“O mundo está
perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa
dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Alb’ert Einstein)
REVISTA
VEJA
Turista italiano é morto por traficantes no Rio
Roberto Bardella foi atacado a tiros quando percorria de moto o Morro dos Prazeres, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora
Por Leslie Leitão
8 dez 2016, 15h33 - Atualizado em 8 dez 2016, 16h03
Os italianos Roberto Bardella e Rino Polato percorriam de
moto a região central do Rio (Reprodução)
Um turista italiano foi assassinado por traficantes no início da tarde desta
quinta-feira em uma favela “pacificada” na região central do Rio de Janeiro.
Roberto Bardella e um amigo percorriam em motos a região de Santa
Tereza, quando entraram em uma área dominada por bandidos no Morro dos Prazeres
e foram atacados a tiros.Bardella morreu na hora. O outro turista, Rino Polato, chegou a ser capturado pelos marginais, mas foi liberado em estado de choque. Após o assassinato do italiano, o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) faz uma operação na favela.
MEU
COMENTÁRIO
Mais
uma vítima a ser contabilizada em razão do blefe das UPPs. A questão que se
desdobra é a seguinte: até que ponto a propaganda enganosa veiculada durante os
anos que se antecederam à Copa do Mundo e às Olimpíadas responde por fatos
assim?... Porque é certo que essa vítima (dentre muitas) efetivamente acreditou que
as UPPs afastaram o perigo nas favelas onde foram instaladas, embora também sejam muitas as mortes de PMs,
de bandidos e de moradores inocentes contabilizadas nesses locais que ainda
necessitam até de BOPE para trazê-los à realidade de que não há pacificação de
nada e coisa nenhuma.
Desta
vez a vítima não foi um PM, mas um turista italiano, incauto, que foi direto à
morte quando tentava complementar sua aventura ingressando numa comunidade
“pacificada”, ou seja, “sem risco”. Vamos ver o desdobramento de mais essa
grave consequência que se integra ao acervo de Sérgio Cabral Filho e de José Mariano
Beltrame, estes, que bagunçaram a doutrina operacional da PMERJ ao massificar
enorme efetivo de PMs em 40 favelas ou complexos favelados (ignorando outras
milhares de favelas e todo o resto do RJ), razão pela qual foram afagados pela
grande mídia interessada nos bilionários lucros dos supracitados eventos
desportivos.
Só
que esse expressivo efetivo concentrado, que permanece ainda a sustentar o
engodo das UPPs, decerto está fazendo falta em outros lugares do RJ, desde que
respeitado o princípio básico do policiamento ostensivo fardado e fracionado no
seu máximo para ocupar de modo “globalístico” (o todo maior que a soma das
partes) o ambiente a ser policiado. Chama-se isto máxima frequência do
patrulhamento, que, em vista de sua máxima mobilidade, funciona a inibir a
oportunidade de os bandidos cometerem seus crimes. Pois, afinal, e no sentido
inverso, tudo é como diz mais ou menos o ditado: “Quando alguém percebe que
pode cometer crimes impunemente, comete-os.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário