquele ano,
mas a circular assinalava que havia informes de contatos entre "antigos
elementos" que integravam esses grupos. Daí a necessidade de mobilização
de oficiais para mapear qualquer atividade suspeita.
Jorge Ferreira: "Houve quem se inscrevesse
apenas porque gostava de Brizola. Teve gente que pôs até o nome de filhos
pequenos nas fichas de inscrição."
Os
chamados Grupos de Onze Companheiros – simplificadamente, Grupos de Onze ou
Gr-11 – e também conhecidos como Comandos Nacionalistas foram concebidos por
Brizola no fim de 1963. Tomando por base a formação de um time de futebol,
imagem de fácil assimilação e apelo popular, Brizola pregava a organização de
pequenas células – cada uma composta de onze cidadãos, em todo o território
nacional – que poderiam ser mobilizadas sob seu comando.
Jorge Ferreira, professor-titular de História
da UFF (Universidade Federal Fluminense), doutor em História Social pela USP
(Universidade de São Paulo) e autor do livro "O imaginário
trabalhista", explica que um dos poucos documentos disponíveis sobre o
Grupo de Onze é o modelo de ata de adesão. "Há poucos estudos sobre este
movimento e praticamente não há documentação a respeito. As atas, com os dados
dos participantes, eram enviadas para a Rádio Mayrink Veiga e depois ficaram em
poder da repressão. Como os Grupos de Onze foram criados no fim de 1963, o
clima de radicalização já se generalizara. A imprensa também supervalorizava
sua capacidade de ação, mas a verdade é que houve quem se inscrevesse apenas
porque gostava de Brizola e nunca teve participação efetiva. No Sul, muitos
achavam que iam ganhar terra, sementes. Teve gente que pôs até o nome de filhos
pequenos nas fichas de inscrição."
O dossiê
a que a CBN teve acesso disseca o manual de ação desses militantes e foi criado
quando Brizola, eleito deputado federal pelo PTB (Partido Trabalhista
Brasileiro) com 300 mil votos – até então, o mais votado da antiga Guanabara –
ocupou quase que diariamente o microfone da Rádio Mayrink Veiga entre 1962 e
1963. A tradicional emissora do antigo Distrito Federal, existente desde 1926,
funcionava como palanque para Brizola, que ali destilava inflamados discursos
pela aprovação das reformas de base – pilar do governo João Goulart e que
compreendiam da reforma fiscal à agrária, com a desapropriação de terras de
grandes proprietários rurais. E garantia que elas seriam aprovadas, "na
lei ou na marra". A Mayrink Veiga estava tão identificada com o projeto
político brizolista que uma cópia do documento assinado pelos integrantes de
cada recém-criado Gr-11 deveria ser enviada para a emissora. A militância da
Mayrink Veiga provocou uma reação dos empresários de comunicação Roberto
Marinho (Rádio Globo), Manoel Francisco Nascimento Brito (Rádio Jornal do
Brasil) e João Calmon (Rádio Tupi): a criação da Rede da Democracia, uma cadeia
radiofônica para combater a política do presidente Jango. Também selou sua
sorte: a emissora foi fechada pelo presidente militar Castelo Branco um ano
depois da queda de João Goulart.
O
documento é composto de anexos que detalham o modus operandi dos Grupos
de Onze. O primeiro deles tem cinco páginas dedicadas aos "companheiros
nacionalistas", numa espécie de cartilha para a promoção e organização de
um comando nacionalista. Na abertura, uma afirmação categórica de
vitória: "A ideia de organização do povo em Comandos Nacionalistas
(CN) ou em Grupos de Onze (Gr-11) está amplamente vitoriosa. Milhões e milhões
de patriotas integram os Comandos Nacionalistas formados em todo o território
pátrio: a palavra de ordem, organizados venceremos, penetrou na consciência de
todos os nacionalistas brasileiros."
Para
organizar um Gr-11, a primeira providência era a leitura e o estudo das
instruções, "quantas vezes forem necessárias até uma segura compreensão
dos fins e objetivos da organização." A etapa seguinte era "procurar
os companheiros com os quais têm convivência e ligações de confiança".
Vizinhos ou colegas de trabalho eram os mais indicados, e sempre em grupos
reduzidos, de três ou quatro pessoas. Diante de receptividade para a ideia de
organizar um Gr-11, "tal decisão significará um verdadeiro pacto de
solidariedade e confiança entre os companheiros."
