segunda-feira, 20 de maio de 2013

Tocando a boiama pátria...


“Fonte da notícia: G1 O PORTAL DE NOTÍCIAS DA GLOBO

 Em 20 de maio de 2013


Autor de boato sobre Bolsa Família é 'desumano' e 'criminoso', diz Dilma

Beneficiários correram às lotéricas no final de semana devido à informação.
Segundo a presidente, boato 'leva intranquilidade às famílias mais pobres'.

 


A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (20), em Ipojuca (PE), que o autor do boato de que o programa Bolsa Família iria acabar é "desumano" e "criminoso".

 
Informações sobre o fim do pagamento do benefício geraram tumulto no final de semana em estados do Nordeste, como Alagoas, Paraíba, Ceará e Maranhão. Nesses locais, beneficiários correram às lotéricas após o boato de que o recebimento de valores do programa só seria feito até este sábado.

"É algo absurdamente desumano o autor desse boato. Por isso, além de desumano, ele é criminoso. Por isso, nós colocamos a Polícia Federal para descobrir a origem de um boato que tinha por objetivo levar a intranquilidade aos milhões de brasileiros que nos últimos dez anos estão saindo da pobreza extrema", afirmou Dilma em discurso na cerimônia que marcou a viagem inaugural do petroleiro Zumbi dos Palmares, em Ipojuca.

Antes, pelo Twitter, a ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, havia afirmado que o boato "deve ser da central de notícias da oposição”. O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), pediu explicações à ministra sobre a frase.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou à Polícia Federal a investigação da origem do boato.

No discurso, a presidente disse que não abre mão de compromissos com o Bolsa Família e com a construção nacional de navios.

"O compromisso do meu governo com o Bolsa Família é forte profundo e definitivo. Nós não abriremos mão do Bolsa Familia, assim como não abriremos mão do nosso compromisso com o conteúdo nacional para a indústria naval", declarou.

Segundo Dilma, o dinheiro do Bolsa Família é "sagrado". "Enquanto for necessário e tiver algum brasileiro vivendo abaixo da linha da pobreza, iremos buscar esse brasileiro e garantir a ele esse direito de cidadania que é viver com o mínimo de dignidade em nosso país", afirmou.

 

(...)

 

Ministra associa boatos sobre o fim do Bolsa Família à oposição

Para Rosário, boatos devem 'ser da central de notícias da oposição'.
Rumores sobre a suspensão do pagamento levaram milhares às agências.

Do G1, em Brasília

A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, afirmou nesta segunda-feira (20) que os boatos sobre o fim do Bolsa Família devem ser “da central de notícias da oposição”. Líderes de oposição ao governo afirmaram ao G1 que desconhecem a origem dos falsos boatos sobre a suspensão do programa no último fim de semana. A origem dos falsos boatos ainda é desconhecida, e o governo pediu que a Polícia Federal investigue o caso.
“Boatos sobre fim do bolsa família deve ser da central de notícias da oposição. Revela posição ou desejo de quem nunca valorizou a política”, disse a ministra em sua conta no microblog Twitter.
Rumores sobre a suspensão de pagamentos do Bolsa Família e também de um inexistente bônus pelo Dia das Mães, que deveria ser sacado até sábado (18), fizeram milhares de beneficiários procurar agências bancárias. Foram registradas longas filas e tumultos em diversos pontos de saque, principalmente em cidades do Nordeste e do Norte.
Já o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), afirmou que o governo precisa investigar o caso, mas que será difícil encontrar a origem da informação falsa. “Seguramente, não é nenhuma central de boatos com o objetivo de surtir algum efeito. É um boato que correu, esparramou, assim, como às vezes há boatos de que o mundo pode acabar”, declarou.

No final da manhã, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), anunciou que irá apresentar pedido de convocação da ministra Maria do Rosário para dar explicações por atribuir o boato à oposição.

Diante da repercussão, a ministra voltou a se manifestar no início da tarde sobre o assunto no Twitter. "Gente,sobre tweet hj pela manhã, quero dizer que não tenho nenhuma indicação formal da origem de boatos. Singela opinião. Ñ quero politizar", escreveu. "O importante é que todos os esclarecimentos estão sendo realizados. Escrevi bem cedinho e nem imaginei tal repercussão... Encerro o assunto", postou em seguida.

Normalidade

A Caixa Econômica Federal informou que os saques do programa Bolsa Família, permitidos excepcionalmente no fim de semana, voltam a obedecer ao calendário normal a partir desta segunda-feira (20). O vice-presidente de Habitação do banco, José Urbano Duarte, disse que a retirada do benefício fora do cronograma foi liberada por conta dos boatos em relação ao programa, que se espalharam por pelo menos 12 estados.

‘Em função do boato, o que fizemos no fim de semana foi criar uma alternativa para que todo mundo que estivesse nas agências pudesse receber, independente do calendário. Mas isso foi válido apenas para o fim de semana em função daquele boato’, esclareceu Urbano Duarte.

 
20/05/2013 18h39 - Atualizado em 20/05/2013 18h51

PF instaura inquérito para apurar boatos sobre fim do Bolsa Família

Rumores sobre suspensão do programa levaram milhares às lotéricas.

Polícia vai iniciar investigação ouvindo beneficiários no Nordeste.


Do G1, em Brasília

A Polícia Federal instaurou inquérito nesta segunda-feira (20) para apurar boatos sobre a suspensão do Bolsa Família.  Em Pernambuco, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o autor do boato é "desumano" e "criminoso".

Rumores sobre a interrupção de pagamentos do programa e também de um inexistente bônus pelo Dia das Mães, que deveria ser sacado até sábado (18),  geraram tumulto no final de semana em estados do Nordeste, como Alagoas, Paraíba, Ceará e Maranhão.

Nesses locais, beneficiários correram às lotéricas após o boato de que o recebimento de valores do programa só seria feito até este sábado. Foram registradas longas filas e tumultos em diversos pontos de saque, principalmente em cidades do Nordeste e do Norte.

No domingo, o ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, havia solicitado a investigação. O inquérito foi instaurado na superintendência da PF no Distrito Federal. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a investigação vai começar com depoimentos de beneficiários que realizaram os saques no Nordeste.

Em nota, o Ministério da Justiça disse que a PF já está investigando os fatos, que poderiam envolver "diferentes crimes". "A determinação foi para que a apuração seja rigorosa  a fim de que se possa tomar com rapidez as medidas criminais cabíveis contra todos os envolvidos na origem e na divulgação destes boatos", diz o comunicado.


Meu ponto de vista: Tocando a boiama pátria...

“A estabilidade monetária está ameaçada. As bolsas (sociais) se eternizando, e isso é sinônimo de seu fracasso. Está se esgotando o crescimento da economia. É o pilar da democracia sendo corroído.” (Cristovam Buarque – Senador – PDT/DF). Fonte: Jornal O GLOBO – Frases da Semana – 19 mai 2013.

