sábado, 21 de janeiro de 2012

O ESTADO DE GREVE DA POLÍCIA CIVIL E DOS MILITARES ESTADUAIS NO RJ

ALERTA URGENTE: A Segurança Pública do Brasil vai parar






Postado por Chê_ga de corrupção em 20 janeiro 2012 às 9:43






Uma das soluções apontadas pelos especialistas para realizar gastos públicos mais eficientes com a área seria unificar as polícias Civil e Militar. De acordo com Mingardi, o fato de o país ter duas corporações distintas, sob a tutela dos governos estaduais, “duplica os custos com pessoal e com infraestrutura”. Entretanto, a proposta não encontra apoio nem mesmo dentro das corporações, cuja rixa histórica não é segredo. – A unificação lenta das polícias diminuiria custos e aumentaria a eficiência. Mas ninguém quer falar nisso, inclusive as próprias polícias são contra. A rixa é muito grande e cada um dos dois lados tem medo de ser engolido pelo outro. Se a unificação ainda não é vista como uma alternativa, uma saída seria diminuir a hierarquia dentro das corporações, ou mesmo repensar no que cada uma poderia ajudar à outra, observa Lima. – Deveríamos pensar em como organizar as polícias de uma forma mais racional, sem grandes conflitos de competência entre Polícia Civil e Polícia Militar e Polícia Federal. E também pensar em como adotar novas tecnologias, para sair do binômio efetivo-viatura. Além disso, ressaltam, a questão salarial não é um problema apenas de quem está começando a trabalhar. Em grande parte dos Estados, falta um plano de carreiras e salários, ou seja, mesmo nos locais que pagam um piso salarial razoável, os policiais que estão há anos nas corporações veem seus salários aumentar muito pouco ao longo dos anos.

Colapso



Embora façam coro para destacar que a questão salarial não é o único problema do setor, os especialistas admitem que talvez ela seja a mais urgente. Para eles, a tentativa do governo federal e dos Estados de adiar a votação da PEC 300 pode se tornar um “tiro no pé”, visto o número de greves e protestos que têm ocorrido pelo país. Em recente artigo, Mingardi alertou para um risco iminente de “apagão” na área, a exemplo do que ocorreu no governo FHC, que sofreu com o apagão do setor de energia, e no governo Lula, quando o problema maior foi o setor aéreo. Em entrevista ao R7, ele reforçou que, caso o Executivo não dê pelo menos um “sinal” às polícias, o governo Dilma pode enfrentar, em breve, um “apagão da segurança pública”. – Se não houver uma satisfação para a polícia, você pode ter um apagão mais generalizado no ano que vem. Neste ano, nós tivemos vários focos de apagão, com greves e protestos. Mas se mostrarmos que a coisa está caminhando, é provável que no ano que vem a gente enfrente ma sequência de confrontos inédita.




O ESTADO DE GREVE DA POLÍCIA CIVIL E DOS MILITARES ESTADUAIS NO RJ

Liberdade! Liberdade! / Abre as asas sobre nós / E que a voz da igualdade / Seja sempre a nossa voz.”
(Samba Enredo 1989 - G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense)



