sexta-feira, 19 de maio de 2017

A PODRIDÃO BRASILEIRA NA VISÃO DE NELSON MOTTA



“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)



MEU COMENTÁRIO

A opinião de Nelson Motta é mais que lapidar, é escultural! Deveria ser cunhada em placa de ouro como peça histórica, pois nos remete aos tempos remotos, o início de tudo, perpassa pelo presente e nos projeta a um futuro sombrio. E será efetivamente sombrio, paradoxalmente, porque o instituto da delação premiada deixará livre a metade dos ladrões que merecem a forca, tais como os por eles cinicamente delatados, e todos mais que gravitam nesta podridão assustadora, tão assustadora que alcançou um dos que acusam como exercício profissional, reforçando a observação de Montesquieu no sentido de que “mesmo a virtude precisa de limites”, como sublinha o Mestre em Ciência Política Fábio Kerche:

“Não há qualquer argumento lógico que demonstre que os integrantes do Ministério Público tenham se tornado anjos e não precisem fazer parte da mesma lógica de limitação mútua do Estado. Afinal, como afirmava Montesquieu, mesmo a virtude precisa de limites.” (Virtudes e Limites – Crônica – Fábio Kerche – Mestre em Ciência Política pela USP. Pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa. Jornal O Globo – Opinião – 07 de janeiro de 2003)

Porque a descoberta de um dos acusadores enfiados no esquema pode ser apenas uma ponta de Iceberg cuja base profunda e invisível é enorme e sustenta desproporcionalmente a sua parte visível, assim como são as ilhas vulcânicas: todas enganadoras em sua falsa eternidade. De tal modo que não é preciso comentar mais do que o brilhante jornalista resumiu com a maestria e a independência de sempre, cabendo-nos torcer para que a indignação dos autênticos articulistas não seja sufocada por interesses capitalistas de setores comerciais da imprensa como empresa geradora de lucros.
 

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