segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Férias do Facebook


Resolvi me ausentar do Facebook. Sem data de retorno... Porque depois de tentar excluir assuntos desinteressantes (muitos!) e me aborrecer com alfinetadas de pessoas tomadas por negatividade que não se cansam de imiscuir-se em minha vida, achei melhor me poupar física e psicologicamente. Mas, questiúnculas pessoais à parte, meu problema bem mais se prende à confusão formada em função, ainda, da campanha eleitoral. Ela produziu muita insatisfação entre os perdedores (sou um deles), mas é assunto passado, não vejo graça ao ver muita gente inconformada a sugerir mil coisas absurdas, inclusive “golpe militar”, sem falar nas ofensas pessoais aos vencedores. Ora, aos vencedores as batatas!...

No calor da campanha, eu manifestei de todas as formas meu inconformismo. Não gostei do desempenho do meu candidato, Aécio Neves, que preferiu não contar com o voto dos conservadores e ficou a disputar eleitores no mesmo manancial de sua opositora e perdeu as eleições. Ele foi, sim, preconceituoso em relação aos conservadores! Ora, conservadores são brasileiros, eleitores, democratas, numerosos, e poderiam ter mudado o rumo da história. E muitos não são “de direita” ou “golpistas”, mas amantes da democracia. Mas Aécio Neves não se comportou além de sua estreita ideologia “de esquerda”, tão confusa, por sinal, quanto é nebuloso o seu partido (PSDB), que não sabe em que medida é socialista ou democrata. Por isso ele não convenceu aqueles que lhe poderiam garantir vitória folgada: os tachados de conservadores por detestarem a baderna esquerdista que assola o país em roubalheiras estupendas. Mas em termos eleitorais isto é passado, não mudará a realidade.

Vejo assim...

Parte da imprensa exercerá seu papel fiscalizador, como de fato vem fazendo, enquanto as verbas publicitárias continuarão a calar a maioria dos órgãos de comunicação. E o povão, que nem lê jornal pendurado nas bancas e não dispensa novelas, continuará sem saber qual é a realidade do Brasil. Para mim, todavia, a imprensa formal é o que me basta! Porque não pretendo exercer nenhum papel fiscalizador, até porque não possuo nenhuma estrutura de investigação jornalística nem poder para investigar nada; apenas leio as notícias sem chance de nelas interferir. E não concordo com alguns amigos meus que insistem em desdobrar opiniões que lhes agradam, pensando ser o Facebook um suficiente substituto da imprensa formal. Malgrado o valor do Facebook, não creio ser ele concorrente à altura do noticiário tradicional. Penso que esta ferramenta, dentre muitas outras das redes sociais, apenas reproduz assuntos desinteressantes, em especial devido aos retardatários e distraídos que postam como novas muitas notícias velhas; ou então repisam falácias pela ação de militantes ideológicos remunerados.

Sei que notícias novas custam caro. Ir às bancas todos os dias é luxo, quanto mais possuir assinaturas de jornais e revistas para cotejar notícias iguais em versões diferentes. Mas muitos organismos de imprensa oferecem gratuitamente à leitura suas notícias on-line. Contento-me com elas, e por meio delas desdobrarei ou não alguns assuntos de interesse dos leitores e comentaristas restritos ao meu blog. Claro que há debates interessantes no Facebook. Mas, infelizmente, são raros e não compensam o tempo de localizá-los, além de se esvaziarem rapidamente por conta do turbilhão de assuntos postos em velocidade supersônica, sem tempo para reflexão mais aprofundada. Ora, não sou nadador de piscina! Prefiro braçadas distantes e profundas, claro que alegoricamente, já que sou prego dentro d’água. Sim, as férias!... Em areia de praia calma, espreguiçado na minha cadeira predileta, sombra garantida, lendo jornais, revistas e bons livros. Vão vendo o que me espera...


Um comentário:

Anônimo disse...

Descanso mais que merecido!!!