ELEIÇÕES DA CBPMERJ em 15 de janeiro 2013

Há uma frase de Sócrates que vem vencendo os tempos: “O castigo do justo por não querer ser governante é acabar governado pelo injusto.” Entendo que a frase não deva ser individualizada. Num sistema representativo, o eleitor exerce a sua vontade e valoriza, em somatório do voto individual, a sua escolha, esta que gerará efeito coletivo. É o seu voto uma espécie de aval a alguém que, pretendendo atender aos anseios e valores coletivos, e possuindo uma história de vida que o legitime, oferece o nome para representar uma coletividade. Portanto, o voto individual é fundamental para determinar quem será o representante de uma coletividade unida por laços comuns. É assim na CBPMERJ ou em qualquer entidade com regime jurídico semelhante: cada associado possui anseios e valores, inclusive pecuniários, que precisam ser atendidos de modo mediato e imediato. Quando o associado contribui com sua parcela financeira, descontada no contracheque, na verdade ele está investindo o resultado do seu suor. Daí ser questão de honra administrar com lisura e competência o volume mensalmente arrecadado, cabendo a quem o administra oferecer uma prestação de contas transparente, objetiva e saudável. Qualquer obscuridade maior ou menor na prestação de informações sobre a destinação do capital financeiro na atenção social aos contribuintes é o que basta para justificar a mudança da administração. É o que deveria acontecer no próximo dia 15, pois a CBPMERJ só mudará seus critérios se houver uma nova opção, uma nova proposta de transformação que realmente jorre luz sobre aquele organismo pertencente aos associados-contribuintes.

Devido à importância da entidade, que possui um considerável patrimônio a ser preservado e valorizado, é fundamental que os sócios da CBPMERJ compareçam para votar nos locais designados. O desinteresse dos associados produzirá o desastre coletivo. Pois a pouca presença acabará elegendo sem legitimidade o novo mandatário ou manterá aquele cuja administração não convenceu. Não digo que seja o caso da atual administração, que cada associado veja e reveja seu próprio exemplo, que faça um julgamento de como foi atendido o seu colega ao lado, enfim, que se informe sobre como a CBPMERJ está sendo administrada atualmente. E que também analise cada proposta e cada chapa concorrente para escolher a melhor segundo seus valores e anseios particulares. Para tanto, é indispensável saber se as viúvas recebem regularmente seus pecúlios, se os que foram à inatividade perceberam o que lhes é de direito, dentre outros serviços que a entidade se obriga a cumprir dentro de prazos razoáveis. Porque dinheiro não falta ou não deveria faltar à CBPMERJ, seu patrimônio físico é valioso e todo mês é acrescido de mais uma parcela correspondente ao somatório dos descontos individuais. Enfim, a fonte jamais seca, e, se bem administrada, poderá um dia ser um manancial alvissareiro. E não me refiro a sonho, a jogar algum jogo de azar. Refiro-me concretamente a um valor financeiro real, mas que, em vista de administrações obscuras, não sabemos por quanto anda, embora os anos em que esse valor vem recebendo insumos correspondam a décadas.

Por estas razões, e muitas outras, quem é associado da CBPMERJ deveria, no mínimo, buscar o conhecimento sobre as chapas concorrentes e tomar posição no dia 15. Cada associado deveria fazer um pequeno ou um grande sacrifício físico e comparecer para votar. Pois é o quantitativo de votos gerais que legitimará a chapa detentora da maior parcela na apuração. No meu caso, escolhi a “CHAPA DA VIRADA” liderada pelo Capitão Arantes (CHAPA 4). Conheço sua trajetória de bons serviços prestados e vejo nele competência e honestidade para lograr uma boa administração. Escolho-o também por entender ser a transparência um dado fundamental e ainda não ofertado a nenhum associado, não se devendo considerar o marketing de última hora apresentando resultados mirabolantes, mas que não há como verificá-los miudamente. Esses “milagres” de última hora, a meu ver, são apenas para influenciar o emocional dos desavisados e atendem bem mais ao interesse do continuísmo. E eu sou contra o continuísmo em qualquer hipótese presente ou futura.