Resolvi me ausentar do Facebook. Sem data de
retorno... Porque depois de tentar excluir assuntos desinteressantes (muitos!)
e me aborrecer com alfinetadas de pessoas tomadas por negatividade que não se cansam
de imiscuir-se em minha vida, achei melhor me poupar física e psicologicamente.
Mas, questiúnculas pessoais à parte, meu problema bem mais se prende à confusão
formada em função, ainda, da campanha eleitoral. Ela produziu muita
insatisfação entre os perdedores (sou um deles), mas é assunto passado, não
vejo graça ao ver muita gente inconformada a sugerir mil coisas absurdas,
inclusive “golpe militar”, sem falar nas ofensas pessoais aos vencedores. Ora,
aos vencedores as batatas!...
No calor da campanha, eu manifestei de todas as formas
meu inconformismo. Não gostei do desempenho do meu candidato, Aécio Neves, que
preferiu não contar com o voto dos conservadores e ficou a disputar eleitores
no mesmo manancial de sua opositora e perdeu as eleições. Ele foi, sim,
preconceituoso em relação aos conservadores! Ora, conservadores são
brasileiros, eleitores, democratas, numerosos, e poderiam ter mudado o rumo da
história. E muitos não são “de direita” ou “golpistas”, mas amantes da
democracia. Mas Aécio Neves não se comportou além de sua estreita ideologia “de
esquerda”, tão confusa, por sinal, quanto é nebuloso o seu partido (PSDB), que
não sabe em que medida é socialista ou democrata. Por isso ele não convenceu
aqueles que lhe poderiam garantir vitória folgada: os tachados de conservadores
por detestarem a baderna esquerdista que assola o país em roubalheiras
estupendas. Mas em termos eleitorais isto é passado, não mudará a realidade.
Vejo assim...
Parte da imprensa exercerá seu papel fiscalizador,
como de fato vem fazendo, enquanto as verbas publicitárias continuarão a calar
a maioria dos órgãos de comunicação. E o povão, que nem lê jornal pendurado nas
bancas e não dispensa novelas, continuará sem saber qual é a realidade do Brasil.
Para mim, todavia, a imprensa formal é o que me basta! Porque não pretendo
exercer nenhum papel fiscalizador, até porque não possuo nenhuma estrutura de
investigação jornalística nem poder para investigar nada; apenas leio as
notícias sem chance de nelas interferir. E não concordo com alguns amigos meus
que insistem em desdobrar opiniões que lhes agradam, pensando ser o Facebook um
suficiente substituto da imprensa formal. Malgrado o valor do Facebook, não
creio ser ele concorrente à altura do noticiário tradicional. Penso que esta
ferramenta, dentre muitas outras das redes sociais, apenas reproduz assuntos
desinteressantes, em especial devido aos retardatários e distraídos que postam
como novas muitas notícias velhas; ou então repisam falácias pela ação de
militantes ideológicos remunerados.
Sei que notícias novas custam caro. Ir às bancas
todos os dias é luxo, quanto mais possuir assinaturas de jornais e revistas
para cotejar notícias iguais em versões diferentes. Mas muitos organismos de
imprensa oferecem gratuitamente à leitura suas notícias on-line. Contento-me
com elas, e por meio delas desdobrarei ou não alguns assuntos de interesse dos
leitores e comentaristas restritos ao meu blog. Claro que há debates interessantes
no Facebook. Mas, infelizmente, são raros e não compensam o tempo de
localizá-los, além de se esvaziarem rapidamente por conta do turbilhão de
assuntos postos em velocidade supersônica, sem tempo para reflexão mais
aprofundada. Ora, não sou nadador de piscina! Prefiro braçadas distantes e
profundas, claro que alegoricamente, já que sou prego dentro d’água. Sim, as
férias!... Em areia de praia calma, espreguiçado na minha cadeira predileta, sombra
garantida, lendo jornais, revistas e bons livros. Vão vendo o que me espera...
Um comentário:
Descanso mais que merecido!!!
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