sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

VIOLÊNCIA URBANA NO RJ – MORTES EM CONFRONTO POLICIAL EXPLODEM NO RIO



“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)

JORNAL EXTRA – 23 DEZ 2016

“De acordo com o ISP, aumento foi de 175%. Número de roubos também cresceu.

Quinze pessoas são assassinadas todos os dias no Estado do Rio. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgados ontem, os homicídios subiram 36,5% em novembro. Foram 461 casos, um aumento de 121 vítimas em relação a novembro do ano passado. Os dados da capital, proporcionalmente, são ainda piores. Os assassinatos saltaram de 87 para 123 na cidade, o que equivale a um aumento de 41,37%. As mortes em confrontos com a polícia também dispararam. No estado, mais de três pessoas foram mortas por dia em decorrência da oposição à intervenção da polícia, antes chamados autos de resistência. O número representa aumento de 100% (de 47 para 94). Considerando o município, o aumento foi de gritantes 175% (de 12, no ano passado, para 33 casos, neste ano), o que representa uma morte por dia. 
 
EXPLODE NÚMERO DE ASSALTOS 

Os crimes contra o patrimônio também dispararam. Com relação a assaltos, ocorre, em média, um a cada 40 minutos no estado, a maioria na Região Metropolitana. Também houve agravamento dos chamados roubos de rua, que somam os roubos a pedestres, em ônibus e de telefone celular. No primeiro quesito, o número subiu de 5.410 para 8.690 (60,62%). Os casos de assaltos em ônibus mais que dobraram. Foram de 719 ocorrências no ano passado para 1.634 neste ano. Já os roubos de celulares saltaram de 1.167 para 1.883 (61,35%). 

Para a socióloga Julita Lemgruber, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, os números são “vergonhosos” e revelam a falência da política de segurança pública do estado, baseada no projeto das UPPs. 

— Esses números vergonhosos dão a sensação generalizada de que tudo está fora de controle. Até pouco tempo, essa política de segurança era festejada, mas alguns especialistas sabiam que era algo insustentável a longo prazo. Uma política que concentra quantidade tão grande de recursos humanos só é possível num estado rico, o que não é o caso do Rio.”

MEU COMENTÁRIO

Quem acompanha minhas reflexões no meu blog sabe mui bem que prognostiquei o fracasso desta política de segurança pública escorada nas “miraculosas” UPPs. Ocorre que interessava à grande mídia tapar o sol com a peneira para garantir os bilionários lucros com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, o que foi feito em impressionante diligência dos meios de comunicação, ainda amparados por depoimentos de “especialistas” escolhidos a dedo para defender a tal “pacificação”. Pior é que, apesar do inegável fracasso das UPPs, a PMERJ insiste nelas como o burro amarrado a outro, com ambos esticando a mesma corda para alcançar, cada qual, a sua moita de capim, não atinando que lhes bastaria unirem-se e caminharem juntos até uma moita para depois comerem a outra do mesmo modo minimamente inteligente.

Sim, a PMERJ se comporta como se os seus integrantes do nível estratégico fossem assumidos intelijumentos que agora apostam na mudança da cor do caveirão (azul e branco), como se fossem todos passear no céu. Enfim, a PMERJ permanece os dois burros da fábula a medo desse falido sistema situacional estatal, do qual pulou fora o principal mentor das UPPs para usufruir de novos cargos no mundo empresarial, tudo fruto da fama que angariou com um programa do qual restam os despojos, dentre os quais muitos PMs mortos e feridos. Sim, sim, a PMERJ permanece tapando o sol com a peneira, enquanto ajuda sobremodo a bater o recorde de mortes em confronto, mais do que a cifra da Síria nos últimos anos de guerra cruenta. Deste modo, dizer mais o quê além de concordar com a sempre lúcida socióloga Julita Lemgruber?...

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