['O castigo é o Alemão',
diz PM expulso
no Rio após criticar comando na web
no Rio após criticar comando na web
Igor Martins criticou condições da UPP após ataque
a comandante em 2014. Ele afirma que policiais são enviados para UPP do Alemão
como punição.
Marcelo
Elizardo e Henrique Coelho Do G1 Rio
“O
castigo é o Alemão. Se algum policial está numa UPP boa e reclama de alguma
coisa, acaba mandado pro Alemão. Já vi isso acontecer diversas vezes”. O relato
é de Igor da Costa Martins, policial expulso da Polícia Militar em janeiro de
2015. Após traficantes atacarem em fevereiro de 2014 o então coordenador das
UPPs, coronel Frederico Caldas, na Rocinha, Zona Sul do Rio, Igor publicou em
uma rede social o seguinte comentário.
“Até que
enfim os traficantes decidiram mirar e atirar nos comandos, para eles sentirem
na pele o que o soldado sente todos os dias”, postou, na época.
O
Conselho de Revisão Disciplinar (CRD) da PM decidiu pela expulsão de Igor após
analisar a postagem. O ex-policial fazia faculdade de educação física em uma
universidade particular, mas trancou a matrícula após sua saída da corporação,
pois não tem como pagar a mensalidade.
"Estou
desempregado, quem está me ajudando são meus pais, meus amigos. Não desisti de
ser policial. Não estou na polícia por ostentação, dinheiro ou coisa
parecida", disse Igor. Ele diz que vai à Justiça para ser reintegrado à
Polícia Militar.
Igor
Martins, que era lotado na UPP do Lins, no Subúrbio do Rio, alega também que
teve seu porte de armas, colete e gratificações retirados pela PM, após seu
comentário. Ele passou a fazer trabalhos dentro do contêiner da unidade e,
posteriormente, foi transferido para o 6º BPM (Tijuca), antes de ser expulso.
Em nota enviada ao G1, a UPP afirma que todos os policiais em serviço têm porte
de arma e utilizam colete.
Violência
no Alemão
Tanto o
Conjunto de Favelas do Lins, como o do Alemão, são palcos de confrontos entre policiais
e traficantes frequentemente. Segundo a Polícia Militar, 102 PMs morreram no
estado do Rio em 2014 – 17 durante o horário de trabalho e 85, de folga.
Entre
policiais mortos após confrontos no Alemão está o ex-comandante da UPP
Nova Brasília, Uanderson Manoel da Silva, 34 anos, em setembro. Ele foi atingido no tórax
após troca de tiros com traficantes. Em março, o soldado Rodrigo Paes
Leme, também lotado na UPP Nova Brasília, foi baleado e morreu. A UPP também nega que policiais
sejam enviados para trabalhar no Alemão como punição.
Na UPP do
Lins, traficantes chegaram a incendiar contêineres
em confrontos com a
polícia. Em outubro, um policial foi baleado na cabeça durante tiroteio.
Arrependimento
Arrependimento
Apesar de criticar as condições a que são submetidos os policiais dentro de comunidades ocupadas pela PM, Igor reconhece que não deveria ter publicado o comentário. "Era melhor não ter falado nada, mas eu sinto também como se eu desse voz a algo que os praças sempre quiseram dizer. Não comento mais nada, não falo mais nada. Só observo. O praça se sente amordaçado", desabafou.]
Minha impressão com o foco na
matéria do G1 Rio, de 24 de janeiro de 2015.
As redes
sociais (em especial o Facebook) têm sido a desgraça de alguns PMs que não
sabem distinguir seus limites e atropelam os anacrônicos regulamentos
disciplinares que regem a PMERJ, como se ela ainda vivenciasse a II Grande
Guerra Mundial, época a que se reportam o Estatuto e o RDPM, ambos cópias deformadas
dos originais do Exército Brasileiro vigentes nos idos daquela guerra.
Claro que
numa instituição caracterizada pela subserviência política, de tal modo que nem
mais possui identidade própria como antigamente, esses anacrônicos instrumentos
legais vêm a calhar. Servem, sim, para retaliar sem dó nem piedade quaisquer
desvios de conduta, mormente os associados à livre manifestação, vedada
principalmente aos militares da ativa, havendo mais liberdade aos inativos em
vista de lei federal da lavra do Senador da República José Sarney.
