quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Assuntos diversos da política




O Jornal O Globo de hoje, 09/12/2010 (sou assinante) é um raro exemplar de pluralidade de opiniões e de instigante polêmica. E de liberdade de expressão! Por parte, comentarei sobre o ex-Governador Moreira Franco e a jocosidade da matéria noticiando sobre o cargo a ele ofertado (Secretaria de Assuntos Estratégicos – SAE) e aceito, ou seja, um cargo “sem orçamento”. Enfim o Moreira Franco, pelo que insinua a matéria, ao aceitar tal incumbência faz papel de bobo?... Não pode ele ser honesto e ocupar um cargo com outra preocupação que não seja a do interesse público e se conformar com o salário correspondente ao cargo? Ora, num país decente, Moreira Franco deveria ser exaltado por aceitar a incumbência, que, diga-se de caminho, ele esbanja formação intelectual e experiência para exercê-la condignamente. Essa cultura do “vício orçamentário” é tão tamanhona que a própria mídia acaba contagiada e admite nas entrelinhas que cargo bom é o que possui orçamento e estruturas que insinuem ganhos além da honestidade. Ou será que estou falhando na minha percepção?... Na verdade, está de parabéns Moreira franco. Espero que o seu desprendimento lhe propicie no futuro um exercício no melhor dos Ministérios, para o bem do RJ que ele eficientemente governou, demais de ter sido um revolucionário prefeito de Niterói, o primeiro a modernizar a “Cidade Sorriso” com inegável competência e probidade.



Tunico Pereira



Quanto ao artigo do maravilhoso ator Tunico Pereira (Regulados e realizáveis), ao comentar sobre a descriminalização do uso de drogas ele expressa sua opinião com a clarividência de um defensor das liberdades, tratando com a leveza de sua sinceridade um tema por demais controvertido. O debate sobre a descriminalização do uso de drogas foi aberto pelo Jornal O Globo e promete esquentar. Como o artigo é verticalmente maior que o meu scanner e eu ainda não domino totalmente a ferramenta, deixo de postar a íntegra do artigo, recomendando, porém, a sua leitura no jornal impresso ou on line.

Enfim, o terceiro artigo, também uma opinião, do sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP, Demétrio Magnoli, sob o título “Duas bandeiras no alto do morro”. Não vou comentar sobre o texto além de afirmar que concordo com alguns de seus muitos fragmentos e de outros discordo, especialmente quando ele fala de uma “polícia bandida” sem nominar que polícia é essa e que policiais são esses, deste modo generalizando a exceção. Seria mais ou menos afirmar que há muitos academicistas amantes das “palavras mortas”, como denuncia Tomazio Aguirre, e colocar sob suspeição a isenção que deve caracterizar as ciências sociais, cuja subjetividade permite ilações desconectadas da verdade. Sob esta ótica reducionista, eu poderia afirmar que há muitos sociólogos e geógrafos cheiradores de droga, maus exemplos familiares, e por aí vão inúmeras referências danosas, tornando regra a exceção. Aliás, essa tendência ideológica dos cientistas sociais pátrios é de lascar, de tal modo que a eles interessa danificar preferencialmente a polícia, como se fora ela a origem de todos os males que assolam a convivência humana neste país das desigualdades e do militar estadual posto na Carta Magna como cidadão pela metade, como garrafa meio cheia ou meio vazia, ambiguidade da qual o menor responsável é o policial, pois ele não apita nada na política. Só faz o que lhe mandam fazer e passa fome com a obrigação de ser honesto, como se a honestidade fosse regra no país dos mensalões e negociatas de bilhões nas trevas do poder político. Mas o policial, se ganhar ou tomar na pressão dez reais numa esquina, passa a ser o maior dos vilões. Como eu sublinhei no caso de Moreira Franco, ele foi tornado “perdedor” por aceitar planejar para execução por terceiros, ou seja, um tolo somente por admitir a possibilidade de ser honesto num cargo em que a desonestidade é limitadíssima ou impossível. Num país com essa cultura, nada demais o policial ser uma “esponja” a absorver todos os males escapulidos da caixa de Pandora. Arrenego!

2 comentários:

Anônimo disse...

Segundo o blog do Cel. Pául..o Bat-sinal paira sobre o Conjunto de favelas da Vila-Cruzeiro e do Complexo do Alemão. como todo sabemos o bat-sinal é o símbolo da milícia Liga da Justiça.

Reynoso Silva Cidadão Bombeiro... disse...

Eu lembro muito bem de como era a atuação do governo Moreira Franco, pelo menos nos bairros ao longo da Via Dutra, Vila Rosali,Grande Rio, nos municípios de São joão a Belforoxo, saneou toda aquela, área era só vala a ceu aberto,agua e esgoto, em fim a estrutura que foi a alavanca do desenvolvimento da baixada.
Esse é o meu testemunho e reconhecimento para um Grande gesto
Governador wellington Moreira Franco.