O mal do conformismo: meu, seu, nosso...
“Todas as religiões, as artes, ou as ciências são fruto da mesma árvore, cuja única aspiração é fazer a vida do homem mais digna. Ou seja, permitir que o indivíduo se eleve além da simples existência física e seja livre.” (Albert Einstein)
Se existe algo que não combina com mudanças saudáveis é conformismo. Como o estado tende a ser demasiadamente interventivo e paternalista, a sociedade se torna a mais e mais clientelista e preguiçosa. Enfim, o pseudocidadão “paga pra não se aborrecer”, como nos alerta o dito popular. E tudo segue como dantes, em passividade absoluta, enquanto pagamos impostos sobre impostos e taxas sobre taxas em contrapartida ao mínimo direito de ir e vir em estradas péssimas, perigosas e apinhadas de “pardais” a nos “disciplinar”. E nos tornamos quadrúpedes a levar ferro no fiofó sem reclamar. Vivenciamos um estado-larápio-do-nosso-suor! E aceitamos...
Entender como eterna determinada imposição estatal é suicídio social; é aceitar a vida e a morte como um fado e não como um depósito de incredulidades ante o absurdo de se viver e morrer. Ora, no fim de contas, viver é ter plena percepção do que há em torno da vida; é atentar para o outro no ambiente onde tudo ocorre em cenas teatrais misturando realidade e ficção. Inversamente, estacamos numa estação vendo os trens evoluírem em velocidade, indo e vindo, sem que tentemos embarcar num deles. Sim, sim, aceitamo-nos (ou negamo-nos) sem sair do lugar; desmerecemo-nos a nós como subsistemas vigorosos e capazes de interferir no ambiente (o sistema natural e social) para gerar o bem ou o mal. O bem é a homeóstase do sistema e o mal, a sua entropia. Pagamos o mal com o bem; damos o outro lado da cara para o segundo bofete. Contribuímos com o nosso silêncio amorfo para a entropia social. Demais de não apoiar, ignoramos o sofrimento de quem nos defende. Somos autistas sociais assumidos ou nos entregamos a ideologias e dogmas.
Ora!... Viver de verdade é ser parte ativa do mistério cósmico, é interagir sem cessar, é não ser anônimo, é lutar por direitos individuais e coletivos e exigir deveres estatais em função dos tributos que pagamos para sustentar a maquinaria governamental. Nós é que somos patrões dos burocratas estatais. Somos matéria pensante, e, viva ou morta, a matéria se transforma e renova. O átomo não morre. Somos átomos. Viver sem nada questionar pode até ser útil àqueles que buscam em indiferença o prazer da matéria até serem consumidos pelo tempo. Mas isto é viver indignamente, não é elevar-se, não é ser livre. Não é este o ensinamento de Einstein...
A matéria é visível e invisível. O transcendental é ilusão resumida numa “revelação” que torna o visível e o invisível reconhecidos apenas como ficção, ficando a supostamente verdadeira realidade para o grande momento post mortem: o “Reino dos Céus”. Seria vantagem viver assim, crendo tão-somente em dogmas invencíveis? Talvez, quem sabe?... Felizes são aqueles para os quais a “verdade é “revelada” e seus dogmas lhes garantem a felicidade plena. Mas, por que o felizardo chora copiosamente a morte de quem ama?... Ah, nesses casos ainda há a sobretaxa do dízimo, a compra da indulgência etc.
Viver sentado esperando a morte não parece bom. Não fossem os seres humanos resistentes à idéia da morte gerando ciência em favor da vida, ela, a morte, continuaria a ceifar a raça humana com facilidade. Não haveria a vitória da ciência contra muitas doenças fatais. Prolongar a vida é modo de vencer a morte. Mas a vida prolongada há de ter utilidade social. E essa utilidade traduz-se na mudança contínua de comportamentos e paradigmas pelo desvelar dos mistérios que só dependem da observação inteligente. A polêmica é um meio de aguçar interesses por novos conhecimentos. A própria metodologia da pesquisa científica assim se pronuncia através de renomados autores. Por que, então, a acomodação dogmática alheia à cognoscibilidade que nos fará avançar ou abandonar avanços impensados?
Não significa dizer que dogmatismo é ignorância ou emoção. É também decisão racional. Mas, que choque há entre revelação e ciência? Que crime cometeu Galileu Galilei? E Giordano Bruno?... Por que tantos pensadores receberam o castigo da fogueira?... Ora, por que a humanidade dobrou-se ante dogmas tornados invencíveis por seres tão humanos (ou desumanos) como nós? Por que ficou arcada ante as ameaças de danação disseminadas pela igreja e materializadas por torturas cruéis, afogamentos e incinerações públicas: o “castigo-espetáculo” que até hoje nos espanta? Sem resposta, o mundo caminha para a entropia, dividido em ideologias extremadas e fanatismos religiosos. Promove a autodestruição pelas guerras e revoluções e por permitir que a fome e a doença dizimem indefesos homens, mulheres e crianças em muitos pontos do planeta próximos à fartura e aos gastos supérfluos das nações ricas e colonizadoras – as aves de rapina.