O
objetivo era reunir 11 pessoas, mas as instruções reconhecem que arregimentar
este contingente poderia ser um pouco difícil e estabelece que, com sete integrantes,
a célula de militantes poderia começar a atuar. Ao alcançar este quorum
mínimo, o grupo é fundado oficialmente e, depois da leitura do manual e do
"exame da situação política e da crise econômica e social que estamos
atravessando", é escolhido o dirigente do Gr-11; seu assistente – e
eventual substituto – e o secretário-tesoureiro. "Tomadas estas
decisões", prosseguem as instruções, "proceder à leitura solene, com
todos os onze companheiros de pé, do texto da ata e da carta-testamento do
presidente Getúlio Vargas." Os integrantes devem assinar seus nomes logo
abaixo da assinatura de Vargas e do seguinte texto: "O presidente Vargas
sacrificou sua vida por nós. Nosso sacrifício não conhecerá limites para que o
nosso povo, de que ele foi escravo, conquiste definitivamente sua libertação
econômica e social." Entenda-se que a "libertação" passava por
reforma agrária e fim da espoliação internacional.
Líder,
dirigente ou comandante: representa, orienta e coordena as atividades do grupo, de acordo com
as instruções partidárias e os objetivos da organização. Está previsto que seu
mandato será a duração de um ano;
Assistente: prestar colaboração direta ao
dirigente ou comandante do grupo, substituindo-o em seus impedimentos;
Secretário-tesoureiro: responsável pela gestão dos
recursos financeiros e guarda de papéis e documentos (líder, assistente e
secretário-tesoureiro formam a comissão executiva do Gr-11);
Comunicações: dois integrantes ficam
encarregados das comunicações, que englobam a troca de informações entre os
elementos do Gr-11, inclusive no caso de ser preciso avisar aos companheiros
sobre a necessidade de esconderijo ou fuga;
Rádio-escuta: acompanhamento pelo rádio dos
acontecimentos nacionais e locais;
Transporte: coordenação das possibilidades
de transportes para os membros do grupo no caso de atos e concentrações
públicas;
Propaganda: responsável por faixas,
boletins, pichamentos, notícias para a imprensa;
Mobilização
popular:
contatos e ligações com o ambiente local, visando a formar um círculo de
relações e colaboração em torno do grupo, principalmente para garantir o
comparecimento em comícios ou outros atos públicos;
Informações: atribuição de fazer contatos e
o levantamento de informações sobre a situação política e social, além de
outros problemas que interessem o grupo. Também fica responsável pela
organização partidária local;
Assistência
médico-social: o
companheiro deve ser, se possível, médico, enfermeiro ou assistente social,
"ou no mínimo com alguma noção ou treinamento para prestar assistência ou
orientação a todas as pessoas necessitadas no ambiente onde atuar o Comando
Nacionalista (por exemplo, aplicar injeção, conseguir medicamentos, curativos de
emergência)".
A
proposta era criar sucessivos grupos de 11 integrantes até atingir 11 células
com estas características, quando, como relata o documento, "seus onze
líderes formarão um Gr-11-2, isto é, um grupo de onze de 2º. nível, reunindo um
total de 121 companheiros."
Esta
seria a matriz de multiplicação dos comandos nacionalistas: os 11 líderes
escolheriam, entre si, um comandante de segundo nível, cuja responsabilidade
seria a coordenação dos onze grupos; e os outros dez companheiros deste Gr-11-2
dariam apoio ao novo chefe. Mas nada de parar por aí, porque cada nova célula
deveria perseguir sua clonagem ao infinito: "se num município, numa
cidade, área ou bairro, se organizarem onze grupos de onze, portanto um Gr-11-2
e depois onze grupos de 2º. nível, teremos um total de 1.331 companheiros na
organização, os quais serão orientados e dirigidos por um Gr-11-3, ou seja, um
grupo de onze de 3º. nível, integrado pelos onze líderes dos grupos de 2º.
nível."
As
"recomendações gerais" sugerem que os Gr-11 deveriam ser integrados
inicialmente por companheiros de "maior capacidade de direção e
liderança". Os demais grupos seriam compostos por militantes de capacidade
"aproximada ou igual". O documento frisa que o movimento recebe, de
braços abertos, gente de todas as procedências: "No mesmo Gr-11 poderão
estar um trabalhador da mais modesta atividade, ao lado de um médico; um
trabalhador ou técnico especializado, um estudante, um agricultor, um
intelectual, um motorista, ao lado de um camponês, um militar."
