sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Ó TIRAS E MILITARES ESTADUAIS DA ARRAIA-MIÚDA, ESTE É O ANO EM QUE O MUNDO VAI ACABAR!... APROVEITEMOS ENTÃO O QUE DELE NOS RESTA!



Uma "crimideia" minha...

Como o mundo vai acabar em 2012, e já estamos neste estádio do tempo, a bronca é livre, ninguém deve se preocupar com mais nada a não ser viver e morrer prazerosamente na anarquia ampla, geral e irrestrita. Uma boa sugestão é seguir os passos do “Grande Irmão” e se mandar a Paris com cheques à frente, que obviamente não serão pagos: defunto não paga nada, e os cheques vencerão junto com o vencimento da dívida com a Dona Morte, que já afia criteriosamente a foice; afinal, serão bilhões de cabeças a serem cortadas no “Dia D” apocalíptico. Vamos então passear e farrear, sim, mas não como ele, o nosso “Grande Irmão”, claro, pois ele deve ter ido “a trabalho” vivenciar as novidades parisienses com todas as despesas pagas pelo erário, e uma delas, imperdível, é assistir ao desfile de Escolas de Samba do Primeiro Grupo da Cidade Luz, para tentar fazer igual por aqui em fevereiro, algo mui difícil, posto francês sambar melhor que sambista brasileiro. Outra razão da viagem, como é de domínio público, é passear de bicicleta pelas ruas de Paris, meio de transporte, aliás, acessível aos policiais civis e militares e aos bombeiros militares tupiniquins, desde que a adquiram em suaves prestações e ponham os filhos a estudar nos colégios públicos de altíssima qualidade em vista dos elevados salários dos professores, que “nadam em dinheiro”. Ih, cometi um engano, não é “nadam em dinheiro”, é nada de dinheiro...
Que PCs, PMs e BMs (gravo em suas cores predominantes) reajam de baixo para cima em união! Servirão de exemplo aos briguentos de alto talante, que ganham bem, e, como ganham bem, dispensam o dinheiro e disputam o poder pelo poder usando as leis ou a falta delas para assustar os de baixo, tais como faziam os membros da “Polícia das Ideias” da “Oceânia” de Orwell. Tudo bem! Afinal, o “Grande Irmão” viaja para a “Eurásia”, e de lá chegará soltando fogo pelas ventas como um dragão ofendido, pensando atacar aqui a inimiga “Lestásia”, esta, com seus exércitos de famélicos tentando promover o amor pela guerra, embora mal se aprumem de pé, dada a fome generalizada e os parasitos contaminando o bucho da tropa toda, que bebe água de poço onde acampa esperando o Grande Momento, os “Dois Minutos de Ódio” e o delírio coletivo contra o “Grande Irmão Opressor” no inevitável Fim do Mundo, momento em que não mais ninguém necessitará de dinheiro, pois nada haverá para comprar, nem caixão de luxo ou vai-volta: não haverá vendedor vivo e muito menos comprador, mortos não negociam absolutamente nada.
Mas os “Dois Minutos de Ódio” emergem como inevitáveis. A massa oprimida parece finalmente se unir para reagir às mentiras históricas anunciadas pelo “Ministério da Verdade”. Entra em transe e poderá aumentar aos milhões mais rapidamente que os meninos do cancioneiro Roberto Carlos. Sim, serão também milhões, antes que desapareçam ou “sejam desparecidos” pela pulverização das armas inimigas: as dos “exércitos eurasianos”, bem alimentados, treinados e dispostos, demais de curiosamente treinados no mesmo teatro de horrores do “pede pra sair!” e das “formações em cunha, linha e escalões à esquerda ou à direita”, que ganham bem, estão satisfeitos da vida e sem preocupação com morte ou Fim do Mundo; sim, estão embotados, em processo de auto-hipnose a garantir subserviência e ação contra os “inimigos lestasianos”, embora sejam todos frutos da mesma árvore da vida, e juntos apodrecerão na morte, pois o Fim do Mundo é garantia de que tudo terminará em comoriência até para aqueles que se acham semideuses e deuses, mas que não passam de carne a apodrecer na velocidade da carcaça do mendigo, que é coberta por chã de fora, a pior de todas as carnes, a mais dura e fedorenta, fede antes de morrer. Mas a outra, a carne chique, igualmente cheia de cadaverina e putrefatina, fenece tão rapidamente que ninguém lhe suporta o fedor mesmo com muitos banhos de perfume parisiense sobre ela. Ah, vamos à luta, o Fim do Mundo não tarda! E, mesmo que venha a Dona Morte nos ceifar, vamos lutar antes e morrer bravamente. Deixemos a foice para eles! E, depois do corte, que suas almas penadas sejam agraciadas com o Fogo do Inferno!

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