EMBOSCADA (MAIS UMA) DE TRAFICANTES
EM ANDARAÍ
“O mundo está perigoso para se viver!
Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de
conta de que não viram.” (Albert Einstein)
“7 jul 2015 Extra
Um PM
morre, e outro é baleado na UPP Andaraí
Soldado fazia patrulhamento de rotina quando foi
atingido na cabeça por traficantes
Alex Amancio tinha 34 anos.
Um policial morreu, no início da noite de ontem,
durante um tiroteio com traficantes no Morro do Andaraí, situado no bairro de
mesmo nome, na Zona Norte. O soldado Alex Amancio Ferreira, de 34 anos, foi
baleado na cabeça na localidade conhecida como Cruzeiro, pouco antes das 19h,
quando se preparava para deixar o trabalho. Alex é o 27º policial militar morto
este ano, entre homens em serviço ou de folga.
O soldado chegou a ser levado para o Hospital
federal do Andaraí, póximo ao morro, mas acabou não resistindo aos ferimentos.
O confronto deixou ainda um outro PM ferido.
Atingido por estilhaços no rosto, o segundo
policial, identificado apenas como soldado Barbosa, passou por cirurgia na
mesma unidade de saúde.
A equipe foi surpreendida pelos traficantes
enquanto fazia um patrulhamento de rotina. De acordo com a Coordenadoria de
Polícia Pacificadora (CPP), o policiamento na região foi reforçado. O Batalhão
de Operação Especiais (Bope) também dirigiu-se à comunidade. Contudo, apesar
das buscas por suspeitos, ninguém havia sido preso até o fim da noite.
Em um perfil de Alex numa rede social, vários
amigos prestaram suas últimas homenagens ao soldado. “Mais um amigo se foi no
cumprimento do dever”, escreveu um colega de farda. “Homem honrado, honesto, um
dos melhores com quem já trabalhei”, contou outro.”
Jornal O GLOBO
PM de UPP morre durante ação no Morro do Andaraí
Outro policial ficou ferido em confronto com bandidos. Patrulhamento foi reforçado na região
Um policial militar da UPP Andaraí, na Zona Norte, morreu após ser baleado durante um confronto na comunidade. O tiroteio aconteceu por volta das 19h de ontem, quando uma equipe da UPP foi surpreendida por criminosos armados na localidade conhecida como Cruzeiro. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), outro PM também foi baleado na ação. Os dois foram socorridos no Hospital Federal do Andaraí, mas um deles não resistiu aos ferimentos. A identificação dos agentes não foi divulgada. Até a noite de ontem, não havia informações sobre o estado de saúde do outro policial. Após o confronto, o policiamento no local foi reforçado por homens da UPP Borel. Os agentes fizeram buscas na região, mas ninguém foi preso.
No último domingo, um policial lotado na UPP Fazendinha, no Complexo do Alemão, foi atingido durante tiroteio com criminosos. A bala ficou alojada no colete do PM, evitando que ele se ferisse gravemente. O comando das UPPs também não divulgou a identificação do agente. O confronto foi registrado no fim da noite e assustou moradores. A informação da troca de tiros no local chegou pelo WhatsApp do GLOBO (99999-9110). Segundo um leitor, que não se identificou, era possível ouvir o tiroteio até do Cachambi.
Também no domingo, outro fogo cruzado deixou moradores preocupados. Por volta das 8h, policiais militares que faziam o patrulhamento no Largo do Bulufa, também no Complexo do Alemão, foram alvos de ataque de bandidos. Houve troca de tiros, mas os bandidos conseguiram fugir. Na ocasião, não houve informações de feridos ou presos. Após os tiroteios, policiais de outras Unidades de Polícia Pacificadoras do conjunto de favelas ajudaram a reforçar o patrulhamento no local.
MEU COMENTÁRIO
Sei que morte e ferimento de PM em UPP não é mais
notícia para o grande e indiferente público. Ainda hoje ou amanhã o PM será
sepultado e outro ocupará o seu lugar, esperando que o outro PM, ferido, se
recupere e torne à insana luta contra o tráfico em situação de inferioridade
material e quiçá moral, já que o mais forte argumento para manter esses jovens
em UPPs é o “chicote disciplinar”, este, que não faz barulho extramuros, mas
ressoa como trovão internamente.
Não sei mais quantos PMs masculinos e femininos
morreram por conta da loucura em que se transformou o programa das UPPs, não
por sua qualidade como tropa de ocupação, mas pela celeridade em sua
implantação, gerando desproporcionalidade numérica ante o poderio adverso do
tráfico, fator que passa por desrespeito às técnicas da seletividade do uso da
força, isto no mínimo.
Confesso que estou ficando sem discurso. Peço aos
leitores que me ajudem em seus comentários buscando outras vertentes de
reclamação. Pois sei que as minhas estão cansativas, lamentar morte de PM em
UPP é lugar tão comum que muita gente não mais se interessa, quase nem sai nos
jornais a não ser em rápidas notícias como esta do Jornal Extra. É possível que
tenha saído no Jornal O DIA, mas nem perderei tempo relendo a mesma coisa.
Fica então aqui o registro de mais esta perda
lamentável de um jovem contando apenas 34 anos. Sei que não é fácil para um
comandante perder um soldado. É duro! Sei que a tropa sofre ainda mais porque
também se obriga a amargar esse travo na boca para não ser chicoteada. Minhas
condolências à família do PM Alex, aos seus amigos civis e aos seus companheiros
da PMERJ.
É o que basta!
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