sexta-feira, 22 de março de 2013

Comentário de Celso Luiz Drummond sobre a violência no RJ

Devido á importância do comentário, decidi também postá-lo no blog para facilitar o raciocínio dos leitores, não sem agradecer ao amigo  Celso Luiz Drummond, que me enviou por e-mail.
 



Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO – RETROSPECTO (CAPÍTUL...":




O crime organizado tal qual como temos no Brasil é um pronlogamento da guerrilha de esquerda dos anos 60.


Em 1988 a Veja fez uma reportagem com o triunvirato da Rocinha Naldo, Buzunga, Cassiano e Brasileirinho. O tal do Naldo disse que a revolução social iria começar pelos morros. Por aí você ja percebe que alguém tinha influenciado aquele vagabundo. Felizmente uma semana depois o Moreira Franco ocupou a Rocinha, passou fogo no Buzunga...e instalou uma base do NUCOE na area de atuação dos vagabundos, o fliperama II. Alguns meses depois os demais foram mortos em um sítio na Baixada.


Sobre o fato do Brizola não deixar a PMERJ/PCERJ subir o morro, o delegado Heraldo Gomes, então sec de polícia cívil do Gov Moreira Franco, fala sobre isso num Sem Censura de 1990, exibido no youtube.


http://www.youtube.com/watch?v=bVlNY7u_rsI


veja a partir de 10min 20seg.


Outros fatos citados por você também estao presentes no youtube do documento especial intitulado noites cariocas, que fala dos policiais mortos durante a repressao a um pega de carros no Jd. America em 93, tb tem um policial que foi assasinado em um ônibus no jacaré que alem de baleado foi jogado para fora dos ônibus pelos criminosos.


http://www.youtube.com/watch?v=5e18mzhinEI (Ai tem a segunda parte) a primeira nao achei o link


Agora o ano negro do RJ o Carlos Amorim não relata, ja que o livro dele foi publicado em 93. É 1994, quando o caudilho maldito largou o estado nas maos do Nilo Batista e o CV tomou conta da cidade. Foi a epoca dos arrastões em túneis, dos assaltos a carro-forte nem hospital escapava teve assalto ate no Hospital S.Lucas nessa epoca é tb epoca das primeiras açoes dos bandidos contra o poder publico. Quando metralharam a DP de Bonsucesso.. Nos anos 2000 este tipo de fato se tornaria corriqueiro com ataques ao Centro Administrativo S.Sebastiao e até ao Palácio Guanabara.


Só quando havia acabado o pleito eleitoral é que o exército interviu, antes de morrer o Itamar Franco revelou no É noticia que a Operação Rio era para ter ocorrido bem antes, Brizola nao deixou, e Nilo Batista só selou o acordo quando a eleição ja estava vencida por Marcello Alencar.


Quanto aos helicopteros em 1992, um detetive de nome Paulo Henrique de Macedo da DRE morreu no Borel apos tomar um tiro na boca, na epoca os policiais disseram que o policial morreu devido a demora do helicoptero no socorro.


http://www.youtube.com/watch?v=ePgHoz7XpoI


Quanto ao envolvimento dos partidos de esquerda, nao custa lembrar que em 1987, apos o governo Moreira Franco anunciar o aumento das passagens houve um quebra quebra na avenida Rio Branco onde varios onibus foram incendidos. Quem encabeçou aquele quebra-quebra, tal qual como o apedrejamento ao onibus do entao Presidente Jose Sarney aqui no RJ foram militantes do PT e PDT.


Na frente das câmeras Brizola e Lula se faziam de adversários.. nos bastidores andavam juntos e misturados, até que resolveram asssumir publicamente em 98 quando selaram uma aliança entre PT-PDT que felizmente foi derrotada com a reeleiçao do Pres. Fernando Henrique Cardoso.

Basta pegar o acervo do JB do dia 16/03/1983 em diante.. pra acompanhar a escalada da violência no desgoverno Brizola.



