“O mundo está perigoso para se
viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e
fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
19 out 2016 – Extra - Carolina Heringer carolina.heringer@extra.inf.br
RACHA DE FACÇÕES DEVERÁ
DEFLAGRAR GUERRA NO RIO
Briga entre maiores facções do Rio e São Paulo
acende alerta para confrontos
Maior
quadrilha de São Paulo aliou-se à rival da maior quadrilha do Rio. Autoridades
já não escondem apreensão
DIVULGAÇÃO/ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA DE SP
Aliança
entre os dois maiores bandos de criminosos do país vigorava desde 2002, quando
até um estatuto foi redigido Secretário de Administração Penitenciária de São
Paulo fala abertamente: ‘A harmonia acabou. A guerra vem aí’
Mortes e
rebeliões já começam a ocorrer em presídios de todo o país, após o fim do
pacto. O rompimento entre as duas maiores facções criminosas do Rio e de São
Paulo pode deflagar uma guerra por territórios em terras fluminenses. Após a
cisão, os paulistas aliaram-se a uma das quadrilhas rivais ao grupo carioca.
Fontes da área de segurança ouvidas pelo EXTRA apontam que a iminência de
confrontos preocupa as autoridades do Rio.
O temor é
de que o grupo de São Paulo auxilie com armas e dinheiro os novos comparsas nas
disputas com as outras facções, principalmente a antiga aliada dos paulistas.
Acreditase ainda que haverá apoio para a prática de outros crimes,
principalmente os roubos.
— O
pessoal de São Paulo atua não só no tráfico, mas também nos crimes contra o
patrimônio. A facção à qual eles se aliaram também atua muito nessa área. Com a
facção antiga, o acordo ficava mais na questão financeira — explicou um
policial civil.
A aliança
entre os maiores grupos do Rio e São Paulo existia desde 2002, quando
elaboraram um estatuto juntos. O maior interesse do grupo paulista sempre foi
no fornecimento de drogas e armas para os cariocas e todo o país.
— A
facção de São Paulo é considerada uma grande empresa, com interesse total
voltado para o lucro. O grupo do Rio que se aliou a eles terá preços de drogas
extremamente competitivos e por isso a tendência é que haja grande briga pelo
mercado de entorpecentes — analisa um inspetor penitenciário.
Desde o
último fim de semana, cerca de cem presos da facção paulista que estão no Rio
pediram transferência para unidades prisionais destinada a detentos da
quadrilha à qual se associaram.
— Com a
transferência, não resta dúvidas da aliança. As negociações ocorreram em
presídio federal, onde estão os principais chefes — diz o inspetor.
MEU COMENTÁRIO
Não há nada que esteja tão ruim que não possa piorar. É o que retrata a
notícia, cujas consequências são imprevisíveis e podem levar o país a uma
situação de desordem interna a exigir ações de defesa interna para a manutenção
e/ou restauração da lei e da ordem especificadas no caput do Art. 142 da CRFB,
demandando a necessidade de decretação do estado de defesa, no mínimo, ou do
estado de sítio, se o problema alastrar-se Brasil afora. Porque é inegável que
o rompimento entre essas duas facções deve ter decorrido de desacertos na
divisão dos bilionários lucros do narcotráfico e do contrabando de armas para
sustento das facções. Também é negável que essas facções desde muito tempo
ocupam todo o território pátrio, formando um submundo de tamanho surpreendente
e de crueldade que se equipara aos tempos das barbáries. E pega de surpresa o
sistema situacional estatal, carcomido, desunido, despreparado, desarmado, e
ameaçado por um proselitismo de esquerda falseador dos reais direitos humanos,
que se deveriam nortear pelos valores sadios da cidadania individual e
familiar. Em contrário, porém, o que vemos é a depravação tratada como cultura
por jovens iludidos por ideologias gramscianas encaminhadas para a implantação
do socialismo no Brasil. Juntando tudo isto numa só receita, eis o país se
enfiando no caldeirão inferno, com consequências que tendem a ser nefastas.
Por esta hora, creio, os militares federais devem estar de cabelos em
pé. O quadro caótico que se avizinha, aliás, foi por mim profetizado num
romance publicado no ano de 2000 (OPERAÇÃO ARABESCO – O TRÁFICO NO ASFALTO). É
só conferir no meu site (www.emirlarangeira.com.br),
onde o texto na sua íntegra está disponível para impressão e leitura, já que a
edição está esgotada. Quem buscar a leitura poderá cotejá-la com a realidade
presente, sendo certo que não sou profeta, oráculo ou adivinho, apenas
vislumbrei prospectivamente o momento presente e concebi um futuro que poderá
ter apenas duas vias: ou uma efetiva reação estatal envolvendo todas as
autoridades dos três poderes do país, civis e militares, ou os brasileiros se
enfiarão num caos jamais visto no Cone Sul, tornando todos os problemas
criminais conhecidos um mero beliscão, uma simples picada de inseto sem grandes
consequências. Pois a tragédia que se avizinha explodirá nos presídios do país
e ressoará nas ruas e logradouros, inviabilizando o trabalho da polícia que já
se encontra quase que em situação de anormalidade mesmo sem se considerar o anunciado
racha entre o PCC e o CV. Quem viver verá...
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