sexta-feira, 21 de maio de 2010

Para refletir

Texto original: http://www.realtruth.org/articles/100510-005-crime.html

RIO DE JANEIRO: HÁ ESPERANÇA PARA ESTA CIDADE VIOLENTA?

By Scott A. Clark
May 10, 2010

ENQUANTO O SPOTLIGHT INTERNACIONAL BRILHA SOBRE O BRASIL – UMA NAÇÃO QUE EXPERIMENTA UM CRESCIMENTO ECONÔMICO CONSIDERÁVEL – NO RIO DE JANEIRO A VIOLÊNCIA DAS GANGUES AUMENTA, O TRÁFICO DE DROGAS E A EXPANSÃO FAVELAS AMEAÇAM MANCHAR O PROGRESSO DA NAÇÃO.


A segunda maior cidade do Brasil, Rio de Janeiro, vai sediar a próxima Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016, dois dos mais populares acontecimentos do mundo esportivo. Como resultado, a mídia concentrou-se no aumento da pobreza do país e nos índices de criminalidade.
A violência é uma ocorrência diária para os agentes policiais e mais de 11 milhões de habitantes em torno das favelas, áreas mais pobres do Rio, que são invadidas por quadrilhas de traficantes fortemente armados. Mais de 6.000 pessoas são mortas a cada ano, uma taxa comparável a uma zona de guerra.

"A comunidade internacional tem demonstrado sérias preocupações em matéria de segurança no Brasil antes e imediatamente após a sua proposta vencedora para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Mas o Comitê Olímpico Internacional (COI), continua confiante de que há tempo suficiente para o Brasil a resolver os seus problemas quanto ao crime em massa”, afirmou um artigo publicado pelo Conselho de Assuntos Hemisféricos.


O artigo continua: "Contudo, se o país espera ter sucesso na Copa do Mundo em 2014, o calendário, obviamente, deve ser acelerado."

Armados até os dentes: a busca da polícia militar para os traficantes de drogas na favela da Rocinha no Rio de Janeiro, Brasil (13 de abril de 2004).