Mesmo,
porém, com maior liberdade, a opinião do inativo não pode ser ofensiva a
pessoas. Deve se limitar a conceitos, e neste campo não há limites para a
crítica, é direito do inativo. Portanto, criticar é possível, sendo certo que a
vulgarização da crítica não é compatível com a elegância e o respeito às
pessoas que estão exercitando cargos ou funções públicas, ainda mais em se
tratando de militares, sejam estaduais, sejam federais. Por isso, talvez, o
silêncio seja o costume entre os militares ativos, sendo a voz ativa uma exceção,
que, dependendo do seu teor, pode ser penalizada disciplinarmente.
Claro que
insinuações maldosas contra superiores hierárquicos são passíveis de punição
rigorosa. E não cabe justificar a crítica dizendo-a fruto de empolgação. No
caso em questão nem é possível enquadrar o que disse o ex-PM como um
insignificante “ato falho”. Em contrário, ele foi direto ao que lhe interessava
dizer, e disse-o com discernimento suficiente.
Diferente é
criticar sistemas e modelos estruturais e conjunturais, tendo em vista o
benefício da tropa militar e da sociedade. Isto não apenas é possível, mas
também necessário e saudável. Aí sim, a livre opinião exsurge como um direito
inalienável e deve ser maximamente praticado.
Não foi o
caso do ex-PM Igor da Costa Martins, cujo comentário no Facebook teve endereço
certo, ou seja, focou diretamente um coronel PM da ativa e coordenador das
UPPs, deixando no ar certa impressão de alegria por ver um superior hierárquico
se ferir em pleno exercício de suas funções. Faltou-lhe ética e apreço à
hierarquia e disciplina. E não parece ser verdadeiro seu arrependimento
estampado na matéria em comento, pois vem acrescido de novas críticas...
O oficial
superior atingido pelo malicioso comentário é merecedor da admiração dos seus
pares e subordinados. É homem de linguajar elegante e muito criterioso em tudo
que faz na profissão. Cá entre nós, não há como entender como positiva a
opinião do ex-PM Igor Martins. Se ele quis dizer que oficial morre menos em
combate e soldados morrem mais não coseguiu. Ademais, não lhe cabe esquecer que
a história das guerras é assim: morrem mais soldados que oficiais porque os
soldados são em maior quantidade, e assim há de funcionar uma cadeia de comando
no militarismo. Portanto, em atendendo à direta insinuação do ex-PM Igor
Martins de que oficiais devam morrer na mesma proporção em que morrem praças,
não existiria hoje na PMERJ nenhum oficial para comandá-la. Ora!
Tudo isto
nos permite supor que o referido militar excluído da corporação efetivamente se
alegrou ao ver um coronel culminar ferido numa ocorrência policial. Penso que o
faltoso deixou no ar a deliberada impressão de que, se o oficial morresse, a
alegria dele seria máxima. E decerto por isso a corporação o considerou
inabilitado ao exercício do militarismo policial, que, antes de tudo, se deve
pautar pelo respeito mútuo entre superiores e subordinados, critério que o
oficial superior, alvo do depreciativo comentário do ex-PM, segue à risca desde
o início de sua carreira e quem o conhece sabe disso.
Por outro
lado, a pena imposta ao ex-PM Igor Martins talvez tenha sido demasiadamente
severa, embora justa. Porque talvez seu desconcertante comportamento, também apurado
fora do âmbito disciplinar, pudesse indicar uma igual tendência da tropa em
proporções desconhecidas. O seu brusco descarte, porém, acarretará um penoso
silêncio em relação ao preocupante tema resumido à interação entre superiores e
subordinados na PMERJ. No fim de contas, esta interação pode estar tão
deteriorada que o caso do ex-PM Igor Martins seja apenas a ponta de um iceberg
do qual se desconhece o tamanho. Sim, quantos são os que pensam como o Igor?...
O fato me
aguça a lembrança duma pesquisa encomendada ao IBOPE pela PMERJ no ano de 1983,
esta que só não foi engavetada porque eu, como chefe interino da PM.5, a analisei e divulguei com autorização expressa
do comandante-geral, Cel PM Carlos Magno Nazareth Cerqueira. A pesquisa foi
endereçada ao Público Interno. Uma das indagações consistia em saber qual a QUALIDADE
que o subordinado mais apreciava nos seus superiores, listando-se uma série de
adjetivos tais como “COMPETENTE, HONESTO, CORAJOSO, EDUCADO, INTELIGENTE” etc.,
enfeixando-se tudo na resposta “NENHUMA”. Esta ganhou disparada, com quase 70%
da preferência, havendo entre os entrevistados muitos oficiais e graduados,
decerto inseridos entre os 30%. O tempo passou, a dúvida persiste, e o
comentário do ex-PM pode estar sinalizando que a aversão da tropa à sua
oficialidade pode atualmente estar alarmante. Por que não pesquisar
novamente?...
