segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tempos de campanha



Nesses tempos de campanha política toda crítica cheira a manobra eleitoral, o que não me interessa. Não quis ser candidato exatamente para não macular minhas observações. Sei que por vezes são azedas em relação a alguns mandatários políticos, mas sempre visando ao acerto do sistema de segurança pública, meu tema predileto. Critico com a intenção de contribuir na construção ou reconstrução de novos modelos estruturais ou, pelo menos, tento sublinhar algum conceito que entenda útil, mesmo não o sendo sob o crivo de terceiros. Não há problema, lixo com o conceito, que a mim não ofende!
Não sou candidato a cargo político, embora filiado ao PR apenas como eleitor e simpatizante. Creio, porém, que o meu papel social não se esgotou na política nem por causa da minha inatividade na PMERJ. Como o sistema ainda me cobra, legalmente, deveres vários, enquanto eu viver devo colaborar com a corporação como se estivesse no serviço ativo. Também como cidadão, sou responsável pela segurança pública, como assim prescreve a Carta Magna. Portanto, eu sigo em frente, agradando ou desagradando, porém sempre evitando ofender ou menoscabar as pessoas que cuidam da segurança pública por obrigação ou comissão.
Como é difícil criticar sem repercutir aqui e ali, positiva ou negativamente, passarei o mês de setembro sem abordar assuntos que possam receber dúbias interpretações, exceção que faço no caso de precisar defender a PMERJ de ataques insanos. Será, todavia, um mês em que buscarei inspiração para escrever coisas amenas ou demorarei a postar artigos, como, aliás, muitos blogueiros o fazem.
Sei que sou “rápido no gatilho” (teclado do computador), mas deixarei a “arma” (meu blog) sem munição por uns dias; depois, tornarei com sede ao pote, qualquer que seja o resultado do pleito. Afinal, o mundo não acaba nem recomeça por conta de eleições, nem aqui nem algures. Mas, por causa dos eleitos, acabará de qualquer JEITO (assim reparo o errôneo “GEITO” da charge). Não sei, todavia, quando o mundo acabará. Espero que daqui a muitos milênios ou, diferentemente da charge, — e mais otimista, — que seja pelo menos depois das Olimpíadas de 2016... Em compensação, nesse dia, — parodiando o vaticínio de Luís Fernando Verissimo numa de suas crônicas geralmente sensacionais, — ninguém precisará fechar suas portas e janelas a medo de ladrões...

Um comentário:

Paulo Xavier disse...

Uma pena! Perde o leitor e perde o eleitor.
Véspera de eleições, momento propício para detonar um adversário político, mas o escritor Emir Larangeira prefere recolher as pedras em suas aljavas.
Confesso que estava ávido para ler algo que ratificasse essa minha rejeição ao governador do nosso Estado, mas não será aqui nesse blog.
Parabéns Cel Larangeira, o nome disso é nobreza de caráter!
Algum orgão governamental ou não, deveria preservar isso (Nobreza de caráter) pois está em extinção!