7 comentários:

Anônimo disse...

Fala Emir, blz?

Fui eu quem fiz o comentario. Não consegui colocar o nome/url na hora da postagem.

gde abraço
Celso Luiz Drummond

Emir Larangeira disse...

Caro Celso, conheci o Macedo. Era PM em Niterói antes de se integrar à PCERJ. Era um jovem impetuoso e valente. Fui ao sepultamente dele em São Gonçalo. Aproveito mais uma vez para agradecer a contribuição no sentido de avivar a memória da sociedade, que ainda hoje, em vez de aprofundar a democracia no Brasil, prefere viver a ilusão de "combater" uma ditadura que desde muito tempo não existe. É impressionante como a própria imprensa não exige a democracia e fica enaltecendo essa "guerra" dos atuais detentores do poder político contra uma situação de exceção que há muito tempo não existe. Só se fala em indenizações ao que tentaram impor o socialismo sangrento (castrista ou stalinista) no país e agora tentam impô-lo pelo voto "coletivizado" em migalhas de pão dadas ao povo miserável e ignaro, este que ainda é obrigado a votar tal como durante a ditadura. Enfim, o mesmo bolo. Só mudaram as moscas. Enquanto isso o crime avança como profetizou Manuel López-Rey em sua magnífica obra sobre o assunto, ou seja, na proporção em que cresce a população e mais crimes são tipificados pelo "estado protetor", que, a pretexto de "proteger" nos escraviza a mais e mais, inclusive economicamente, tudo, claro, em nome da "igualdade socialista", esta, que usa o vermelho nas vestes como recado...

Anônimo disse...

Não generalize os anos 2000. Tais ataques a predios públicos ocorreram em 2002, no governo Benedita.

Anônimo disse...

Os ataques a prédios públicos começaram em 2002. Sim. Primeiro no dia 14/05 a Sec de Direitos Humanos foi metralhada e teve bombas atiradas contra a mesma, no mes seguinte no dia 24/06 a Prefeitura foi metralhada, em 30/09 o comércio ficou fechado em todo Grande Rio em 11/09 a rebeliao de Bangu I no qual o comércio em bairros dominados pela facção do Uê morto por Beira Mar durante a rebeliao ficaram fechados.
Em 16/10 uma granada foi atirada na porta do Rio Sul, o Palácio Guanabara foi metralhado e uma guarnição foi atingida na saída do túnel Santa Bárbara.
Em 24/02/2003 temos o episódio que ficou conhecido como Segunda-Feira sem lei com ônibus incendiados, comércio fechado e granadas atiradas contra predios residenciais na Av.Vieira Souto. Em 28/02/2003 um dia apos o traficante Fernandinho Beira Mar ter sido transferido para um presídio em SP, um ônibus da viação 1001 foi interceptado na Av Brasil e metralhado. No dia 31/03 novos ataques estação de metro de del castilho metralhada, dois onibus e um carro incendiados na Av.Brasil e bombas atiradas contra o Le Meridien no Leme. Na mesma noite a estação de metro do Corcovado foi metralhada. Em 09 de Abril novos ataques dois pms assassinados quando patrulhavam uma rua em Campinho, um ônibus incendiado na Tijuca, outro na Av.Brasil e novamente o Rio Sul é alvo. No dia seguinte o alvo foi o bairro do Leblon e na semana seguinte o Hotel Gloria. Ja em Junho um ônibus da PMERJ foi alvejado por traficantes e caiu num valão proximo a favela da Maré.
Os ataques se repetiriam em 28/12/2006 novamente com carros e ônibus incendiados, sendo o episódio mais grave um ônibus da Itapemirim incendiado na Av.Brasil, no qual 8 pessoas morreram queimadas, episódio semelhante ao acontecido em 2005 quando um onibus da linha 365 foi incendiado por bandidos em represalia a morte de um traficante. Alem desse episodio a DRE foi alvejada por tiros, assim como a 28ª DP no qual um homem que havia ido prestar queixa contra uma briga de vizinhos foi assassinado quando deixava a DP, um PPC no Alto da Boa Vista tb foi alvo de tiros, dois PMs foram mortos na Barra e um na Lagoa.