Embora
não fizesse restrições a analfabetos, a arquitetura dos Gr-11 praticamente
ignorava uma militância integral das mulheres: "As companheiras
integrantes do Movimento Feminino ou simpatizantes devem formar seus próprios
Gr-11. Oportunamente serão enviadas instruções especiais sobre a estrutura
desses grupos de companheiras."
O chamado
Anexo C é composto de documentos de Leonel Brizola com o sugestivo título de
"Subsídios para a Organização dos Comandos de Libertação
Nacional". Tem oito seções, todas subdivididas num minucioso roteiro
para a militância. E começa pelo nome a ser dado ao grupo. No capítulo
"Denominação", há cinco sugestões, por ordem preferencial: Comandos
de Libertação Nacional (Colina); Comando Revolucionário de Libertação Nacional
(Corlin); Comando Revolucionário dos Onze (Cron); Comando de Libertação
Brasileira (Colb); e Comando dos Onze Revolucionários (Core).
O
capítulo seguinte é o da "Justificativa": "A palavra revolucionária,
como é sabido, exerce poderosa atração nas pessoas entre 17 e 25 anos – fator
que servirá à etapa de arregimentação". O documento aposta na força de
atração do termo: "A sigla onde aparece a ideia de revolução pode, com
maiores possibilidades, ser difundida com certo mistério e mística de
clandestinidade, complementada por instruções secretas, senhas, códigos,
símbolos etc...", diz o texto que exibe rudimentos de técnica de marketing
e motivação.
Vitor Borges: "Os militares queriam
saber como pretendíamos envenenar o reservatório de água e perguntavam onde
estavam os sacos de veneno."
O gaúcho
Vitor Borges de Melo, natural de Alegrete, cidade que fica a cerca de 500
quilômetros de Porto Alegre, é um bom exemplo de arregimentação de jovens que
queriam um pouco de ação. "Eu e meus companheiros éramos simpatizantes de
Brizola desde a Cadeia da Legalidade, em 1961. Eu já tinha me apresentado como
voluntário nesta época. Depois passei a acompanhar os discursos na Rádio
Mayrink Veiga e decidi entrar para o Grupo de Onze. Todos usavam nomes de
guerra e o meu era Tavares." Aos 63 anos, embora seja citado como
ex-integrante do Gr-11, Vitor na verdade só se lembra de ter participado de uma
reunião. Mesmo assim ficou preso, incomunicável, por 31 dias. "Os
militares queriam saber como pretendíamos envenenar o reservatório de água de
Alegrete e perguntavam onde estavam os sacos de veneno. Não sei de onde tiraram
isso, como é que faríamos uma coisa dessas?", lembra Vitor, hoje
aposentado, filiado ao PTB e beneficiado, pela Lei da Anistia, com uma
indenização de R$ 12 mil. Provavelmente, por só ter ido a uma reunião, Vitor
não foi "iniciado" em todas as propostas de ação do movimento.
No
dossiê, a delimitação de áreas de ação é meticulosa e pretende cobrir todo o
território nacional. Do contingente inicial de 11 membros, a proposta é
multiplicá-los de forma que um distrito tenha 11 unidades de 11 membros,
contabilizando 121 almas. A província terá 22 distritos, ou 2.662 membros; e a
região será composta por 11 ou mais províncias, com 29.282 membros. O documento
divide o país em sete regiões, mas exclui a Região Norte, provavelmente por
problemas de logística:
1ª. Região: Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo;
2ª. Região: Bahia e Sergipe;
3ª. Região: Minas Gerais;
4ª. Região: São Paulo e Paraná;
5ª. Região: Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
6ª. Região: Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte;
7ª. Região: Ceará, Piauí, Maranhão e Fernando de Noronha.
1ª. Região: Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo;
2ª. Região: Bahia e Sergipe;
3ª. Região: Minas Gerais;
4ª. Região: São Paulo e Paraná;
5ª. Região: Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
6ª. Região: Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte;
7ª. Região: Ceará, Piauí, Maranhão e Fernando de Noronha.
