“O mundo está
perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa
dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
JORNAL EXTRA – 23 DEZ 2016
“De acordo com o ISP, aumento foi de 175%. Número
de roubos também cresceu.
Quinze pessoas são assassinadas todos os dias no
Estado do Rio. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgados
ontem, os homicídios subiram 36,5% em novembro. Foram 461 casos, um aumento de
121 vítimas em relação a novembro do ano passado. Os dados da capital,
proporcionalmente, são ainda piores. Os assassinatos saltaram de 87 para 123 na
cidade, o que equivale a um aumento de 41,37%. As mortes em confrontos com a
polícia também dispararam. No estado, mais de três pessoas foram mortas por dia
em decorrência da oposição à intervenção da polícia, antes chamados autos de
resistência. O número representa aumento de 100% (de 47 para 94). Considerando
o município, o aumento foi de gritantes 175% (de 12, no ano passado, para 33
casos, neste ano), o que representa uma morte por dia.
EXPLODE
NÚMERO DE ASSALTOS
Os crimes contra o patrimônio também dispararam.
Com relação a assaltos, ocorre, em média, um a cada 40 minutos no estado, a
maioria na Região Metropolitana. Também houve agravamento dos chamados roubos
de rua, que somam os roubos a pedestres, em ônibus e de telefone celular. No
primeiro quesito, o número subiu de 5.410 para 8.690 (60,62%). Os casos de
assaltos em ônibus mais que dobraram. Foram de 719 ocorrências no ano passado
para 1.634 neste ano. Já os roubos de celulares saltaram de 1.167 para 1.883 (61,35%).
Para a socióloga Julita Lemgruber, coordenadora do
Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, os
números são “vergonhosos” e revelam a falência da política de segurança pública
do estado, baseada no projeto das UPPs.
— Esses números vergonhosos dão a sensação
generalizada de que tudo está fora de controle. Até pouco tempo, essa política
de segurança era festejada, mas alguns especialistas sabiam que era algo
insustentável a longo prazo. Uma política que concentra quantidade tão grande
de recursos humanos só é possível num estado rico, o que não é o caso do Rio.”
MEU COMENTÁRIO
Quem acompanha minhas reflexões no meu blog sabe mui bem que
prognostiquei o fracasso desta política de segurança pública escorada nas
“miraculosas” UPPs. Ocorre que interessava à grande mídia tapar o sol com a
peneira para garantir os bilionários lucros com a Copa do Mundo e as
Olimpíadas, o que foi feito em impressionante diligência dos meios de
comunicação, ainda amparados por depoimentos de “especialistas” escolhidos a
dedo para defender a tal “pacificação”. Pior é que, apesar do inegável fracasso
das UPPs, a PMERJ insiste nelas como o burro amarrado a outro, com ambos
esticando a mesma corda para alcançar, cada qual, a sua moita de capim, não
atinando que lhes bastaria unirem-se e caminharem juntos até uma moita para
depois comerem a outra do mesmo modo minimamente inteligente.
Sim, a PMERJ se comporta como se os seus integrantes do nível
estratégico fossem assumidos intelijumentos que agora apostam na mudança da cor
do caveirão (azul e branco), como se fossem todos passear no céu. Enfim, a
PMERJ permanece os dois burros da fábula a medo desse falido sistema
situacional estatal, do qual pulou fora o principal mentor das UPPs para usufruir
de novos cargos no mundo empresarial, tudo fruto da fama que angariou com um
programa do qual restam os despojos, dentre os quais muitos PMs mortos e
feridos. Sim, sim, a PMERJ permanece tapando o sol com a peneira, enquanto
ajuda sobremodo a bater o recorde de mortes em confronto, mais do que a cifra
da Síria nos últimos anos de guerra cruenta. Deste modo, dizer mais o quê além
de concordar com a sempre lúcida socióloga Julita Lemgruber?...
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