11 comentários:
Após ler esta matéria no jornal pela manhã, tentei passar uma mensagem ao ex-PM Igor Martins mas não consegui. Creio que agora ele vai tomar conhecimento através deste espaço democrático. Gostaria de dizer ao Igor que nada está perdido, que ele deve erguer a cabeça e dar a volta por cima; conheço vários ex-PMs que se reergueram com galhardia, com brio, se desviando do mal; faça isso Igor. Não vou entrar no mérito ou demérito da punição, cabe à justiça fazê-lo, mas não espere pela justiça, vá à luta. Para onde você for aja com honestidade e seriedade e trabalhe com afinco e logo as desconfianças sobre sua pessoa desaparecerão, aconteceu isso comigo. Só estou lhe enviando esta mensagem porque tenho certeza que você não é nenhum bandido e vai se sair dessa muito bem. Desejo-lhe toda sorte do mundo com um afetuoso abraço. Paulo Xavier ex-PM.
Caro coronel,é claro que foi demasiadamente severa a punição. Já vi coisas piores,sem contar que o PM em tela é um jovem na flor da vida.Os corretivos na corporação são feitos para educar e corrigir erros.
Sabemos que todos os jovens são assim. Também fomos peitudos em nossa mocidade,mas aqui estamos.
Se tudo for assim vamos caminhar para uma banalização das exclusões.
Será que a mesma medida vai ser posta em prática para os que fizeram apologia ao nazismo no whatsapp?
Ao meu ver é um crime contra a humanidade internacional 10 vezes mais grave que o cometido pelo SD em tela.Garanto que se houver punição,esta será bem mais leve do que a imposta ao Igor.
Abraços!!!
Emir disse:
Caro anônimo, não conheço o jovem Igor, que padece de um mal atual no âmbito da PMERJ, que é o desrespeito de subordinados a superiores. E não apenas nas redes sociais. Fui soldado PM e quando recruta me recusei, dentro de sala de aula, a cumprir ordem de um sargento. Ele me determinou diante da turma que eu levasse uma leiteira na casa dele, próxima do quartel. Naquela época, o leite era vendido no quartel por um tenente QOA, embora lá não houvesse vaca alguma. Mediante a ordem imperativa do sargento, e perante a turma, indaguei do sargento se a mulher dele era bonita. Ele levou um susto e me chamou de abusado, ameaçando-me etc. Eu o retruquei dizendo-lhe que não ingressei na briosa para ser ordenança de sargento nem de oficial. Se fosse esta a minha destinação, eu pediria baixa. E veja que a maioria dos recrutas sonhava ser ordenança de capitão! Voltando ao Igor, considero a falta dele grave porque ele a direcionou contra um coronel que realmente foi ferido e era comandante dele (de todas as UPPs). Enfim, falta muito grave e pode servir de estímulo a outros jovens que vestem farda e desde o início da carreira é contaminado por esta ira de subordinado contra superior, que, aliás, acontece aqui e na China. Só que na China é fuzilamento mesmo em tempo de paz... E aqui está demais, percebo isto no contato com a tropa, que não sabe nem o que significam honras e sinais de respeito... Para mim, os superiores deveriam ter uma postura que os fizesse merecer o respeito da tropa e não a ira. Só que quem merece respeito não vem sendo respeitado; a tropa põe todos num só balaio, num perigoso círculo vicioso. Punir brandamente o Igor, no caso, não seria possível, a meu ver. Mesmo assim, reclamei da pressa. Se o tempo passasse, talvez ele não fosse excluído. Mas ele, embora manifestando arrependimento, soltou mais ainda o verbo, o que o RDPM não permite. Ele não foi conceitual, foi pessoal. Pior é que atingiu um oficial que trata a tropa com respeito e educação, pode conferir. Portanto, respeitando a opinião do companheiro, e confessando que me penalizo com o destino do Igor, não vejo como considerar a exclusão dele injusta. Eu estaria mentindo para mim e para todos que me acompanham aqui. Mesmo assim, quem sabe ele retorne mais à frente? Porque também não torço pela desgraça dele nem de ninguém.