 A Teoria Geral da Administração (TGA), como sistema aberto, se permite abraçar muitas ciências, incluindo-se as do comportamento humano. No campo mais restrito do Desenvolvimento Organizacional, a TGA enfoca a questão da mudança nas organizações por dois caminhos: Mudança Evolucionária e Mudança Revolucionária.  São, entretanto, conceitos amplos e aplicáveis à sociedade como um todo, pois é certo que antes de se tornarem restritos aos interesses das Organizações Sociais (Empresas) eles são funcionalmente abrangentes.
No primeiro caso (Mudança Evolucionária), encaixa-se a ação endereçada ao ser humano como ente social sempre apto a ser individualmente influenciado por novos anseios e valores para impeli-los à adoção de novas atitudes e novos comportamentos. Escudado na Psicologia Social, podemos também afirmar que no ser humano a atitude não é passível de ser observada. Se não houver comportamento, a atitude que o fundamenta jamais será conhecida. Já o comportamento é sempre observável, embora muita vez ele possa ser imperceptível, indo desde um discretíssimo piscar de olhos à máxima visibilidade do seu efeito. Esse efeito (comportamento), por seu lado, pode ser saudável ou trágico, dependendo da atitude que os gerou.
Alargo neste ponto o raciocínio para afirmar haver muitas formas sub-reptícias de influenciar o comportamento humano, tornando-o inclusive um ato esperado. Porque não há como separar o homem da vida social à qual ele se integra voluntária ou involuntariamente. No fim de contas, o homem é um ser social por excelência, e nesse contexto ele interage com o outro desde que nasce e segue vida afora: errando ou acertando em seus pensamentos e ações. Mas é indiscutível a certeza de que o homem erra ou acerta em virtude de alguma atitude precedente. Portanto, quando o comportamento humano se concretiza, sabe-se que se trata de efeito decorrente de atitude. Com efeito, não é simples ao ser humano viver sem receber influências e sem tentar influenciar alguém no seu dia a dia. Também está ele sujeito a riscos despertando seus instintos mais primitivos, até que a morte faça tudo cessar.
Deixando de lado as reações instintivas e ampliando o foco à coletividade, não é demais assegurar que ela igualmente recebe influências a ponto de cegá-la e levá-la à violência extrema, o que costumamos designar como turbamulta. Esta geralmente parte da ideia mais branda de multidão, ou seja, da união de pessoas agindo conforme objetivos comuns, como, por exemplo, duas torcidas adversárias num estádio em dia de jogo. Ambas, todavia, diferem da aglomeração, que é a reunião aleatória de pessoas sem objetivos comuns que as façam interagir coletivamente (ex.: transeuntes dispersos em vias públicas). Enfim, três situações de coletividade: aglomeração – vida comum – ordem pública natural; multidão – pensamento comum – ordem pública em alerta, formalizada por policiamento concentrado; turbamulta – reação coletiva de natureza violenta – desordem a demandar ação de força do policiamento no sentido de restaurá-la.
Na primeira situação (aglomeração), não significa que de súbito, – por uma situação inesperada, – ela também não se possa tornar multidão e descambe à turbamulta. Exemplo desse fenômeno social ocorreu no centro Rio de Janeiro: passageiros nas filas de ônibus, em horário de rush, tomaram conhecimento de inusitado aumento das tarifas. No mesmo instante a notícia propagou-se como incêndio em mato seco; a aglomeração então se tornou multidão enfurecida, logo descambando para uma turbamulta a promover violentíssimo quebra-quebra, um verdadeiro pandemônio. Nas últimas situações (multidão e turbamulta), há de se considerar distintas modalidades de intervenção policial. No caso das multidões, onde às vezes é possível trabalhar com hipótese de atitude tendente ao acirramento do ânimo coletivo, o policiamento deve ser suficiente para impedir que elas se tornem turbamultas. Temos neste caso a típica polícia de manutenção da ordem pública em ação, isto quando existe tempo de perceber a movimentação do povo contagiado pela revolta. No caso da turbamulta, há necessidade de intervenção policial num tal regime de força que possa restaurar a ordem pública momentaneamente tornada desordem.
Sim, a intensidade da reação policial dependerá primeiramente da percepção de alguma atitude coletiva, o que nem sempre é possível. Um bom exemplo de percepção (proativa) seria o mesmo estádio de futebol e as esperadas brigas entre torcidas rivais como possibilidade de impor ações enérgicas do policiamento, este que deve estar em condições instrumentais para tal escopo. Porque, no caso, não se há de pôr dúvida de que a atitude das torcidas, mesmo não observadas, sugere a possibilidade de entrechoques entre alguns torcedores ou entre todos os torcedores. Mas se nada acontecer entre as torcidas, e não houver nenhum policial insatisfeito ou policiando grupo humano contrário ao seu time do coração, ao fim do jogo cada qual partirá ao seu lar sem grandes consequências. Enfim, enquanto não houver ação não haverá de haver reação. Por outro lado, dependendo das influências precedentes aguçando a rivalidade entre as torcidas, e da parte de ambas uma inevitável hostilidade à polícia, é de se esperar que ocorra algum incidente até mesmo grave. Contudo, e mais uma vez, só a ação será capaz de provocar reação.
