Talvez eu seja o blogueiro mais antigo dentre os integrantes da PMERJ. Venho de longe no tempo, já mudei de provedor algumas vezes por conta de “ataques viróticos” e me obriguei a zerar o contador outras tantas. Quanto ao contador, no meu caso devo sempre considerar as indefectíveis visitas de arapongas. Essa turma não tem jeito. Não toma conhecimento da democracia e depende de fazer futricas contra terceiros para sobreviver. Eles são úteis a governantes e burocratas maliciosos, sejam estes de um extremo ideológico ou de outro. Arapongas são uns finórios sem feito nem feitio. Não vou perder tempo com eles, mas não há como não considerar a importância dessa turma da “comunidade” na contagem das visitas aos blogs que incomodam o sistema no qual esses répteis vivem a gauderiar. Alimentam-se dos dejetos da esquerda, do centro, da direita, ou das diagonais ideológicas, tanto faz como tanto fez. Deixem-nos pra lá... Afinal, mais sem-vergonha são os que a eles se submetem pensando que deles tiram proveito. No final se igualam: existem do poder para o poder e para si. Não para outrem. Não representam o eleitor: representam-se e encenam a “persona” que lhes indicam seus roteiros teatrais.
Não gosto de arapongas (com a ressalva de que nem todos os agentes públicos que atuam nos serviços de inteligência o são, e que a inteligência, como variável antecedente à distribuição do policiamento preventivo-repressivo da PMERJ e à investigação criminal da PCERJ, é a melhor arma contra o crime organizado). Também não gosto de políticos ambíguos; assim deixo claro que me reporto tão-só aos que enfiarem as referentes carapuças, neste caso, e se vestirem de penas, naquele outro. E não suporto alguns pimpões titulares de blog que fazem questão de declinar suas patentes e títulos acadêmicos como se isto significasse algo mais que tola vaidade. Sem patente ou título, eles não são nada, não conseguem viver. Quanto a esses, que são mui poucos, não creio na contagem de seus blogs fofoqueiros, pois o mais fácil que há é acelerar os números para engrupir o leitor desatento. Demais disso, seus assuntos ou são de terceiros ou se apresentam empolados e/ou facciosos em demasia, a ponto de provocar vômito no leitor sério. Enfim, se de um lado há quem defenda idéias e se arrisque a desferir críticas sérias, de outro há os que efetivamente se importam com elas, até mesmo os criticados. Afora isto, tudo é encenação afastada da prática resumida no respeito aos semelhantes, em especial aos que se encontram numa linha hierárquica ao rés do chão social ou institucional.
Neste ponto, é possível que algum leitor esteja especulando quem são, afinal, os tais pimpões. Ora, se o leitor for atento, nem os preciso nominar, é só visitar alguns blogs e concluir quem são esses pomposos personagens que vivem da ficção como se fosse realidade. Claro que cada visita que recebem poderá ser multiplicada por “x” e gerar uma progressão geométrica no contador. Não tem problema, o que importa é a qualidade da escrita e o discernimento dos visitantes. Portanto, não tomarei do leitor o direito de desvelar tão simples mistério.
Agora é hora de falar dos anônimos que comentam à larga em muitos blogs. Sobre eles, que no meu blog não sobrevivem mais que meu tempo gasto em deletá-los, basta lembrar o mestre Arthur Schopenhauer: “Nomeia-te, velhaco! Pois quem é honesto não ataca sob máscara e capuz pessoas que passeiam com a face descoberta (...). Atacar anonimamente as pessoas que não escrevem de forma anônima é evidentemente uma infâmia.” Sobre os pseudo-eruditos, que rebuscam seus textos até torná-los incompreensíveis, o mestre os bombardeia à larga, entendendo que eles em nada contribuem para melhorar a vida coletiva (“Não há nada mais fácil do que escrever de maneira que ninguém entenda.”).
Talvez até aqui alguns não tenham alcançado o real sentido deste comentário aparentemente evasivo. Mas isto não importa. Apenas desejo informar a quem interessar que não gosto de futricas nem de injustiças. Sei que me coloco na contramão da realidade e do poder, pois é só a gente ligar a tevê para deparar com programas fofoqueiros do tipo um famoso trocou sua famosa por outra, e vice-versa, como se a sociedade não mais resguardasse os valores familiares que caracterizam a imensa maioria dos brasileiros. Ou então é só a gente abrir um jornal ou uma revista para se atordoar com críticas desferidas por autoridades contra subordinados envolvidos em situações ainda não apuradas. Deste modo insólito, fazem valer na mídia suas precipitadas opiniões, danificando a imagem e a honra das pessoas, como no caso recente da lamentável desavença entre um tenente PM e um policial civil, que culminou na morte do segundo e de uma jovem em local público acessível a qualquer pessoa decente.
Sim, foi demagógica a manifestação dessas autoridades, que, embora empenhadas com vigor no combate ao crime e merecedoras de aplausos, desta vez se situaram acima das leis vigentes no país. Sim, e ao que me parece, desta feita essas pessoas não se preocuparam em separar o joio do trigo... Eu, particularmente, não vejo nelas nem em nenhuma outra autoridade pública legitimidade para tanto, em respeito ao nosso Estado Democrático de Direito. Afinal, compete a uma específica autoridade de polícia judiciária a presidência do Inquérito Policial, e esta peça inquisitorial há de ser isenta de paixões ou de pressões vindas do topo. Mais que isso, compete ao Ministério Público opinar com absoluta e intransferível exclusividade sobre delitos, e ao Poder Judiciário concluir sobre algum fato supostamente criminoso do tipo que aqui se comenta, e somente após decisão soberana do júri. A partir do juízo de absolvição ou de reprovação seguida de condenação, pode-se imaginar a legitimidade de alguma opinião desfavorável ao réu. Sem esse trâmite, parece até ditadura! E eu, como fui vítima de igual inconseqüência e irresponsabilidade no passado, vejo-me no direito de manifestar a minha indignação, o que sempre farei contra tudo e todos ante qualquer injustiça, sejam amigos ou inimigos.
2 comentários:
Parabéns pelo Blog.
Criei um link para acompanhar as postagens.
Um abraço direto do Pará.
http://blog.claudiomarinofdias.com.br
RATIFICO SUAS PALAVRAS COM UM PENSAMENTO DE ALBERT EINSTEIN:
" O MUNDO NÃO ESTÁ AMEAÇADO POR PESSOAS MÁS,MAS SIM POR ÀQUELAS QUE PERMITEM A MALDADE"
Postar um comentário