Lambrando o que o Igor disse literalmente no facebook: “Até que enfim os traficantes decidiram mirar e atirar nos comandos, para eles sentirem na pele o que o soldado sente todos os dias.”
Obrigado pela intervenção. Abs.
Ok! Mas a minha interpretaçao pessoal das palavras do igor é que ele quis dizer que a maior parte dos oficiais comandantes,ficam sentados em seus gabinetes e nao sentem o calor que é estar na ponta da linha. Tudo foi a forma que ele colocou. Nao conheço o igor,mas na minha opiniao a mesma puniçao nao será dada aos que afanaram o fuspom. Como o comando quer respeito se não se dá o respeito? Se pune sds demasadamente e passa a mão na cabeça de oficiais que também não merece a farda. Ainda bem que aqui não é japão,porque corrupção lá também é punido com fuzilamento. Com certeza nao ia sobrar ninguém na pmerj. O dia que aqui nao houver hipocrisia vou concordar com o senhor.
Meus respeitos,Senhor coronel e uma ótima noite.
Retificando ,por favor,substitua-se japao por china.
Aproveito pra dizer que concordo que o cmt das upps é polido nos tratos com a tropa.
Sobre o rdpm o mesmo é obsoleto é fere em muito a constituiçao e só funciona contra praças,esse talvez seria um motivo do odio que o sr citou.
Numa casa em que o chefe diz uma coisa e faz outra,dificilmente vai conquistar o respeito de alguém.
Graças que aqui não é achina. Sobraria poucos praças e oficiais.
O sr esta um bom tempo inativo. Eu no finalzinho. Vou falar uma coisa pro sr. Isso aqui tá fervilhando. Tá um inferno. Só sentindo,hoje,na pele.
Um abraçao meu cmt.
Felicidades e curta sua vitoriosa reforma. É o que vou fazer daqui a 5 anos se Deus permitir.
Emir disse:
Concordo plenamente, caro anônimo! Creio que esses ladrões de galões deveriam ser fuzilados. Mas como aqui não há pena de morte, que sejam eles expulsos da corporação e sejam postos em Catanduva. Quanto ao Igor, fica difícil entender o que ele quis dizer sem focar a literalidade do que ele efetivamente disse. Pode ser que você tenha razão e ele tivesse outro escopo. Mas não o conseguiu comunicar, e então só pode valer o que está escrito. Tenho comigo que se eu tentasse escrever a defesa dele, talvez evitasse a exclusão. Porque também quem o defendeu não aprofundou as questões do sentimento humano, a idade dele, e a tentação que é o Facebook, lugar em que as pessoas se manifestam com liberdade e vão além ofendendo quem não gosta por razões várias. Eu saí do Facebook porque até eu mesmo, escolado, comecei a me contagiar negativamente e me enfiar na preguiça intelectual, largando o meu blog de lado. Fiz a associação do Igor com o Facebook porque tem sido a desgraça de muitos PMs novatos e antigos. Se ele se manifestasse entre os pares e não publicasse, estaria ainda na briosa mesmo interpretando mal a oficialidade pela parte e não pelo todo. Digo-o com certo orgulho que talvez eu, como comandante de UOp, tenha tomado mais tiro que o Igor enquanto no combate. Sem falar nos processos-crime... Por isso também não gostei do que ele disse.
Ok! Agora concordo com o senhor. Suas palavras agora foram muito bem colocadas.
Que papo ruim, o assunto em pauta é o comentário do sd e não as qualidades do coronel. Comentário verdadeiro deixando claro a impessoalidade. Ridícula a intervenção do ten no face, como se os praças precisassem da sua aquiescência para exercitar seus direitos garantidos por lei, ridículo também questionar o seu arrependimento,se a maioria está orgulhosa da sua atitude honesta e impessoal,totalmente deturpada pelos Deuses? Já esta dando nojo esse papo de hierarquia e disciplina,acordem,os exemplos de honestidade educação e respeito,existentes entre trabalhadores de empresas privadas e ou órgãos públicos,derrubam essa relação desonesta defendida por desonestos, os pracas da pm de minas já abolidas essa aberração chamada rpm, lá quem responde a comunicado disciplinar e o advogado.parabéns Igor,meu respeito ao Cel alvejado e sua família.Fora essa balela deplorável que cospe na CF e que serve para alguns pobres ddespreparados humilhar trabalhadores concursados alem de usar a instituicao para satisfazer seus amigos e familiares.Fora rdpm.
