sábado, 27 de dezembro de 2014

É guerra?...

Crédito ao G1 do Sistema Globo.


26/12/2014 08h48 - Atualizado em 26/12/2014 08h48


Policial Militar da UPP Nova Brasília é baleado na cabeça no Alemão, Rio

Soldado foi operado e segundo a PM não corre risco de morrer.


Do G1 Rio






Um Policial Militar da UPP Nova Brasília foi baleado na cabeça no conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, na noite desta quinta-feira (26). O militar passou por uma cirurgia no Hospital Getúlio Vargas. O caso ocorreu quando um grupo de PMs da UPP Nova Brasília se dirigia ao um prédio de uma antiga fábrica, que fica entre a Estrada do Itararé e a Avenida Itaoca.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, a equipe errou o caminho e entrou por engano em uma rua onde havia um grupo de criminosos armados. Houve troca de tiros. O soldado Vinícius Barbosa foi atingido na cabeça, foi socorrido e trazido para o HGV. O policial passou por uma cirurgia e, segundo informações da PM, ele não corre risco de morrer.

Desde o início desse mês pelo menos outros cinco policiais da UPP Nova Brasília foram baleados em confronto como criminosos na região. Até agora a polícia não encontrou o suspeito de balear o soldado. O caso foi registrado na delegacia do Alemão como tentativa de homicídio.


Nem mesmo alcancei o ano de 2015 e mais um PM de UPP é vitimado por arma de fogo em local alardeado como “pacificado”. Curiosa é a nota do G1 (GLOBO) informando que, “segundo a assessoria da Polícia Civil, a equipe errou o caminho e entrou por engano numa rua onde havia um grupo de criminosos armados”.

Ora, como “errou o caminho”? Que “caminho” é este? Quer dizer que há “caminhos” na favela que não são acessíveis ao patrulhamento da UPP porque ainda é território exclusivo de criminosos armados? Que ambiente de trabalho dos PMs é este? Aqui pode, ali não pode, para lá pode, para cá não pode...



Eu hein?...



Não seria normal que não houvesse na Nova Brasília, – Complexo do Alemão, – mais bandidos armados, já que o local foi “conquistado” por aparatosas tropas federais e estaduais, com os bandidos escapulindo em desabalada carreira? Como podem ser os PMs de UPPs no Complexo do Alemão (“pacificado”) abatidos feito patos na lagoa? Até quando perdurará este engodo que está a destruir a PMERJ física e moralmente? Por que não pegam pesado naquele que mais parece “território inimigo” e quiçá seja mesmo?...



Enquanto isso...



Bem, enquanto isso em outros lugares com UPP a tranquilidade permite até que PMs demonstrem que são pacíficos e não inimigos das comunidades. Em alguns lugares os PMs atuam como produtores e atores em eventos comunitários saudáveis. Mas no Complexo do Alemão parece que a receita necessita de revisão mais que urgente, de reconquista mesmo, e talvez nos moldes de antes. Faço o registro para que não digam que sou contrário às UPPs e não compreendo o esforço dos denodados militares estaduais que nelas atuam e por elas morrem, embora seja no mínimo absurdo que PMs morram em locais “pacificados”. Tudo bem o mundo não é perfeito...



Querem saber?



Mesmo que admitamos o sucesso das UPPs no seu todo, a PMERJ anda mal em outros segmentos tão cruciais à tropa como são as UPPs cruciais às comunidades carentes, ressalvadas as exceções. Falo do sistema de saúde à deriva, refiro-me ao fiasco das cestas natalinas, reporto-me à venda de seculares quartéis, em Niterói, por valores que decerto não foram parar nos cofres da PMERJ. Por que o dinheiro da venda dos quartéis não é aplicado na melhoria da saúde da tropa?...

Ah, a PMERJ vem sendo destruída por políticos malditos. Estes são inimigos dos piores; usam a corporação como pano de chão a ser descartado ao fim de malfeita limpeza. Pior, todavia, é o conformismo interno, a desunião, a covardia daqueles que deveriam reagir.



