“O mundo está perigoso para se
viver! Não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa dos que o veem e
fazem de conta de que não viram.” (Albert Einstein)
11 ago 2015
Extra
Paolla Serra paolla.serra@extra.inf.br
Rafael Soares rafael.soares@extra.inf.br
PM DEIXOU TROPA DE ELITE DE FORA DA OPERAÇÃO
PLAYBOY
Chefe do Serviço de
Inteligência acionou a Polícia Federal e não o Bope ou o Choque para capturar o
traficante no Morro da Pedreira. Morte do criminoso desencadeia onda de boatos
Em
vez do Bope ou do Choque, o chefe de Inteligência da PM, coronel Alberto
Goulart, preferiu chamar a Polícia Federal para comandar a operação que
culminou na morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy. Foi Goulart
quem primeiro recebeu de um subordinado a informação sobre o paradeiro do
criminoso, acusado de pagar propina a PMs em troca de liberdade. Apesar de a
informação sobre a localização de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, ter sido
recebida pela Polícia Militar, a tropa de elite da corporação foi excluída da
operação para capturar o criminoso mais procurado do Rio. Participaram da ação
apenas homens da Delegacia de Repressão à Entorpecente (DRE) da Polícia Federal
e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.
FABIANO ROCHA
Na última segunda-feira, policiais do serviço
reservado (P-2) do 12º BPM (Niterói) receberam três possíveis endereços no
Complexo da Pedreira onde Playboy poderia estar. Além da residência onde o
traficante vivia com a mulher e dois filhos e de uma casa que costumava
frequentar, havia o informe sobre o número 40 da Rua Ayrton Senna. No local,
mora uma adolescente de 14 anos que seria a mais nova namorada do traficante.
Todos os detalhes foram levados à Coordenadoria de
Inteligência (CI) da PM. Em vez de repassar a informação ao Comando de
Operações Especiais (COE) — que inclui o Batalhão de Operações Especiais
(Bope), o Batalhão de Choque (BPChq) e o Batalhão de Ação com Cães (BAC) e foi
criado justamente para ações em áreas conflagradas — o coordenador de inteligência
da PM, coronel Alberto Goulart, entrou em contato diretamente com a Polícia
Federal que, posteriormente, comunicou a Core. Na quinta-feira, as três forças
planejaram a operação para chegar até o esconderijo do traficante na manhã de
sábado.
Para despistar, comboios seguiram por diversas
entradas. Um helicóptero da Civil sobrevoou a casa onde estava Playboy e
acionou um dos blindados, com sete agentes da Core e três da PF. Quando
chegaram ao local, houve tiroteio, quatro seguranças com fuzis faziam a escolta
de Playboy. Houve confronto e, quando os agentes conseguiram entrar na casa,
não havia ninguém no local: Playboy foi morto numa casa vizinha, na Travessa
Escrava Anastácia, para onde fugiu.
Procurada,
a PM afirmou que a decisão de deixar a tropa de elite de fora da operação que
prendeu Playboy foi do coordenador de inteligência.
MEU
COMENTÁRIO
Que me desculpem os articulistas, mas eles não deveriam estranhar a decisão do chefe de inteligência da PMERJ. Muito em contrário,
ao repassar a informação para a polícia investigativa (PCERJ e PF), decerto
pretendeu o coronel Alberto Goulart que
as investigações criminais envolvendo o importante líder do tráfico não se
limitassem ao seu aprisionamento pelo BOPE, o que lhe seria fácil, pois o BOPE é tropa treinada para ir muito além...
Esta prática do repasse de informações entre as
instituições deveria ser estimulada, pois não se trata de disputa para ver quem
tem a perna mais bonita, mas de colaboração entre polícias que possuem áreas de
ação mais extensas e têm na investigação criminal maior profundidade e garantida
capacidade de desdobramento.
Enfim, a PMERJ acertou na mosca desde a transferência
da informação do comando do 12º BPM, Niterói, para a cúpula de inteligência da
PMERJ. Enfim, é assim que deve ser o dia a dia das instituições policiais, cada
qual no seu quadrado respeitando seus limites. Deste modo se devem unir as
instituições em vista de objetivos comuns e maiores, e quem ganha é a
sociedade.
Cá entre nós, o resto é chiadeira de amigos do
bandido alegando execução para tentar tumultuar um assunto já resolvido: o
bandido está debaixo de sete palmos por demérito e audácia dele mesmo. Na
verdade, ele acabou contribuindo com as exauridas algibeiras estatais e
societárias, que despendeu apenas o montante do enterro e não precisará
sustentar o perigoso facínora na prisão, nem deslocar aeronaves para lá e para
cá no transporte dele para audiências em juízo. Para ele, só o juízo
final!... E decerto ganhará o prêmio do inferno!...
E por falar no BOPE ir além...
Do G1 Rio
11/08/2015
08h22 - Atualizado em 11/08/2015 08h48
Bope prende traficante Fu da Mineira, um dos mais procurados do RJ
Claudinho da Mineira, primo de Fu, e o traficante
2D também foram presos.
Criminosos foram encontrados na manhã desta terça (11) no Chapadão.
Fu da Mineira e outros criminosos foram presos no
Chapadão, Rio (Foto: Divulgação/ Polícia Militar)
O perfil oficial do Batalhão de Operações Especiais
(Bope) no Twitter anunciou na manhã desta terça-feira (11) as prisões dos
traficantes Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira, de de Cláudio José
de Souza Fontarigo, o Claudinho da Mineira, e Eduardo Fernandes de Oliveira, o
2D, no conjunto de favelas do Chapadão, no Subúrbio do Rio. Fu era considerado
a principal liderança de uma das maiores facções criminosas que atua no Rio de Janeiro.
Ele pertencia a uma facção rival a do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o
Playboy, morto no sábado (8).
Em maio, o Disque-denúncia havia aumentado a
recompensa para quem desse informações que levassem à prisão de Fu e de
Claudinho. Atualmente a recompensa era R$ 10 mil por cada um dos criminosos.
Fu é apontado pela polícia como o responsável por
confrontos nos morros da Mineira, do Fallet e da Coroa, no Catumbi e em Santa
Teresa, no Centro do Rio, em maio desse ano. Foragido desde agosto de 2013,
depois de receber o benefício da progressão de pena para o regime semiaberto.
Aumenta a recompensa por informações sobre Fu e Claudinho da Mineira
(Foto: Divulgação/ Disque-Denúncia)
Claudinho, que é primo de Fu, é acusado de tráfico
e homicídio. Ele também fugiu do presídio de Porto Velho, em Rondônia, em
agosto de 2013 ao receber o mesmo benefício de progressão de regime.
O traficante 2D foi preso em 2014 e levado para o
Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Segundo a polícia, 2D ordenou os
ataques à Corrida da Paz, no Alemão, da qual participou o secretário de
Segurança, José Mariano Beltrame, em 2013, e à sede do Afroreggae na favela,
onde ficava a redação do jornal "A Voz da Comunidade".
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