terça-feira, 11 de agosto de 2015

RIO EM GUERRA CXXIV


“O mundo está perigoso para se viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)


11 ago 2015

Extra



PM DEIXOU TROPA DE ELITE DE FORA DA OPERAÇÃO PLAYBOY
Chefe do Serviço de Inteligência acionou a Polícia Federal e não o Bope ou o Choque para capturar o traficante no Morro da Pedreira. Morte do criminoso desencadeia onda de boatos
Em vez do Bope ou do Choque, o chefe de Inteligência da PM, coronel Alberto Goulart, preferiu chamar a Polícia Federal para comandar a operação que culminou na morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy. Foi Goulart quem primeiro recebeu de um subordinado a informação sobre o paradeiro do criminoso, acusado de pagar propina a PMs em troca de liberdade. Apesar de a informação sobre a localização de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, ter sido recebida pela Polícia Militar, a tropa de elite da corporação foi excluída da operação para capturar o criminoso mais procurado do Rio. Participaram da ação apenas homens da Delegacia de Repressão à Entorpecente (DRE) da Polícia Federal e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.

FABIANO ROCHA

Na última segunda-feira, policiais do serviço reservado (P-2) do 12º BPM (Niterói) receberam três possíveis endereços no Complexo da Pedreira onde Playboy poderia estar. Além da residência onde o traficante vivia com a mulher e dois filhos e de uma casa que costumava frequentar, havia o informe sobre o número 40 da Rua Ayrton Senna. No local, mora uma adolescente de 14 anos que seria a mais nova namorada do traficante.

Todos os detalhes foram levados à Coordenadoria de Inteligência (CI) da PM. Em vez de repassar a informação ao Comando de Operações Especiais (COE) — que inclui o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão de Choque (BPChq) e o Batalhão de Ação com Cães (BAC) e foi criado justamente para ações em áreas conflagradas — o coordenador de inteligência da PM, coronel Alberto Goulart, entrou em contato diretamente com a Polícia Federal que, posteriormente, comunicou a Core. Na quinta-feira, as três forças planejaram a operação para chegar até o esconderijo do traficante na manhã de sábado.

Para despistar, comboios seguiram por diversas entradas. Um helicóptero da Civil sobrevoou a casa onde estava Playboy e acionou um dos blindados, com sete agentes da Core e três da PF. Quando chegaram ao local, houve tiroteio, quatro seguranças com fuzis faziam a escolta de Playboy. Houve confronto e, quando os agentes conseguiram entrar na casa, não havia ninguém no local: Playboy foi morto numa casa vizinha, na Travessa Escrava Anastácia, para onde fugiu.

Procurada, a PM afirmou que a decisão de deixar a tropa de elite de fora da operação que prendeu Playboy foi do coordenador de inteligência.

MEU COMENTÁRIO

Que me desculpem os articulistas, mas eles não deveriam estranhar a decisão do chefe de inteligência da PMERJ. Muito em contrário, ao repassar a informação para a polícia investigativa (PCERJ e PF), decerto pretendeu o coronel Alberto Goulart que as investigações criminais envolvendo o importante líder do tráfico não se limitassem ao seu aprisionamento pelo BOPE, o que lhe seria fácil, pois o BOPE é tropa treinada para ir muito além...

Esta prática do repasse de informações entre as instituições deveria ser estimulada, pois não se trata de disputa para ver quem tem a perna mais bonita, mas de colaboração entre polícias que possuem áreas de ação mais extensas e têm na investigação criminal maior profundidade e garantida capacidade de desdobramento.

Enfim, a PMERJ acertou na mosca desde a transferência da informação do comando do 12º BPM, Niterói, para a cúpula de inteligência da PMERJ. Enfim, é assim que deve ser o dia a dia das instituições policiais, cada qual no seu quadrado respeitando seus limites. Deste modo se devem unir as instituições em vista de objetivos comuns e maiores, e quem ganha é a sociedade.

Cá entre nós, o resto é chiadeira de amigos do bandido alegando execução para tentar tumultuar um assunto já resolvido: o bandido está debaixo de sete palmos por demérito e audácia dele mesmo. Na verdade, ele acabou contribuindo com as exauridas algibeiras estatais e societárias, que despendeu apenas o montante do enterro e não precisará sustentar o perigoso facínora na prisão, nem deslocar aeronaves para lá e para cá no transporte dele para audiências em juízo. Para ele, só o juízo final!... E decerto ganhará o prêmio do inferno!...





E por falar no BOPE ir além...



Do G1 Rio

11/08/2015 08h22 - Atualizado em 11/08/2015 08h48

Bope prende traficante Fu da Mineira, um dos mais procurados do RJ

Claudinho da Mineira, primo de Fu, e o traficante 2D também foram presos.

Criminosos foram encontrados na manhã desta terça (11) no Chapadão.



Fu da Mineira e outros criminosos foram presos no Chapadão, Rio (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)

O perfil oficial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Twitter anunciou na manhã desta terça-feira (11) as prisões dos traficantes Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira, de de Cláudio José de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira, e Eduardo Fernandes de Oliveira, o 2D, no conjunto de favelas do Chapadão, no Subúrbio do Rio. Fu era considerado a principal liderança de uma das maiores facções criminosas que atua no Rio de Janeiro. Ele pertencia a uma facção rival a do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, morto no sábado (8).

Em maio, o Disque-denúncia havia aumentado a recompensa para quem desse informações que levassem à prisão de Fu e de Claudinho. Atualmente a recompensa era R$ 10 mil por cada um dos criminosos.

Fu é apontado pela polícia como o responsável por confrontos nos morros da Mineira, do Fallet e da Coroa, no Catumbi e em Santa Teresa, no Centro do Rio, em maio desse ano. Foragido desde agosto de 2013, depois de receber o benefício da progressão de pena para o regime semiaberto.

Aumenta a recompensa por informações sobre Fu e Claudinho da Mineira

(Foto: Divulgação/ Disque-Denúncia)



Claudinho, que é primo de Fu, é acusado de tráfico e homicídio. Ele também fugiu do presídio de Porto Velho, em Rondônia, em agosto de 2013 ao receber o mesmo benefício de progressão de regime.

O traficante 2D foi preso em 2014 e levado para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Segundo a polícia, 2D ordenou os ataques à Corrida da Paz, no Alemão, da qual participou o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em 2013, e à sede do Afroreggae na favela, onde ficava a redação do jornal  "A Voz da Comunidade".



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