Não reagem! Silenciam estrondosamente...



Autofagia é a palavra de ordem. A acomodação é surpreendente, mesmo diante da falência cujo exemplo maior é o sistema de saúde, que passa pelo êxodo da tropa do FUSPOM, enquanto a carência de materiais e equipamentos põe em risco os doentes que ainda contribuem para o depauperado Fundo de Saúde. E nada disso é culpa da equipe de profissionais de saúde de todos os níveis. É culpa do andar de cima.

Jamais imaginei ver situação tão aflitiva na PMERJ. Jamais imaginei presenciar tantos desmandos, tantas roupas sujas que não mais serão “lavadas em casa”, porque as denúncias vêm de fora, de organismos que não precisariam intervir na corporação se nela houvesse probidade, moralidade e coragem de cumprir o juramento. Não me perguntem que juramento, todos sabem, eu aqui cumpro o meu do único modo que posso: pela palavra crítica!...

E como nada disso ocorre, PMs morrem e são feridos às pencas, talvez já ultrapassando a marca das duas briosas (PMRJ e PMEG) na Guerra do Paraguai. Mas como guerra é questão de conceito, não estamos em guerra, a nova briosa “humanista” apenas enfrenta uns insignificantes exércitos paramilitares armados com fuzis de última geração, numa ou noutra favela dentre mais de mil que desconhecem “conquistas” e “pacificações” e continuam traficando drogas em larga escala...

4 comentários:

Anônimo disse...

A minha impressão é que há um rolo compressor desgovernado vindo diretamente para a PMERJ, como que orquestrado em nível governamental, e a primeira pilastra a ruir será o combalido Sistema de Saúde da PMERJ, que ainda conta com profissionais de altíssimo nível, os quais no entanto se encontram seriamente doentes sem socorro, tanto do corpo, da mente e da alma, pois sem mínimas condições, sem medicamentos e material médico-hospitalar em falta graças `a corrupção e ao rombo do FUSPOM, pouco podem fazer na frente de batalha de uma guerra que já parece perdida. Mas como os "Guerreiros de Branco" jamais se abatem, combaterão até o fim, dignamente e de pé, diante do pelotão de fuzilamento. Ficarão para a história, que talvez será registrada em algum livro de memórias da PMERJ, como aqueles que nunca desistiram.

Anônimo disse...

Essa do fuspom eh uma tremenda falta de vergonha na kra. Seria melhor plano de saude barato como na guarda municipal do rj.

Anônimo disse...

Emir disse;

O problema é que a GCM do Rio começou assim, com plano de saúde. Já a PMERJ possui um patrimônio incorporado por fusão de mais de uma PM e poderia ser modelo de eficiência e eficácia no trato da saúde da tropa e familiares. Não me convenço exatamente por isso: como pode a GCM ter um plano de saúde barato e eficiente e a PMERJ não possuir uma saúde eficiente mesmo possuindo dois hospitais e diversas policlínicas? O problema, caro anônimo, é de gestão honesta e transparência. O que necessita na PMERJ é uma Ouvidoria formada por oficiais e praças com poderes de fiscalizar aquilo que é da tropa e não da PMERJ. Afinal, o FUSPOM é verba que nós recolhemos e agora voluntariamente desde o advento da Carta Magna, que prescreve como direito o de não associar-se ou ser associado. Mas a corporação, aproveitando-se da leniência da Justiça, desconta até seguro de vida via Irmandade, que também nos onera ilegalmente. Estou na Justiça com processo há anos e o próprio Estado (PGE) defende a PMERJ mesmo era agindo contra a lei. E vão procrastinando não sei até quando...

Anônimo disse...

Por isso deveria ser como a gcm.Acaba a pilantragem de vez com nosso dinheiro.Quanto as unidades de saúde que vendam como queriam vender o QG. Para nós praça não atende nossas espectativas. Teve um pm que teve que entrar com açao no tj para ser internado. Pesquise nos blogs que o SR vai ver. Já chega!!!