As mobilizações e as greves sempre fizeram parte do cardápio esquerdista brasileiro. Assim eles alcançaram o poder nos diversos patamares (União, Estados e Municípios), passando pela Constituinte, momento em que se consagrou o direito de greve, porém dele excluindo os militares federais, que permanecem com suas manias castrenses anteriores. E sofrem com os maus-tratos desses esquerdistas que abraçam o direito de reivindicação e greve como propriedade deles, seguindo a tendência mundial dos movimentos populares apoiados pelos partidos comunistas e socialistas, como, aliás, ocorre no Brasil: só é “popular” o que é de esquerda.
No caso dos policiais civis federais e estaduais a mobilização e a greve se tornaram comuns no país, embora haja muita controvérsia a respeito. Mas sempre buscam os companheiros policiais civis em geral algumas saídas para superar os obstáculos (principalmente a aceitação popular em vista da essencialidade dos serviços de segurança) mediante “operações-padrão” ou mantendo equipes mínimas atendendo à população durante alguma mobilização ou estado de greve. Agora constatamos o avanço dos movimentos grevistas acionados pelos militares estaduais em muitos Estados Federados. E são curiosas as reações contrárias dos detentores do poder, muitos deles nesta situação exatamente porque, ativistas sindicais permanentes, e “de esquerda”, lideraram vários movimentos grevistas, tendo como máximo exemplo o ex-presidente e sindicalista histórico o senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Mas agora eles, os “de esquerda” ameaçam punir os grevistas fardados, demiti-los, destroçá-los etc.
O movimento dos militares estaduais, porém, ignora as ameaças crendo na sua força de mobilização, que despertou do “berço esplêndido”, levantou e saiu andando, e breve estará correndo à frente de suas reivindicações desde muito preconceituosamente negadas e malgrado as constantes ameaças fundadas num carcomido regime militar que tem servido somente para afagar, em homenagens, os esquerdistas ocupantes do poder político em solenidades que eles amam de montão; ou serve para retaliar os sofridos militares estaduais que para azar deles, e delas (“esquerdistas”), perderam o medo e decidiram lutar.
Os exemplos de maus-tratos em todo o Brasil poderiam ser resumidos no seu máximo à invasão do histórico Quartel-General do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro por tropas do BOPE e do Batalhão de Choque da PMERJ, cumprindo ordens esquerdistas com uma brutalidade jamais esperada por ninguém de bom senso. Inconcebível!... Havia lá mulheres e crianças, e todos sabem que a índole dos soldados do fogo é a de salvar vidas, muitas vezes oferecendo em troca sua própria vida. Não mereciam, portanto, ver seu principal quartel invadido em ação operativa, típica de Defesa Interna, promovida por tropas especiais da PMERJ melhor remuneradas que o grosso da tropa, embora com essas benesses quase sempre em atraso, o que demonstra não passar de logro da esquerda para ganhar tempo e dividir para enfraquecer, velha tática que tanto serve aos bons quanto aos maus propósitos.
Assistimos no Maranhão e em outros Estados-membros que as ameaças de coronéis alinhados a governos eventuais foram insuficientes para conter a tropa. E hoje encontramos exemplos bem-sucedidos de movimentos reivindicatórios de militares estaduais de Norte a Sul, de Leste a Oeste, demonstrando a mais e mais a capacidade de mobilização nacional da categoria, que ainda conta com o apoio da tiragem civil, e vice-versa, salutar união que tornará invencível o movimento grevista. De tal modo que ameaçar com retaliações daqui pra frente é malhar em ferro frio, tanto como ofender com palavrórios os militares estaduais não mais surtirá nenhum efeito além da correspondente devolução pública das ofensas daqueles que pensam mandar no mundo só porque venceram eleições e são “de esquerda”.
A PEC 300, mesmo descaradamente negada, representa um marco histórico porque comprova a capacidade de mobilização nacional dos militares estaduais e caracteriza, por outro lado, o desprezo das esquerdas ocupantes do poder central em relação aos legítimos anseios dos militares estaduais. Não percebem esses ferrenhos esquerdistas que estão lidando com 500.000 homens fardados e dispostos a não mais recuar em seus intentos por mais dignidade para si e seus familiares, a começar por receberem salários dignos. E mais outros 500.000 inativos e pensionistas igualmente engajados na luta que interessa a milhões de parentes diretos. Mas isto é pouco, há muitos direitos trabalhistas além do direito de greve que são negados aos militares estaduais somente porque eles têm na composição do vocábulo o substantivo “militar”, nem figurando o “policial”, sua atividade precípua.
Agora o RJ vai à luta agregado à tiragem da Polícia Civil; e não haverá comando formal capaz de travar o movimento com ameaças e até com ações retaliatórias endereçadas aos líderes do movimento. Serve o exemplo para os dirigentes das instituições envolvidas, que vivem em disputa pelo poder interno e por isso se submetem ao mando político em subserviência de dar nojo. Comportam-se como buropatas e não se unem aos seus comandados, dando a impressão de que não têm nada por que reclamar, com eles e elas está tudo bem, estão “em cima da onda”, ficam momentaneamente valentes e olvidam o futuro, que será de desprezo geral. Ah, que fiquem de fora! Antes sós que mal acompanhados! Mas todos serão bem-vindos se mudarem de posição e se abraçarem aos que por eles indiretamente reivindicam debaixo de impropérios governamentais e ameaças de retaliação dos buropatas. Daí o dia 29 de janeiro de 2012 tornar-se marca definitiva: mudará a história do Rio de Janeiro e quiçá a do país inteiro, pois aqui é o tão esperado tambor que ressoará Brasil afora levado pelos ventos contrários a rasgar velames, porém enfrentados e vencidos a remo em braçadas incansáveis e suores dignos. Que venha então o Carnaval representando a liberdade abrindo as asas sobre nós!...

Um comentário:

Paulo Xavier disse...

A trinta anos atrás era praticamente impossível se falar em greve dentro dos quartéis; hoje os tempos são outros, parece que houve uma evolução. O mundo também evoluiu, a relação capital x trabalho melhorou com mais diálogo e palavra chave negociação está na moda. Ao que tudo indica as palavras diálogo e negociação só aparecem no dicionário de alguns políticos nas vésperas das eleições, e nesse caso só resta uma alternativa: GREVE. Aliás não existe data mais apropriada que esta para se BOTAR O BLOCO NA RUA.