Na Mudança Revolucionária, por sua vez, os mecanismos de influência são geralmente impactantes, embora possam se iniciar desapressadamente. Mas, via de regra, esses mecanismos também podem ser inflamados por meio de eloquente discurso ou de uma lei a impor medidas geradoras de insatisfação e revolta no seio da coletividade. Infelizmente, devemos considerar na coletividade a tendência ao “comportamento de rebanho” nietzschiano. E se falamos de “rebanho”, estamos a lembrar a boiama, e não podemos descartar seu “estouro” por qualquer motivo ou por nenhum motivo. Por exemplo, determinados partidos políticos jogam bastante com as técnicas de manipulação individual e coletiva, assim como determinadas seitas o fazem. Nos dois casos, e em muitos outros, como uma bem articulada “central de boatos” (como no exemplo presente da corrida humana aos bancos em vista de boatos focando a extinção do programa estatal “Bolsa Família”). Enfim, basta haver uma liderança forte, uma ideia-força e um veículo de difusão que empolgue os indivíduos e conseguintemente inflame a coletividade. Temos aí a Mudança Revolucionária, e eis um exemplo histórico: a Revolução Francesa, que depois de fomentada no campo ideológico se materializou e se tornou “Terror”...
Tudo que aqui exponho tem por escopo também aguçar a reflexão do leitor para a tendência coletiva ao culto à personalidade, como se vê na Cuba de Fidel Castro, que se viu na Alemanha de Adolf Hitler, na China de Mao e na Rússia de Joseph Stalin; ou que se vê na Coréia do Norte de Kim Jong-un, na Venezuela de Hugo Chávez e Nicólas Maduro, na Argentina de Cristina Kirchner, e no Brasil de Lula, que hoje se faz representar por discípula eficiente na manutenção da prática populista-socialista-marxista dissimulada em “democracia”. Também tento aguçar o leitor para a perfeita sintonia entre os membros do PT no atual governo, e também para a circunflexão de outros partidos ocupantes de ministérios, mas de ministros tão calados que parecem inexistir. Aliás, mais que culto à personalidade apelam esses altos dirigentes para a demonização dos que lhes são contrários, ontem e hoje, de tal modo que a oposição se demonstra incapaz de vencer a impermeável “opinião pública” tendente a defender teses que desconhece apenas em troca de um prato de comida. Enfim, vejo povo brasileiro, – de maioria ignara ou desinformada, ou convenientemente manipulada, – vejo o povo brasileiro como refém de um populismo socialista tendente a se manter no poder a qualquer preço capitalista – uma contradição.
E vejo o alarde da mídia comprada a peso de ouro ou amedrontada ao modo portenho. Essa mídia está sempre pronta a defender o sistema político atualmente no poder e pronta para atacar ou ignorar seus contrários. Enquanto isso, a mídia que não se vende sucumbe diante das pressões de toda ordem, não chegando nem mesmo a incomodar o sistema situacional socialista, que vai em frente sem pejo, sem entrave, e impulsionado por uma dinheirama capitalista incalculável. Esta dinheirama transformada em migalhas (“bolsas sociais”) é que vem sustentando o poder reinante, e parece que assim permanecerá por gerações, a não ser que haja alguma alteração de rumo como a insinuada pelo ilustre Senador Cristovam Buarque. Mas se enganam os que pensam que os poderosos petistas e seus adesistas não intentem uma revolução popular para acelerar a implantação do socialismo stalinista no Brasil, interesse hoje nem tanto dissimulado que não possa ser visto até no escuro.
Outro exemplo de manipulação no sentido de mudar atitudes para ajustar comportamento a interesses inconfessos é a propaganda do Superior Tribunal Eleitoral (STE) em defesa do voto obrigatório, excrescência dissimulada em “direito”. De modo singelo, e em impressionante caradura, surge na telinha um simpático idoso (ator) pondo como um “direito” a necessidade de o cidadão brasileiro ajustar-se a cobranças eleitorais vinculadas à atualização do seu Título de Eleitor e ao seu comparecimento às urnas nas eleições vindouras. Depois de “sacralizar” a obrigatoriedade dessas ações, surge uma moça (atriz) afirmando que com suas obrigações eleitorais em dia o eleitor conquistará igual “direito” de fazer isso ou aquilo, de modo que é fácil perceber que se ele não cumprir com suas obrigações não se poderá situar como cidadão livre e desimpedido para exercer seus direitos em plenitude. Pior é que, como gado enfileirado em atitude coletiva devidamente plantada em suas mentes desavisadas, o povo atende à propaganda, assim garantindo o comportamento desejado. Enfim, o exemplo de manipulação (de abrangência individual e coletiva) cobre simultaneamente as mudanças enfocadas: atende à mudança de atitude (Mudança Evolucionária) por mera indução ao “comportamento de rebanho”, mas também exige por meio de leis ameaçadoras, um imediato comportamento coletivo que interessa a quem manda mais (Mudança Revolucionária). Eis como caminha o Brasil para a escuridão abissal: a passos lentos e/ou concomitantemente rápidos... E para quem acha que exagero ou que estou atacado por romantismo, visitem a realidade nacional posta no site: http://www.alertatotal.net/

 

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