Tai a ordem dos fatos...
Grande abraço
Celso Luiz Drummond

Celso Luiz Drummond disse...

Os ataques a prédios públicos começaram em 2002. Sim. Primeiro: no dia 14/05, a Secretaria de Direitos Humanos foi metralhada e teve bombas atiradas contra a mesma, no mês seguinte, no dia 24/06, a Prefeitura foi metralhada; em 30/09 o comércio ficou fechado em todo Grande Rio; em 11/09, a rebelião de Bangu I, na qual o comércio em bairros dominados pela facção do Uê, morto por Beira-Mar durante a rebelião, ficaram fechados.
Em 16/10, uma granada foi atirada na porta do Rio-Sul; o Palácio Guanabara foi metralhado e uma guarnição foi atingida na saída do Túnel Santa Bárbara.
Em 24/02/2003, o episódio que ficou conhecido como “segunda-feira sem lei”, com ônibus incendiados, comércio fechado e granadas atiradas contra prédios residenciais na Av.Vieira Souto. Em 28/02/2003, um dia após o traficante Fernandinho Beira-Mar ter sido transferido para um presídio em SP, um ônibus da viação 1001 foi interceptado na Av. Brasil e metralhado. No dia 31/03, novos ataques à Estação do Metrô de Del Castilho, que foi metralhada; dois ônibus e um carro incendiados na Av. Brasil e bombas atiradas contra o Le Meridien, no Leme. Na mesma noite, a Estação do Metrô do Corcovado foi metralhada. Em 09 de Abril, novos ataques: dois PMs assassinados quando patrulhavam uma rua em Campinho; um ônibus incendiado na Tijuca, outro na Av. Brasil e novamente o Rio-Sul é alvo. No dia seguinte, o alvo foi o bairro do Leblon, e na semana seguinte o Hotel Glória. Já em Junho um ônibus da PMERJ foi alvejado por traficantes e caiu num valão próximo à favela da Maré.
Os ataques se repetiriam em 28/12/2006, novamente com carros e ônibus incendiados, sendo o episódio mais grave um ônibus da Itapemirim incendiado na Av. Brasil, no qual 08 pessoas morreram queimadas, episódio semelhante ao acontecido em 2005, quando um ônibus da linha 365 foi incendiado por bandidos em represália à morte de um traficante. Além desse episodio, a DRE foi alvejada por tiros, assim como a 28ª DP, na qual um homem que havia ido prestar queixa contra uma briga de vizinhos foi assassinado quando deixava a DP; um PPC no Alto da Boa Vista também foi alvo de tiros; dois PMs foram mortos na Barra e um na Lagoa.

Taí a ordem dos fatos...
Grande abraço
Celso Luiz Drummond

Emir Larangeira disse...

Caro Celso Luiz Drummond

E há quem afirme que tudo isto ocorreu por acaso. É mole? Pior ainda é quem simplesmente ignora tais fatos para não afetar o "bom relacionamento" com criminosos contumazes que continuam comandando as eleições no Grande Rio. Eta sociedade desmemoriada! Ou hipócrita!!!!

Anônimo disse...

Caro Drummond, voce esqueceu de citar os ataques de 2007 e 2009 em que 15 ônibus foram incendiados e um helicópetero da PM foi metralhado, incendiado e destruido,tendo sua guarnição de PM, sido assassinados, tudo à luz do dia, e também os ataques durante 13 dias seguidos no final de 2010, em que delegacias, quarteis, destacamentos, cabines e ônibus foram metralhados e alguns incendiados, bem como dezenas de "arrastões" se abateram por toda a cidade.

Taí mais alguns fatos,
Grande abraço.