Vencer essas barreiras não é tarefa simples. Quem a isto se dispuser há de manter o espírito livre e não deve esperar reconhecimento; há de enfrentar os fanáticos defensores dos regimes totalitários (de esquerda ou de direita) e os tresloucados que alcançam o poder e dele fazem uso para fins pessoais inconfessáveis. Às vezes o voto é pouco para conter a horda que se mimetiza mesmo tendo liberdade para mostrar a cara. Iludem-se, por exemplo, os que apostam no fim do MST, caso a reforma agrária atenda a todos os seus lídimos reclamos. O MST quer muito mais que isto: quer vestir a farda emplumada do Hugo Chávez ou do Fidel Castro. Não se submete à liderança de nenhum político e só possui compromisso com a sua ideologia fanatizada, cujos tentáculos estão igualmente na cidade articulando ações jornalísticas clandestinas e descompromissadas com quaisquer valores democráticos.
As esquerdas aproveitam o momento de paternalismo estatal a ignorar oficialmente suas ações e avançam na reconstrução das mesmas bases que fizeram eclodir os movimentos populares que levaram o país ao caos social e político e determinaram a intervenção das Forças Armadas em 1964. Não fosse a ação firme dos militares, a bandeira brasileira seria hoje vermelha e ostentaria a foice e o martelo, e muitos de nós estaríamos mortos pelo modo (“castigo-espetáculo”) mais badalado na época: “el paredón”! E hoje, tanto como ontem, não faltam recursos financeiros governamentais (nossos impostos) a sustentarem esses movimentos danosos à verdadeira democracia. Eles podem ser ainda associados à maliciosa investida estatal a desarmar a população ordeira, de modo a evitar reações populares contrárias aos seus insidiosos fins. Lembra o Gueto de Varsóvia (Os judeus, desarmados, não tiveram como reagir aos nazistas e sucumbiram como gado de abate dentro do Gueto ou foram levados à câmara de gás e ao forno). Eis aí o perigo do conformismo social. Devemos, pois, ficar atentos ante o perigo do retrocesso.
Entender como eterna determinada imposição estatal é suicídio social; é aceitar a vida e a morte como um fado e não como um depósito de incredulidades ante o absurdo de se viver e morrer. Ora, no fim de contas, viver é ter plena percepção do que há em torno da vida; é atentar para o outro no ambiente onde tudo ocorre em cenas teatrais misturando realidade e ficção. Inversamente, estacamos numa estação vendo os trens evoluírem em velocidade, indo e vindo, sem que tentemos embarcar num deles. Sim, sim, aceitamo-nos (ou negamo-nos) sem sair do lugar; desmerecemo-nos a nós como subsistemas vigorosos e capazes de interferir no ambiente (o sistema natural e social) para gerar o bem ou o mal. O bem é a homeóstase do sistema e o mal, a sua entropia. Pagamos o mal com o bem; damos o outro lado da cara para o segundo bofete. Contribuímos com o nosso silêncio amorfo para a entropia social. Demais de não apoiar, ignoramos o sofrimento de quem nos defende. Somos autistas sociais assumidos ou nos entregamos a ideologias e dogmas.
Ora!... Viver de verdade é ser parte ativa do mistério cósmico, é interagir sem cessar, é não ser anônimo, é lutar por direitos individuais e coletivos e exigir deveres estatais em função dos tributos que pagamos para sustentar a maquinaria governamental. Nós é que somos patrões dos burocratas estatais. Somos matéria pensante, e, viva ou morta, a matéria se transforma e renova. O átomo não morre. Somos átomos. Viver sem nada questionar pode até ser útil àqueles que buscam em indiferença o prazer da matéria até serem consumidos pelo tempo. Mas isto é viver indignamente, não é elevar-se, não é ser livre. Não é este o ensinamento de Einstein...
A matéria é visível e invisível. O transcendental é ilusão resumida numa “revelação” que torna o visível e o invisível reconhecidos apenas como ficção, ficando a supostamente verdadeira realidade para o grande momento post mortem: o “Reino dos Céus”. Seria vantagem viver assim, crendo tão-somente em dogmas invencíveis? Talvez, quem sabe?... Felizes são aqueles para os quais a “verdade é “revelada” e seus dogmas lhes garantem a felicidade plena. Mas, por que o felizardo chora copiosamente a morte de quem ama?... Ah, nesses casos ainda há a sobretaxa do dízimo, a compra da indulgência etc.
Viver sentado esperando a morte não parece bom. Não fossem os seres humanos resistentes à idéia da morte gerando ciência em favor da vida, ela, a morte, continuaria a ceifar a raça humana com facilidade. Não haveria a vitória da ciência contra muitas doenças fatais. Prolongar a vida é modo de vencer a morte. Mas a vida prolongada há de ter utilidade social. E essa utilidade traduz-se na mudança contínua de comportamentos e paradigmas pelo desvelar dos mistérios que só dependem da observação inteligente. A polêmica é um meio de aguçar interesses por novos conhecimentos. A própria metodologia da pesquisa científica assim se pronuncia através de renomados autores. Por que, então, a acomodação dogmática alheia à cognoscibilidade que nos fará avançar ou abandonar avanços impensados?
