quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

"Tudo certo como dois e dois são cinco"...



Como eu grafei no extenso artigo anterior, o planejamento para a implantação de UPPs está longe de ser favas contadas. O artigo de O GLOBO de hoje bem demonstra que esta é uma realidade da qual não se pode fugir. Por outro lado, é comum haver correção de rumo durante a execução de um planejamento, desde que não se fuja do real para o ilusório, como muitas vezes percebemos, em especial quando se trata de discursos dos políticos profissionais detentores do poder. Mas pular de 120 para 320 sugere um rombo enorme no plano anteriormente traçado, decerto em virtude de diagnóstico ambiental irreal. Neste caso específico da Mangueira, provado está que o tráfico de drogas é poderosamente resistente e se integra como elemento permanente na tessitura comunitária. Por outro lado, a PMERJ também sabe resistir e é capaz de rapidamente se mobilizar para restaurar a ordem momentaneamente perdida. Porém, sem poder fugir ao desafio, a corporação se vê atropelada no seu tendão de Aquiles: o efetivo, que não é feito de borracha e é carente no ambiente geral do RJ no qual a PMERJ atua como mantenedora da ordem pública. E imaginar que está tudo bem no restante do RJ a ponto de se concluir que o deslocamento desses 200 homens para a UPP não afeta o todo é adentrar o ilusionismo. Pois é claro que afeta, tanto que talvez o Município de Maricá, onde resido, hoje contando mais de cem mil habitantes em área aberta de muitos quilômetros quadrados, não concentre em seu território efetivo equivalente a 200 homens, só para se ter uma ideia. Nem me arrisco a somar com os 120 homens já existentes na Mangueira, porque aí o bicho pega!...

Um comentário:

Anônimo disse...

Eh,eh,eh,eh,eh,eh,eh........

Belzeba