Como pano de fundo de cada tiroteio, policiais matando e o tráfico de drogas sendo combatido, fica o maciço do "Cristo Redentor" no pico de uma montanha nos arredores da cidade.
A nação predominantemente católica anseia pela paz para o Rio de Janeiro. Autoridades da cidade anseiam pelo sucesso da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. E muitos cidadãos esperam o cumprimento das palavras de Cristo em João 14:27 : "A paz deixo com você, a minha paz vos dou: não como o mundo dá, dá-me a vós. Não deixe seu coração ser incomodado, nem se atemorize."
Mas o Rio continua a ser vítima da violência. E como a estátua icônica silenciosamente assiste cenas de crime que acontecem todos os dias, parece não haver nenhuma resposta.
Enquanto se aproxima o início destes dois eventos internacionais, a cidade será capaz de trazer ordem às ruas?
Um ponto de vista sobre o problema
21 de agosto de 2009, 0 Conselho de Segurança Marítima dos Estados Unidos da América classificou o nível de ameaça da criminalidade no Rio de Janeiro como "crítica". O conselho adverte que "crimes violentos, como assassinato, estupro, rapto, seqüestro, assalto à mão armada e roubo são uma parte normal da vida cotidiana" na cidade.
17 de Outubro de 2009-14 pessoas morrem, oito ficam feridas em guerras de gangues rivais. Incursões armadas movem-se em território não dominados por gangues. Três policiais morrem.
27 de fevereiro de 2010 - jovens fortemente armados param o tráfego em um cruzamento do Rio de Janeiro. E outras gangues apareceram em motocicletas, também armadas. Adolescentes fumam crack à vista de todos. Esta é a realidade em um do Norte Rio de Janeiro, de muitas esquinas, uma das quais é chamada de "Esquina do Medo" (The Times).
Estes exemplos de atividades criminosas pintam o retrato de uma cidade inundada pela violência. No entanto, muitos brasileiros estão otimistas de que o Rio possa alcançar uma solução pacífica, o futuro pós-olímpico.
"Nós dissemos ao Comitê Olímpico Internacional não é fácil e eles sabem disso", disse o governador do Rio, Sergio Cabral. "Nós não queremos apenas estar preparados para dias especiais, para que possamos colocar 40 mil policiais nas ruas, eu disse a eles que queremos chegar a 2016 e ter uma solução pacífica para o Rio de Janeiro, antes, durante e depois dos Jogos" ( Time).
A Abordagem da Cidade
A estratégia atual da polícia local é de invadir as favelas mais notoriamente controladas pelas gangues antes da Copa de 2014. Ao contrário do passado, quando a polícia invadia, se infiltrava e se retirava como em batalhas urbanas, a nova abordagem é estabelecer uma presença visual contínua em 40 das favelas.
A Rocinha é uma das maiores e mais problemáticas favelas do Rio, que os peritos criminais dizem " uma grande e sangrenta batalha poderia definir os esforços da cidade para pressionar as gangues que têm assolado a cidade por três décadas" (The New York Times).
Esta nova campanha é uma expansão da polícia o "programa de pacificação", que começou no final de 2008. O programa sofreu alguns contratempos e os policiais se sentem constrangidos por alguns confrontos particularmente violentos.
Pouco depois de o Rio ganhar a candidatura olímpica, os membros de uma quadrilha derrubaram um helicóptero da polícia com armas de alto calibre, matando dois policiais. O incidente ocorreu durante um fim de semana de violência entre gangues de traficantes rivais, no qual 12 pessoas foram mortas. O corpo de um jovem foi encontrado em um carrinho de supermercado em uma rua movimentada.
Apesar do aumento do envolvimento da polícia, a violência está piorando. A nação pode esperar a contenção do problema?
O Problema Real
Cenas nuas e cruas da natureza humana, semelhantes às do Rio de Janeiro, acontecem em muitas grandes cidades do mundo, no passado e no presente.
Mas o que a maioria não percebe é que esses problemas não são apenas problemas com drogas ou gangues, as suas causas são muito mais profundas, e envolvem a natureza do homem.
Enquanto muitos longos voltam para a religião e para a paz prometida pelas palavras de Jesus, seus corações ainda estão perturbados e eles ainda estão com medo. Embora eles olhem para o que a estátua de Cristo deveria representar, eles esquecem completamente que o cerne do problema reside no Rio de Janeiro dentro do livro por Ele inspirado, a Bíblia.
O livro de Tiago no Novo Testamento revela a verdadeira razão para a violência do Rio de Janeiro: "Donde vêm as guerras e contendas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Você luxúria, e não: você matar, e o desejo de ter, e não pode obter: você luta e guerra, mas você não tem, porque você não perguntar. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, que você pode consumi-lo em cima de seus desejos "(TIAGO 4:1-3).
A violência do Rio vem de luxúria – um problema espiritual enraizado na natureza do homem. As soluções criadas pelo homem não irão – e não poderão - dar fim aos problemas espirituais, porque não tratam a raiz da questão.
Embora a situação da cidade possa parecer sem esperança, em breve o Cristo Vivo retornará e governará o mundo, "o governo estará sobre os Seus ombros, e seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da ETERNIDADE, PRÍNCIPE DA PAZ "(Isa. 09:06).
Os cidadãos não mais viverão com medo, forçados a acreditar em equívocos, embora frequentemente sinceros: as soluções humanas.
"E nos dias desses reis, o Deus do céu estabelecerá um reino que jamais será destruído, e o reino não deve ser deixado para outras pessoas, mas esmiuçará e consumirá todos estes reinos, e ele deve permanece eternamente "(Dan. 02:44).
A revelação do Reino de Deus levará os problemas enfrentados Rio de Janeiro e outras cidades ao redor do mundo a um ponto insustentável. Uma cidade que tem sido um terreno fértil para a violência entre gangues, e um epicentro do tráfico de drogas, em breve será transformada em uma estável e pacífica região do globo.
A mudança real será decretada, mas não pelos esforços do homem. O governo de Deus e nada mais – fará isso acontecer.
Para obter mais informações, leia “Deus criou a natureza humana?” e “Como o mundo de paz virá!”

5 comentários:

Paulo Xavier disse...

"A mudança real será decretada, mas não pelo esforço do homem. O governo de Deus e nada mais -fará isso acontecer". Virou profeta Cel Larangeira? Brincadeira à parte, já que o problema é bastante sério, ouso também dizer que só com o esforço humano será impossível vencer essa guerra.
Creio que 80% da violência urbana no Rio de Janeiro está ligado às drogas, desgraça que escraviza, humilha e mata.
Temos visto nos noticiários, o crescente número de apreensões de todo tipo de drogas; daí conclui-se que cresce também o número de usuários, de traficantes, do tráfico de armas, de homicídios e consequentemente da violência.
O mundo todo está com os holofotes voltados para o Brasil e principalmente para o Rio de Janeiro em vistas à Copa de 2014; obras em estádios, metrôs, ciclovias, enfim, obras de infra-estrutura o homem resolve, porém o combate à violência que é o nosso maior desafio, creio que só mesmo com a ajuda Divina.
Disseste bem!