Não significa dizer que dogmatismo é ignorância ou emoção. É também decisão racional. Mas, que choque há entre revelação e ciência? Que crime cometeu Galileu Galilei? E Giordano Bruno?... Por que tantos pensadores receberam o castigo da fogueira?... Ora, por que a humanidade dobrou-se ante dogmas tornados invencíveis por seres tão humanos (ou desumanos) como nós? Por que ficou arcada ante as ameaças de danação disseminadas pela igreja e materializadas por torturas cruéis, afogamentos e incinerações públicas: o “castigo-espetáculo” que até hoje nos espanta? Sem resposta, o mundo caminha para a entropia, dividido em ideologias extremadas e fanatismos religiosos. Promove a autodestruição pelas guerras e revoluções e por permitir que a fome e a doença dizimem indefesos homens, mulheres e crianças em muitos pontos do planeta próximos à fartura e aos gastos supérfluos das nações ricas e colonizadoras – as aves de rapina.
Vencer essas barreiras não é tarefa simples. Quem a isto se dispuser há de manter o espírito livre e não deve esperar reconhecimento; há de enfrentar os fanáticos defensores dos regimes totalitários (de esquerda ou de direita) e os tresloucados que alcançam o poder e dele fazem uso para fins pessoais inconfessáveis. Às vezes o voto é pouco para conter a horda que se mimetiza mesmo tendo liberdade para mostrar a cara. Iludem-se, por exemplo, os que apostam no fim do MST, caso a reforma agrária atenda a todos os seus lídimos reclamos. O MST quer muito mais que isto: quer vestir a farda emplumada do Hugo Chávez ou do Fidel Castro. Não se submete à liderança de nenhum político e só possui compromisso com a sua ideologia fanatizada, cujos tentáculos estão igualmente na cidade articulando ações jornalísticas clandestinas e descompromissadas com quaisquer valores democráticos.
As esquerdas aproveitam o momento de paternalismo estatal a ignorar oficialmente suas ações e avançam na reconstrução das mesmas bases que fizeram eclodir os movimentos populares que levaram o país ao caos social e político e determinaram a intervenção das Forças Armadas em 1964. Não fosse a ação firme dos militares, a bandeira brasileira seria hoje vermelha e ostentaria a foice e o martelo, e muitos de nós estaríamos mortos pelo modo (“castigo-espetáculo”) mais badalado na época: “el paredón”! E hoje, tanto como ontem, não faltam recursos financeiros governamentais (nossos impostos) a sustentarem esses movimentos danosos à verdadeira democracia. Eles podem ser ainda associados à maliciosa investida estatal a desarmar a população ordeira, de modo a evitar reações populares contrárias aos seus insidiosos fins. Lembra o Gueto de Varsóvia (Os judeus, desarmados, não tiveram como reagir aos nazistas e sucumbiram como gado de abate dentro do Gueto ou foram levados à câmara de gás e ao forno). Eis aí o perigo do conformismo social. Devemos, pois, ficar atentos ante o perigo do retrocesso.
El paredón
Na verdade, eu torço, bato cabeça, rezo, oro, faço mandinga, cruzo os dedos et coetera para o povo brasileiro acordar e cobrar seriedade dos políticos. Há por aí muitos deles que na década de 90 não possuíam dinheiro nem para pagar suas reles prestações e viviam correndo o caneco a pedir esmola aos seus pares. Hoje, nem tanto tempo assim passado, e sem saírem da política, o que nos permite supor que o máximo de ganhos deles seria o somatório de seus subsídios abatidas as despesas de sobrevivência, hoje há muitos que estão milionários e não ocultam a espantosa mudança de status quo. E ninguém liga...
Alguns políticos, que alegavam até viver de aluguel, hoje possuem mansões, coberturas, fazendas, carrões, coleções de relógio rolex et coetera. E continuam vociferando honestidade como se o mundo fosse feito de otários. Pior é que somos otários, mesmo! Ah, é fácil ao político brasileiro enriquecer da noite para o dia arrotando austeridade. As ONGs “defensoras dos direitos humanos” estão também a mais e mais milionárias. E não importa a ideologia de seus titulares. Ela pode situar-se em qualquer ponto do continuum delimitado pelos totalitarismos de esquerda ou de direita, tendo a democracia, isolada, no meio. São todos passageiros daqueles trens que transitam ante nossos conformados olhos. Parodiando Machado de Assis, eles seguem junto com a linha e deixam para trás as agulhas com as quais costuraram o poder, até novamente acioná-las a soldo temporário na próxima eleição. Nós, apenas eleitores, nem agulhas somos; não passamos de alfinetes enfiados na almofada dos bancos de espera das estações. É como está a democracia brasileira (uma ilusão). E, se permanecermos apáticos, nós todos ficaremos espetados como alvos fixos esperando “el paredón” apenas adiado pela reação militar de 1964, pois os seus mentores estão desenvoltamente viajando de primeira classe naqueles trens desta alegoria, com passagens pagas com nossos impostos, taxas e multas geradas por emboscadas viárias (uma realidade). E querem se vingar do passado!...
forno nazista
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