Especialmente
suculento é o capítulo sobre instruções gerais aos companheiros que quisessem
organizar um Gr-11. Uma das principais preocupações diz respeito à seleção de
indivíduos: "Procure conhecer bem as ideias políticas de cada uma das
pessoas que você pretende convidar", ensina a cartilha, batendo na tecla
da prudência: "Convide a pessoa para uma conversa reservada. Peça sigilo
sobre o assunto. Procure certificar-se de que ela manteve sigilo. Mande alguém,
seu conhecido, testá-la nesse pormenor."
O código
de segurança detalha os cuidados a serem adotados e a ordem é clara: desconfiar
o tempo todo. Por isso o telefone fica banido na transmissão de mensagens. O
militante também deve anotar tudo o que ouvir sobre a organização,
especialmente quando partir de um "reacionário": "até as piadas
têm sua importância. Não as despreze."
Os comandantes são instruídos a buscar subordinados
para os Grupos de Onze que sejam "os autênticos e verdadeiros
revolucionários, os destemerosos da própria morte."
Os
comandantes regionais, devido à sua importância na estrutura do movimento,
recebem instruções secretas que só devem ser compartilhadas com os companheiros
do Grupo de Onze "com as devidas cautelas e ressalvas". O filé mignon
da pregação revolucionária brizolista se encontra no Anexo D, cuja abertura tem
o pomposo título "Preâmbulo Ultra-secreto" e determina que "só
os fortes e intemeratos podem intentar a salvação do Brasil das garras do
capitalismo internacional e de seus aliados internos. Quem for fraco ainda terá
tempo de recuar ante a responsabilidade que terá que assumir com o conhecimento
pleno destas instruções."
Findo o
preâmbulo, as instruções secretas têm dez seções. A primeira, sobre os
objetivos, volta a pregar a importância do Gr-11 como a "vanguarda
avançada" do movimento e compara esta célula à Guarda Vermelha da
Revolução Socialista de 1917. Por ser revolucionária, ela não precisa prestar
contas dos seus atos: "Não nos poderemos deter à procura de justificativas
acadêmicas para atos que possam vir a ser considerados, pela reação e pelos
companheiros sentimentalistas, agressivos demais ou até mesmo
injustificados." Sem sombra de dúvida, os fins justificam os meios.
O
descolamento entre propostas e realidade é flagrante, mas não diminui o grau de
virulência da ação que, pelo menos em tese, seria desencadeada pelos Grupos de
Onze. Juarez Santos Alves, de 61 anos, é contemporâneo e até hoje amigo de
Vitor Borges de Melo. O pai, dono de farmácia, e o tio, militar, eram
militantes do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e foram sua inspiração. No
entanto, no que diz respeito à sua passagem pelo Grupo de Onze, a monotonia
imperava. "Considero mais um grupo poético, porque nunca demos um passo
além das reuniões. Falava-se em tomar o quartel, mas como é que iríamos
resistir se no máximo tínhamos armas pessoais ou de caça?", rememora
Juarez, que depois ingressou na Vanguarda Popular Revolucionária. Preso e
torturado, foi beneficiado com uma indenização de R$ 100 mil.
A cartilha de ação inclui escudos humanos, saques e
incêndios de edifícios públicos e empresas particulares, além da difusão de
notícias falsas.
Sobre a
tática geral da guerrilha nacional, tema do item quatro, a ênfase recai na
guerra de informação. Depois de a autodenominada ação revolucionária ter
provocado o caos, o passo seguinte seria cortar a comunicação entre as cidades
e divulgar apenas o que interessasse ao movimento. "Difundindo-se notícias
falsas, tendenciosas e inteiramente favoráveis aos nossos Gr-11 e aos nossos
planos, com interceptação de comunicações telefônicas isolamento das cidades e
de seus meios de comunicação."
"No caso de derrota do nosso movimento, os
reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados."
O trecho
mais chocante das instruções secretas aos comandantes diz respeito à guarda e
ao julgamento dos prisioneiros. Para esta tarefa, a orientação é clara:
"Deverão ser escolhidos companheiros de condições humildes mas,
entretanto, de férreas e arraigadas condições de ódio aos poderosos e aos
ricos". Além da prisão, está previsto o julgamento sumário de oponentes ao
movimento, onde se incluem autoridades públicas, políticos e personalidades.
"No caso de derrota do nosso movimento, o que é improvável, mas não
impossível (...) e esta é uma informação para uso somente de alguns
companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e
imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não
lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição."
Fragmentos do documento:
Boa tarde. Agora entendi a questao da Globi e Roberto Marinho!!!
ResponderExcluirHistória pura!!