Neide disse...

COM CERTEZA SÓ COM A AJUDA DIVINA, POIS, O HOMEM TEM O PODER MAS NÃO TEM A VONTADE DE RESOLVER A QUESTÃO EM PAUTA. SABEMOS QUE AS DROGAS E O TRÁFICO TEM DATA E HORA DE ACABAR SOMENTE SE "ALGUNS" ABRIREM MÃO DOS SEUS LUCROS DERIVADOS DE TAIS CRIMES. ENQUANTO O PEQUENO CAI EM DESGRAÇA O "GRANDE" SE ERGUE EM CIFRÕES. ESSA É A NOSSA REALIDADE E POR AÍ VAI.
JEITO TEM MAS.............

Anônimo disse...

CARO LARANGEIRA<
Eis pois, uma fábula filosófica que serve como reflexão para nossos dias aqui no planeta terra.

"Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento. A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas, e dela tirou um panelão de comida. Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo. Na verdade, era o calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava. O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu corpo e mais alto ainda rugia. Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore próxima à fogueira, segurando a tina de comida. O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu imenso corpo, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo. Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes. Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim, ainda as julgamos importantes. Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de desespero. Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto protegemos, acreditamos e defendemos. Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir. Tenha a coragem e a visão que o urso não teve. Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder. Solte a panela!"

Emir Larangeira disse...

Caro amigo anônimo

Conheço a fábula, se é que é realmente fábula, pois tem contornos de veracidade, embora efetivamente encerre uma bela mensagem filosófica. Lembra-me um dizer do estudioso em criminologia Manuel Lopez-Rey sobre o crime, comparando-o a sentimentos como o amor e o ódio, dentre outros inerentes aos seres humanos. Inevitáveis, portanto. Daí o estudioso entender o crime como um fenômeno sociopolítico (nós, "racionais", rotulamos o que é "crime"), e quanto mais rotulamos e mais a população de "racionais" aumenta, mais "crimes" são cometidos, numa linha tão crescente que nos faz "ursos a segurar sem largar a panela quente".
Como você deve ter percebido, postei um texto alienígena, traduzido, que reflete o que o estrangeiro pensa do nosso país e do Rio de Janeiro. A abordagem religiosa (não sou religioso) merece atenção porque a religião, mormente a evangélica, tem afastado muitas gentes do crime. Repito: não sou religioso. Mas não creio que o "urso-homem" um dia "largue a panela". O círculo vicioso resumido no "bandido versus policiais" poderia emoldurar a fábula filosófica tão bem trazida à lide: ambos são "ursos". Aliás, é a fábula que faltava ao texto. Agora a reflexão se completou com a sua contribuição. Não seria hora de buscarmos outros caminhos em vez de permanecermos na paranóia de que tudo é "crime"? A propósito, leia a crônica do João Ubaldo no Jornal O Globo de hoje. É boa alegoria crítica sobre o tal "choque de ordem", da "lei seca" e de outros mecanismos "protetores" (na verdade, de vigilância e punição do cidadão pelo Estado) que merecem intensos bombardeios a la Michel Foucault (Vigiar e Punir).
Obrigado e Bom domingo!

Anônimo disse...

“O homem é um animal social”, disse Aristóteles em seu célebre tratado A Política. Possivelmente a frase mais correta seria: “O homem é um animal sociável”. Isto é, ele precisa aprender, ao longo da vida, a agir para fazer parte de um grupo, uma família, uma comunidade, etc.
Sociável? Como se tais práticas não são ensinadas desde a infância para milhões de crianças e adolescente ?
Sempre me pergunto nos meus momentos de desencanto?
Existe uma saída ou fuga para um Brasil melhor?
Não! Claro que NÃO!
No Brasil existem reencarnações de Pilatos (Pontivs Pilatvs). Só que, naqueles dias o “cara é prefeitos”. Aqui Temos prefeitos, governadores, senadores e os verdugos do Poder Judiciário.
Ai meu caro, a simples tentativa só de pensar em um Brasil “Rio de Janeiro longe das mazelas fica claro dentro da minha cabeça que irei me transformar do Lord Chancellor (Thomas More) que disse momentos antes de perder a cabeça "morria como bom servidor do rei, mas de Deus primeiro."
Não creio em DEUS, não acredito no DIABO. Porém prefiro não perder minha cabeça ou minha mente em uma luta simplesmente utópica!
Sou Coronel Laranjeira, um DESCRENTE.

Abraços!