Emir disse:
Prezado J. Neres, começo a analisar seu comentário pelo fim e sublinhando o seu brado, com o qual concordo, como critiquei a meu modo; "Fora rdpm". Quanto à defesa que fiz do coronel que está no foco foi porque ele é raridade no trato lhano que dispensa a todos, inclusive às praças. E quando afirmo não é porque por acaso sou coronel como ele, é porque fui soldado como ele. Talvez o tiro do Igor fosse preciso se o coronel fosse outro. Em Minas Gerais, há muitos anos que o rdpm foi totalmente remodelado, inclusive associando prêmios à relevação e/ou anulação de punições, com reflexos positivos na carreira do PM. A PMMG, na minha opinião, é a melhor do Brasil. E as praças de lá sabem se impor. A minha admiração pela PMMG eu manifesto no meu segundo romance (Operação Arabesco - O Tráfico no Asfalto - 2000), dentre nove publicados e disponíveis no meu site (www.emirlarangeira.com.br), que dediquei ao Cabo PM Valério dos Santos Oliveira, nos termos a seguir: "Ao cabo PM Valério dos Santos Oliveira, da Polícia Militar de Minas Gerais, morto a tiro em 24 de junho de 1997 (Dia Nacional de Luta dos Cabos e Soldados), na cidade de Belo Horizonte, enquanto clamava, junto com outros companheiros, por melhores condições de vida e de trabalho em favor de sua sofrida categoria." Portanto tenho legitimidade para expor meus argumentos, como eu fiz. Agradeço a oportunidade de a partir do seu veemente comentário externar minha admiração pela PMMG, cuja história difere da desestruturada PMERJ de hoje.
Prezado sr Coronel,peço desculpas se os termos:"papo ruim,ridículo e etc,," usados no meu comentário, de alguma forma o desagradou, pois ao usá los tinha apenas a intenção de destacar pontos do texto do sr com os quais não concordo. A CF nos presenteia com o direito de expressão, vedado o anonimato, presente esse extensivo aos militares, e de repente um tenente interfere nas postagens do Igor e faz ameaças de levar ao conhecimento dos seus colegas,dando a entender que apenas civis e praças não podem divulgar ou contribuir para a propagação de material pessoal, ou restrito a um grupo. Ora,a interpretação do tenente não é unanimidade,ela é apenas o entendimento dele.Entendo que o Sd não visou a pessoa, mas sim o cargo para tecer seu comentário, e que a atitude da PMRJ confirma a necessidade de mais e mais comentários desse tipo, até que alguém veja que os Pms são jogados nas UPPs com muita pompa, e se fizerem algo bom, os políticos vão pra tv e quando algo sai errado vão do mesmo jeito e falam que vão cortar a própria carne, "Própria carne do PM e sua família". Eu não tenho noção do nome do secretário de segurança mineiro,mas do rio todos sabemos. O Sr ressalta que o Cel é em resumo um homem, isso só reforça o entendimento daqueles que estão à distância, de que o Igor apenas reclamou, e em hipótese alguma ficou feliz pelo "colega" ser alvejado, adianto ao sr que torço sempre pro PM, indiferente do cargo, pois ele, quando na rua, representa a Dilma,o Pezão, o delegado, o prefeito e etc, enfim ele é o culpado visível de todas as mazelas do pais,e sendo ele sabedor disso deveria primar pela honestidade, primeiramente entre eles,e não ficar com historinha de hierarquia e disciplina,pois isso existe nas padarias,butecos, conservadoras obras e etc, e nesses locais os escândalos são em menor número. Agradeço a elegância com a qual me respondeu,e desejo tudo de bom para os sr e aos bravos pms cariocas.
Emir disse: Prezado companheiro J. Neres, saiba que aqui é um espaço democrático que precisa ter fricção, polêmica, para se manter sempre aquecido como comida mineira. Não me incomodaram os seus termos, como você pensou. Apenas busquei esclarecer a infelicidade do Igor por ter feito o comentário certo como desdobramento de episódio em que figurava um coronel que não se encaixa no perfil, infelizmente, que ele traça para os coronéis em geral. O desabafo dele foi legítimo,e, cá entre nós, nem tão incisivo quanto o que traço para o coronel PM no meu romance Profissão Traficante,cujo texto está disponível no meu site para leitura. Agradeço sua gentileza e espero sempre vê-lo por aqui. Bom fim de semana.
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